O governador Fernando
Pimentel (PT) afirmou nesta terça-feira que Estado depende de aprovação do decreto
de calamidade financeira para evitar colapso na prestação de serviços públicos
em Minas Gerais e cumprir com o pagamento do 13º salário dos servidores.
"Esse decreto vai nos permitir afastar um colapso dos serviços
públicos", disse. O decreto foi publicado hoje no diário oficial do estado
e depende de autorização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que
deve votar o texto em plenário até quarta-feira. Amanhã também, o Executivo se
reúne com sindicatos para negociar o pagamento do 13º.
Na manhã desta quarta-feira, Pimentel se reuniu no Palácio da Liberdade com o vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Geraldo Augusto de Almeida, o procurador-geral de Justiça do Estado de Minas Gerais (MPMG), Antônio Sérgio Tonet, a defensora pública-geral do Estado, Christiane Malard, o presidente da Assembleia, deputado Adalclever Lopes e secretários de Estado.
Na manhã desta quarta-feira, Pimentel se reuniu no Palácio da Liberdade com o vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Geraldo Augusto de Almeida, o procurador-geral de Justiça do Estado de Minas Gerais (MPMG), Antônio Sérgio Tonet, a defensora pública-geral do Estado, Christiane Malard, o presidente da Assembleia, deputado Adalclever Lopes e secretários de Estado.
“Chegamos nesse ponto e é
incontornável que tomemos essa medida. O decreto de emergência nos possibilita
ter um mínimo manejo para evitar o colapso da prestação de serviços públicos em
Minas Gerais”, disse Pimentel. “Para manejar e dividir entre pagamento do 13º
salário, do salário corrente do mês e aquele custeio indispensável para as
necessidades do serviço público, como comida para os presos, medicamentos para
os hospitais, gasolina para os carros da Polícia Militar, fizemos esse
decreto”, explicou o governador, após a reunião.
Ontem à noite, Pimentel
encaminhou mensagem pedindo a autorização da ALMG para decretar a calamidade
financeira. Nesta manhã, parecer favorável ao decreto já foi distribuído na
reunião Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária. Ainda estão
previstas mais três reuniões da comissão nesta terça-feira, com o objetivo de
acelerar a tramitação.
Segundo o governador, ainda
na noite de segunda-feira, ele ligou para o presidente Michel Temer para
comunicar a decretação emergencial. “Temer manifestou preocupação não só com
Minas Gerais, mas com os outros estados também. Disse que está trabalhando numa
solução que possa nos atender também”, afirmou.
O secretário de Estado da
Fazenda, José Afonso Bicalho, afirmou que a intenção com o decreto é conseguir
alguma ajuda da União. “O que queremos é que o governo federal nos olhe de
forma mais amena. Um compartilhamento e ajuda maior dele para a situação que o
estado está vivendo”, disse. Bicalho reforça que a expectativa é discutir, por
exemplo, planos para estados em calamidade pública, negociação de dívida e
monetização de ativos.
Flexibilidade nas
contas
O decreto permite que regras da Lei de Responsabilidade Fiscal sejam alteradas por causa de condições atípicas enfrentadas no estado. Podem ser flexibilizados, por exemplo, regras que punem gestores que ultrapassam os limites de gastos com servidores, atrasos no pagamento de dívidas e a extinção de órgãos públicos.
A calamidade é decretada em
situações graves, em que governadores avaliam enfrentar momentos extremos em
suas gestões que podem colocar em risco a população do estado. De acordo com a
Constituição, os casos de calamidade permitem também que governantes tomem os
chamados empréstimos compulsórios e libera a população atingida (em caso de
catástrofes) para usar parte dos recursos do Fundo de Garantida por Tempo de
Serviço.
Estado de Minas
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá, participe, comente, deixe sua observação.