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8 de fevereiro de 2011

Produção em alta faz com que metalúrgicos sejam mais exigidos

Conforme balanço divulgado nesta segunda-feira, 7, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), tanto o total produzido quanto o volume comercializado em janeiro pelas montadoras instaladas no país foram superiores ao apurado no mesmo mês do ano passado.
Em janeiro, a produção foi recorde para o mês e superou inclusive o número de unidades fabricadas em janeiro de 2008 – ano que ficaria marcado pela eclosão da mais recente crise do capitalismo, com efeitos que se alastraram para toda a economia mundial. Na comparação com janeiro de 2010, a alta chegou a 6,4%.

As vendas no último mês, por sua vez, superaram em 14,9% o volume registrado em janeiro de 2009. E nem a recente apreciação da moeda brasileira frente ao dólar impediu que as montadoras exportassem 10,7% a mais na comparação com janeiro de 2010. Já em relação a dezembro passado, o total exportado cresceu 5,8%.
“Embora não justifiquem, estes números nos ajudam a entender a razão pela qual os metalúrgicos de Betim, Igarapé e São Joaquim de Bicas têm sido tão exigidos neste começo de ano”, afirma Marcelino da Rocha, presidente do Sindicato. Ele ilustra a afirmação ao observar que, nas fornecedoras diretas da Fiat Automóveis – que registrou expansão de 3,1% em vendas em janeiro –, as jornadas diárias têm se estendido para até 12 horas. “Ou seja, as empresas continuam se valendo de horas extras em excesso para não contratar”.

Já nas empresas fornecedoras de matéria-prima para a fabricação de blocos de motores, há metalúrgicos que, atualmente, não têm direito sequer à folga semanal. “Temos informação de que estes metalúrgicos estão trabalhando de segunda a segunda para darem conta da demanda”.

Alexandre Magalhães- Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e Bicas

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