A 13ª edição da Feira
Industrial do Vale da Eletrônica (Fivel), promovida pelo Sindicato das
Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da
Eletrônica (Sindvel), movimentou a pequena Santa Rita do Sapucaí, no Sul de
Minas, com 40 mil habitantes, ente os dias 3 e 5 de setembro. O chamado Vale da
Eletrônica brasileiro se reuniu para expor produtos, fazer lançamentos, receber
estudantes e visitantes interessados em tecnologia e em fazer negócios.
Durante o evento, a
especialista do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil,
Vanderléia Radaelli, declarou que o BID continuará com o apoio financeiro ao
Arranjo Produtivo Local (APL) com investimentos de mais de R$ 6 milhões para os
próximos anos. De acordo com Vanderléia, Santa Rita do Sapucaí apresenta o
melhor desenho econômico por reunir a Fiemg, a Secretaria de Desenvolvimento
Econômico e o Sebrae em um só lugar, o que é fundamental para o sucesso do
Vale. "Estamos muito felizes com os ótimos resultados apresentados pelas
empresas envolvidas que têm como base a inovação", ressalta.
O apoio é referente à
segunda fase do Projeto de Apoio à Competitividade das Empresas do Arranjo
Produtivo Local, iniciado em 2004, quando o banco também aportou R$ 6 milhões e
beneficiou cerca de cem das 153 indústrias da região. "Outro valor do APL
é a produção de capital humano com formação qualificada pelas escolas técnicas
da região, que em médio prazo é um ativo que tem que ser desenvolvido de forma
contínua para manter o nível de inovação", afirma a especialista. Segundo
Vanderléia, as indústrias tecnológicas devem buscar a inovação uma vez que a
competividade do mercado é a nível global e não apenas local.
Balanço - A Fivel
recebeu mais de 12 mil visitantes entre empresários nacionais e internacionais
e alunos da região. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de
Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel),
Roberto de Souza, foram gerados negócios na ordem de R$ 800 milhões, o que
representa em torno de 30% do faturamento anual, que no último ano atingiu R$
2,7 bilhões. De acordo com ele, mais de R$ 100 milhões foram investidos pelas
empresas no lançamento de novos produtos e nas linhas de produção.
A Fivel, neste ano, foi
instalada no campus da Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa
(ETE FMC). Os produtos exibidos estavam voltados especialmente para os setores
de eletroeletrônicos; telecomunicações; segurança; eletrônica; informática;
radiodifusão; automação industrial, predial e comercial; tecnologia da
informação (TI), eletrodomésticos, insumos e prestação de serviço.
O Vale da Eletrônica
reúne 153 empresas e emprega cerca de 10 mil pessoas capazes de fabricar
atualmente 13,7 mil itens diferentes. Atualmente as empresas do cluster exportam
para 41 países, tendo como principais consumidores os mercados europeu e
asiático.
Fonte
Diário do Comércio
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