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16 de maio de 2016

Previdência é tema de reunião entre presidente interino Michel Temer e Centrais Sindicais

As Centrais Sindicais estão reunidas com o presidente interino Michel Temer para conversar sobre a reforma da previdência. Todas as centrais foram convidadas para o encontro que foi chamado após uma declaração do ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

O ministro defendeu, na última sexta-feira, que se estabeleça uma idade mínima para aposentadoria pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) como medida fundamental para garantir o financiamento da Previdência.

A ideia foi criticada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), presidente nacional da Força Sindical, que em nota disse repudiar tentativa de reforma na Previdência que retire direitos dos trabalhadores. Para ele, as propostas do novo titular da Fazenda para a área previdenciária são "inoportunas".



Íntegra da nota 

"Ideias estapafúrdias de Meirelles sobre a Previdência

A Força Sindical repudia qualquer tentativa de se fazer uma reforma da Previdência que venha a retirar direitos dos trabalhadores. As afirmações do ministro da economia, Henrique Meirelles, divulgadas hoje em veículos de comunicação, revelando a intenção de implantar a idade mínima para as aposentadorias, são inoportunas.


A estapafúrdia ideia defendida pelo atual ministro é inaceitável porque prejudica quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros. Vale lembrar que o último governo já fez mudanças no regime da Previdência que só resultaram em prejuízos para os trabalhadores.

A implantação da regra 85/95 progressivamente, implantada por Dilma, vai dificultando cada vez mais a aposentadoria. É bom lembrar que o governo Dilma já chegou ao absurdo de colocar lei para praticamente impedir a aposentadoria. Isto porque começou a ser aplicada a fórmula 90/100 para mulheres e homens, com a soma da idade e do tempo de contribuição. Esta fórmula torna praticamente impossível a aposentadoria para as pessoas com idade inferior a 65 anos. 

Entendemos que qualquer mudança na Previdência deva ser amplamente discutida com a sociedade, e com os representantes dos trabalhadores, de forma democrática e transparente. Reafirmamos que não aceitaremos, em hipótese alguma, uma reforma feita na calada da noite, com o intuito de mexer nos direitos adquiridos. 

A Previdência Social é um patrimônio do trabalhador e do cidadão brasileiro. Qualquer alteração tem como princípio que os aposentados recebam benefícios com valores suficientes para ter uma vida digna. Vamos resistir a mais este ataque a direitos e conquistas que, a duras penas, foram acumulados ao longo da história de lutas da classe trabalhadora brasileira.  

Acreditamos que o atual presidente, Michel Temer, seguirá os caminhos acordados com os trabalhadores e com as Centrais Sindicais nas reuniões realizadas recentemente, de manutenção de direitos e de articulação pelo crescimento do País e pela geração de empregos. 

Não podemos deixar de destacar que valorizar as aposentadorias é uma forma sensata e justa de distribuição de renda."



Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força)
Presidente da Força Sindical

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