A taxa de desemprego
subiu a 7,9% no primeiro trimestre deste ano na comparação com os três meses
anteriores, maior patamar em dois anos, com forte aumento da procura por
emprego, em mais um sinal das dificuldades enfrentadas pela economia ainda que
o rendimento real tenha subido. A leitura apontada pela Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgado nesta quinta-feira pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou alta em relação
à taxa de 6,5% no quarto trimestre.
Também ficou acima do
resultado do primeiro trimestre de 2014, quando a taxa de desocupação no país
alcançou 7,2%, e é a mais alta desde o primeiro trimestre de 2013, quando
alcançou 8%.
Os dados da Pnad
Contínua sobre o período de janeiro a março deste ano mostram recorrência do
cenário de aumento da procura por trabalho e do corte de vagas, que vem sendo a
marca do mercado de trabalho desde o início do ano.
De acordo com a
pesquisa, no primeiro trimestre o nível de ocupação no País, que mede a parcela
da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar, foi de
56,2%, contra 56,9% no quarto trimestre de 2014 e 56,8% nos três primeiros
meses do ano passado.
Entre janeiro e março,
o número de desocupados, que inclui aqueles que tomaram alguma providência para
conseguir trabalho, chegou a 7,934 milhões de pessoas, alta de 23% em relação
ao quarto trimestre.
Já a população ocupada
chegou a 92,023 milhões de pessoas, um recuo de 0,9% sobre o período anterior.
Por outro lado, o IBGE
informou que o rendimento real dos trabalhadores teve alta de 0,8% na
comparação com o trimestre anterior, para R$ 1.840, mas ficou estável em
relação ao primeiro trimestre do ano passado.
A Pnad Contínua tem
abrangência nacional e o objetivo é que substitua a Pesquisa Mensal de Emprego
(PME), que considera apenas dados apurados em seis regiões metropolitanas do
país. De acordo com a PME, em março o desemprego subiu pelo terceiro mês,
chegando a 6,2%.
O mercado de
trabalho vem sucumbindo à fragilidade da economia, cuja expectativa é de
contração neste ano, à inflação alta e aos juros elevados.
Terra
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