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2 de fevereiro de 2016

Sindicalismo vai ao ‘Conselhão’ e cobra crescimento

A presidente Dilma Rousseff instalou no último dia 28 a nova versão do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o "Conselhão". O colegiado, com representantes de trabalhadores, empresários e governo, foi remodelado depois de sua última reunião, em junho de 2014. O encontro aconteceu no Palácio do Planalto.

Criado em 2003, no governo Lula, o Conselho desempenhou papel importante nas decisões estratégicas do País, mas perdeu protagonismo com Dilma. A expectativa, agora, é que o novo “Conselhão” consiga dar encaminhamento às alternativas relativas à retomada do desenvolvimento nacional.

O presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, avalia positivamente a reunião. "O mais importante é que foi iniciado um debate com a sociedade, apontando que há disposição no governo de buscar consensos entre as forças sociais para superar as dificuldades da conjuntura", afirma.

Patah considera boa a criação de grupos de trabalho, destacando que na próxima reunião - em abril - já podem surgir propostas mais elaboradas. "O Conselho será um instrumento poderoso para destravar a inércia e avançar no caminho da retomada do crescimento", acredita.

"É positiva a retomada do diálogo, que não estava ocorrendo. Todo brasileiro quer superar a crise e, pra que isso ocorra, é preciso diálogo por parte do governo", destaca Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM/Força Sindical). O dirigente observa que o sindicalismo deve atuar no colegiado, visando à aceitação das propostas que já foram encaminhadas ao governo.

As Centrais Sindicais já entregaram ao governo o documento “Compromisso pelo Desenvolvimento”, elaborado em conjunto com entidades do setor produtivo, indicando sete medidas pró-emprego e o crescimento da economia. O sindicalismo também apoia o Plano Nacional de Renovação Veicular, que pode revigorar a cadeia automotiva.

Dieese - O diretor-técnico Clemente Ganz Lúcio chama atenção para a nova composição do colegiado. "Há uma renovação de 70% dos conselheiros, o que significa sangue novo pra debater novos rumos do País", avalia. O novo Conselho tem 92 integrantes - antes eram 90 – entre sindicalistas, empresários, dirigentes de movimentos sociais e pessoas destacadas da sociedade civil .



Agência Sindical

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