A
presidente Dilma Rousseff instalou no último dia 28 a nova versão do Conselho
de Desenvolvimento Econômico e Social, o "Conselhão". O colegiado,
com representantes de trabalhadores, empresários e governo, foi remodelado
depois de sua última reunião, em junho de 2014. O encontro aconteceu no Palácio
do Planalto.
Criado
em 2003, no governo Lula, o Conselho desempenhou papel importante nas decisões
estratégicas do País, mas perdeu protagonismo com Dilma. A expectativa, agora,
é que o novo “Conselhão” consiga dar encaminhamento às alternativas relativas à
retomada do desenvolvimento nacional.
O
presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, avalia
positivamente a reunião. "O mais importante é que foi iniciado um debate
com a sociedade, apontando que há disposição no governo de buscar consensos
entre as forças sociais para superar as dificuldades da conjuntura",
afirma.
Patah
considera boa a criação de grupos de trabalho, destacando que na próxima
reunião - em abril - já podem surgir propostas mais elaboradas. "O
Conselho será um instrumento poderoso para destravar a inércia e avançar no
caminho da retomada do crescimento", acredita.
"É
positiva a retomada do diálogo, que não estava ocorrendo. Todo brasileiro quer
superar a crise e, pra que isso ocorra, é preciso diálogo por parte do
governo", destaca Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM/Força Sindical). O dirigente observa que o
sindicalismo deve atuar no colegiado, visando à aceitação das propostas que já
foram encaminhadas ao governo.
As
Centrais Sindicais já entregaram ao governo o documento “Compromisso pelo
Desenvolvimento”, elaborado em conjunto com entidades do setor produtivo,
indicando sete medidas pró-emprego e o crescimento da economia. O sindicalismo
também apoia o Plano Nacional de Renovação Veicular, que pode revigorar a cadeia
automotiva.
Dieese
- O diretor-técnico Clemente Ganz Lúcio chama atenção para a nova
composição do colegiado. "Há uma renovação de 70% dos conselheiros, o que
significa sangue novo pra debater novos rumos do País", avalia. O novo
Conselho tem 92 integrantes - antes eram 90 – entre sindicalistas, empresários,
dirigentes de movimentos sociais e pessoas destacadas da sociedade civil .
Agência
Sindical
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