Causou-nos estranheza
as declarações do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, publicadas nos
meios de comunicações, informando que o atual governo pretende pressionar o
Senado pela aprovação do Projeto de Lei sobre a terceirização e
sobre uma eventual reforma trabalhista.
É importante ressaltar,
no caso da terceirização, que o fundamental é defender a regulamentação dos
doze milhões de trabalhadores que, hoje, estão submetidos a uma legislação
precária, que os penalizam de forma perversa. Reafirmamos que
somos contra a terceirização nas chamadas atividades-fins.
O governo
interino tem de estar atento, e precisa entender, que a terceirização, na forma
que é praticada hoje, nada mais é que uma maneira de diminuir
direitos. Nas últimas décadas, o crescimento da terceirização
resultou em relações de trabalho precarizadas, com aumento das situações de
risco e do número de acidentes de trabalho e doenças profissionais, baixos
níveis salariais, ampliação das jornadas de trabalho e crescimento da
rotatividade da mão de obra.
Um projeto de lei deve
garantir proteção social aos trabalhadores e estar assentado na isonomia de
direitos, de salário e de tratamento dos terceirizados.
Vale destacar que, em
todas as crises, os oportunistas de plantão levantam a bandeira da reforma
trabalhista, apontando a mesma como solução para os problemas da economia e do
mundo do trabalho. Não vamos permitir qualquer mudança na legislação
trabalhista que retire direitos dos trabalhadores. E qualquer ação de
alteração, neste momento, sofrerá uma forte reação do movimento sindical.
As prioridades do
movimento sindical concentram-se na defesa de uma pauta trabalhista baseada na
imediata redução da taxa de juros e na implementação de políticas
que priorizem a retomada do investimento, do crescimento da economia, a geração
de empregos, a redução da desigualdade social, o combate à pobreza e a
distribuição de renda.
Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força)
Presidente da Força
Sindical
Adilson Araújo
Presidente da CTB
Antonio Neto
Presidente da CSB
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá, participe, comente, deixe sua observação.