O 2° Encontro Nacional de Comunicação Sindical ocorreu, na última quinta-feira (22), na sede da Força Sindical em São Paulo. Assessores de comunicação e dirigentes sindicais de 16 estados brasileiros, representando 80 sindicatos e 1 milhão e 400 mil trabalhadores, estiveram presente no encontro para se discutir a comunicação no Brasil e nos sindicatos.
Durante o encontro foram discutidas formas para que a comunicação possa ser um instrumento de mobilização do movimento sindical e articulação entre sindicatos e trabalhadores. Os trabalhos foram conduzidos por Luiz Carlos Miranda, secretário de relações públicas da CNTM, que destacou o desinteresse da 'mídia oficial' do país por assuntos referentes ao mundo do trabalhador.
O consultor político da Força Sindical, João Guilherme Vargas Netto, falou sobre a importância da comunicação na organização do movimento sindical brasileiro aos presentes e durante o discurso destacou três períodos, que para ele, resumem a relação do movimento sindical e o sistema comunicacional.
Segundo João Guilherme a fase do deslumbramento, nos anos da ditadura militar, aconteceu quando as questões do trabalhador tiveram cobertura pelos grandes veículos de comunicação. A segunda fase denominada de convivência e a terceira de estranhamento vivida nos dias atuais quando o trabalhador é inexistente da pauta da grande mídia.
Para João Guilherme é importante que o movimento sindicato tenha um veículo próprio de comunicação, com sugestão de ser chamado de 'Observatório Metalúrgico', para reunir notícias relacionadas aos trabalhadores de todo o país.
O jornalista, Mino Carta, diretor de Redação da Revista Carta Capital, abordou durante a palestra aos convidados o tema " Mídia Atual Brasileira". Ele trouxe uma contextualização histórica para dizer que não existe "democracia plena no Brasil" e como resultado partes da sociedade, como o movimento sindical, são deixados de lado na agenda dos grandes veículos de comunicação.
Várias propostas para fomentar a comunicação no movimento sindical surgiram do encontro. Além disso também se discutiu como as mídias sociais podem ser ferramentas positivas ao trabalho de informação entre o próprio movimento sindical, os sindicatos com a imprensa e o sindicato com o trabalhador.
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