Os fabricantes de
eletroeletrônicos do polo de Santa Rita do Sapucaí, o chamado Vale da
Eletrônica, no Sul de Minas Gerais, se preparam para receber, a partir de
amanhã, 800 compradores de matérias-primas e componentes do Brasil, México,
Chile, Peru, Colômbia, Uruguai, Argentina e Equador. A estratégia nas agendas
de encontros é garantir encomendas para os próximos 12 a 18 meses, ofensiva
vital das empresas num momento de retração da indústria brasileira de
transformação e de perspectiva de baixo crescimento econômico. O principal
apelo será a capacidade técnica das fábricas para substituir as importações no
setor, informa o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos,
Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto Souza Pinto.
“Vamos bater no espaço
que os produtos eletroeletrônicos podem tirar dos importados”, afirma o
industrial, com o respaldo dos números que mostram o crescimento das
exportações do polo mineiro. Nos últimos oito anos, a receita das vendas
externas aumentou quase cinco vezes, ao sair de US$ 6,510 milhões em 2006 para
US$ 32 milhões no ano passado. O número de empresas exportadoras evoluiu de
seis para 53.
Segundo Roberto Pinto,
além da qualidade dos produtos – quase todas as empresas têm o certificado ISO
9000 e todos os itens que saem das linhas de produção têm de ser homologados
por órgãos reguladores – a eficiência alcançada em custos deu maior
competitividade ao Vale da Eletrônica.
Aparelhos para
radiodifusão, particularmente transmissores de TV digital, que têm alto
conteúdo tecnológico e não são volumosos, têm tido a melhor performance na
briga com os artigos importados. Soluções em eletrônicos voltados para a
segurança também se destacam nas linhas de produção de 38 das 153 empresas do
polo de Santa Rita do Sapucaí.
Os eletroeletrônicos tendem a ganhar espaço no mercado externo, na avaliação de Alexandre Brito, consultor de negócios internacionais da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Ele aponta algumas particularidades do Vale da Eletrônica como fatores-chaves do trabalho de busca de clientes no exterior, como a capacidade de desenvolver produtos feitos sob encomenda, o compartilhamento dinâmico das empresas de informações que não tratam de segredos industriais, facilidade logística operacional e capacidade técnica da mão de obra local.
Os eletroeletrônicos tendem a ganhar espaço no mercado externo, na avaliação de Alexandre Brito, consultor de negócios internacionais da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Ele aponta algumas particularidades do Vale da Eletrônica como fatores-chaves do trabalho de busca de clientes no exterior, como a capacidade de desenvolver produtos feitos sob encomenda, o compartilhamento dinâmico das empresas de informações que não tratam de segredos industriais, facilidade logística operacional e capacidade técnica da mão de obra local.
De acordo com o
presidente do Sindvel, Roberto Pinto, os encontros de negócios com os
compradores de matérias-primas e componentes em setembro vão funcionar como um
termômetro da demanda do setor para 2015. A programação que está sendo
preparada inclui visitas dos compradores às fábricas do polo, como parte da 13ª
Feira Industrial do Vale da Eletrônica (Fivel) 2014, que ocorre de 3 a 5 de
setembro.
Durante o evento, as
153 empresas vão expor cerca de 13 mil produtos destinados às áreas de
eletroeletrônica, construção civil, radiodifusão e defesa. Cerca de 70% do
faturamento do polo industrial, estimado em R$ 2,7 bilhões neste ano, é apurado
a partir de contratos que começam a ser negociados na Fivel.
Fonte
Estado de Minas
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