Projeto de lei que muda
as regras de correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi
protocolado nesta terça-feira (5) na Câmara dos Deputados. A proposta
deverá ter uma tramitação rápida devido à importância do assunto, segundo
o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O projeto foi apresentado pelo
presidente do SDD, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), e pelos líderes do
PMDB, Leonardo Picciani (RJ), e do DEM, Mendonça Filho (PE).
De acordo com o
projeto, os depósitos do FGTS feitos a partir de 1º de janeiro de 2016 deverão
ser remunerados com as mesmas taxas da caderneta de poupança, ou seja, a Taxa
Referencial (TR) mais 0,5% ao mês. "Atualmente, há uma injustiça que
precisa ser corrigida. Essa poupança não atinge seu objetivo se não tem uma
correção pela inflação", disse Cunha. Em relação aos depósitos já
existentes, a correção continuará obedecendo às regras atuais, ou seja, 3% ao
ano mais a TR.
O presidente da Câmara,
que acompanhou a apresentação do projeto, disse que o requerimento para votação
da proposta em regime de urgência deverá ser apreciado esta semana pelo
plenário para que, na semana que vem, com a pauta destrancada, possa ser
aprovado o mérito do projeto a fim de que seja encaminhado para análise do
Senado.
Segundo o presidente do
SDD, deputado Paulo Pereira da Silva, o projeto corrige uma distorção
histórica. “Os programas do governo, que usam o dinheiro do FGTS, cobram
taxas de juros de mais de 6%. Ou seja: o governo ganha duas vezes em cima do
dinheiro do trabalhador”, disse.
Na justificativa do
projeto, os autores argumentam que é necessário estabelecer um critério
correto em que o trabalhador tenha, nos depósitos do FGTS, uma formação de poupança
para a sua aposentadoria, além de uma reserva, no caso de perda de emprego.
“Assim sendo, não é justo a poupança do trabalhador ser remunerada em condições
inferiores a correção da caderneta de poupança”.
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