Os trabalhadores de grandes
empresas do ramo automobilístico começaram a semana com a notícia que estão em
férias coletivas. De acordo com informações da Federação Nacional da
Distribuição de Veículos Automotores (Febabrave), desta terça-feira (5), os
emplacamentos de automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e
ônibus tiveram queda de 25,19% em abril de 2015.
Volkswagen
dá férias coletivas a mais de 8 mil e suspende produção no ABC paulista
A Volkswagem colocou
todos os empregados das linhas de produção de sua fábrica em São Bernado do
Campo, no ABC paulista, em férias coletivas a partir desta segunda-feira. Os
trabalhadores, cerca de 8 mil dos cerca de 13 mil funcionários da unidade,
segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, só retornarão ao trabalho daqui a
10 dias.
“A Volkswagen tem feito
uso de ferramentas de flexibilização para adequar o volume de produção à
demanda do mercado”, informou a montadora em comunicado.
Ou seja, as férias coletivas
fora de época — geralmente esta folga é dada aos funcionários durante os
feriados de fim de ano — devem-se ao fraco volume de vendas de veículos no
mercado interno. Apenas os funcionários da área administrativa permanecem
trabalhando. Na unidade são produzidos os modelos Gol e Saveiro.
De acordo com a
Anfavea, a associação que reúne as montadoras, as vendas recuaram mais de 17%
nos três primeiros meses do ano. Os dados sobre vendas e produção da indústria
em abril serão divulgados ainda esta semana.
PESSOAL AFASTADO EM
OUTRAS DUAS UNIDADES
A Volkswagen tem ainda
outros 940 empregados — 370 de sua fábrica em Taubaté (SP) e 570 da unidade de
São José dos Pinhais (PR) em layoff (suspensão temporária dos contratos de
trabalho).
A unidade da Volks em
Taubaté produz os modelos Up!, Voyage e Gol. No dia 30 de março, a Volkswagen
colocou 4.200 funcionários da unidade em férias coletivas por cerca de 20 dias.
A GM, por sua vez,
colocou em layoff quase 800 funcionários da fábrica de São José dos Campos, que
emprega 5.200 pessoas. Os trabalhadores da unidade ficaram em greve por seis
dias no fim de fevereiro, até chegarem ao acordo de suspensão dos contratos em
vez de demissões.
Já a Mercedes também já
concedeu dez dias de férias coletivas no início do ano, tanto no ABC quanto em
Juiz de Fora (MG), onde trabalham 900 pessoas.
Pirelli
põe 447 operários em lay-off em sua fábrica de Santo André a partir de hoje
Depois de prever
inicialmente que colocaria em lay-off (suspensão temporária de contratos) 450
funcionários da fábrica de Santo André, rever esse número para 380 e, na semana
passada, afirmar que ainda não tinha definido a quantidade de trabalhadores,
ontem a Pirelli voltou atrás ao determinar que cerca de 450, mais precisamente,
447 empregados, ficarão em casa pelo prazo de cinco meses, de acordo com o que
foi combinado com o Sindicato dos Trabalhadores Borracheiros de São Paulo.
Nesse período, além do valor de R$ 1.385,91 para cada profissional, que será pago pelo Ministério do Trabalho com recursos provenientes do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), a empresa complementará o restante para que eles recebam o valor equivalente ao salário líquido. Como contrapartida, dentro das regras do lay-off, os empregados terão de passar por cursos de qualificação por esse prazo.
O sindicato informou que a saída dos 447 será escalonada, a partir de hoje até a próxima semana. Isso significa que, a cada dia, um grupo de empregados terá o contrato suspenso até se atingir o número definido pela companhia. O presidente da entidade dos trabalhadores, Márcio Ferreira, explica que a fabricante não poderia colocar todos de uma vez em casa, porque é preciso diminuir o ritmo por etapas fabris, para não haver perdas no processo produtivo.
Nesse período, além do valor de R$ 1.385,91 para cada profissional, que será pago pelo Ministério do Trabalho com recursos provenientes do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), a empresa complementará o restante para que eles recebam o valor equivalente ao salário líquido. Como contrapartida, dentro das regras do lay-off, os empregados terão de passar por cursos de qualificação por esse prazo.
O sindicato informou que a saída dos 447 será escalonada, a partir de hoje até a próxima semana. Isso significa que, a cada dia, um grupo de empregados terá o contrato suspenso até se atingir o número definido pela companhia. O presidente da entidade dos trabalhadores, Márcio Ferreira, explica que a fabricante não poderia colocar todos de uma vez em casa, porque é preciso diminuir o ritmo por etapas fabris, para não haver perdas no processo produtivo.
O dirigente destacou
que será mantida a escala de 6x2 (ou seja, seis dias de trabalho com dois de
descanso), com jornada semanal de 39,5 horas – que era uma conquista histórica
da categoria. A empresa havia proposto inicialmente ampliação para 6x1 (com
apenas uma folga) e 44 horas de trabalho semanal.
Para Ferreira, o
importante é que os empregos sejam preservados e que esse pessoal volte o mais
rápido possível à fábrica, que conta ao todo com 2.500 funcionários. “Isso vai
depender do mercado, se não melhorar, eles devem voltar só no fim do prazo.”
O sindicato apresenta
hoje a pauta de reivindicações da categoria para o setor patronal. Os operários
querem 2% de aumento real – o que daria 12% de alta, considerando a inflação
medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que nos últimos 12
meses até maio deve oscilar entre 9,5% e 10%. A data base do setor é 1º de
junho.
Fiat
decide dar férias coletivas para 2 mil trabalhadores em Minas Gerais
A Fiat em Betim,
na Região Metropolitana de Belo Horizonte, vai dar férias coletivas para 2 mil
trabalhadores a partir de segunda-feira (9).
Cerca de 20 mil
funcionários trabalham na fábrica e, segundo a empresa, a medida é para ajustar
a produção à demanda de mercado.
Na quarta-feira (4), 3
mil veículos são produzidos por dia na fábrica de Betim. As férias coletivas
vão durar 20 dias.
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