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22 de janeiro de 2016

Trabalhadores continuam mobilizados na Metagal para receberem a PLR



Os 412 trabalhadores da Metagal, unidade de Santa Rita do Sapucaí-MG, continuam unidos e mobilizados na reivindicação pelo recebimento da PLR 2015. O Sindicato compareceu à empresa  na manhã de quinta-feira (21) para, ao lado dos trabalhadores, receber o valor da PLR conforme o prometido pela Metagal. A reunião com a comissão de trabalhadores teve início às 10h e os diretores do Sindicato só deixaram a Metagal às 14 h.

“Os trabalhadores deram a demonstração que com união é possível avançar. O que vimos hoje é que os trabalhadores da Metagal são os negociadores da PLR junto com o Sindicato, eles são peça integrante do processo de negociação. Essa é uma conquista de conscientização e valorização de si próprio como trabalhador”, comentou a presidente do Sindicato após mais de 4 horas reunida com a categoria.


Abaixo você confere um resumo sobre tudo que ocorreu em torno da PLR 2015

Os trabalhadores vinham do recebimento de uma PLR no valor de R$ 2.300 em 2014 e o pedido para o ano de 2015 era de R$ 3.000 pagos em 2 parcelas. A primeira em maio, como antecipação, e a segunda em janeiro de 2016.  Esse pedido foi oficializado pelo Sindicato à Metagal ainda primeiro semestre. 

Em julho de 2015, o Sindicato pressionou a empresa a se manifestar já que não havia pagado a primeira parcela. A empresa encaminhou um ofício dizendo que passava por crise devido à economia e a situação do país e por isso pagaria a PLR de uma única vez em janeiro de 2016. O Sindicato levou em assembleia esse ofício e os trabalhadores aceitaram a prorrogação.

No dia 8 de janeiro de 2016, a presidente Maria Rosângela Lopes ligou para a empresa e voltou a pressionar por um posicionamento oficial sobre a PLR. Afinal de contas os trabalhadores queriam saber onde estava o dinheiro da PLR. “O gato comeu?” era a pergunta feita por todos.

No dia 19 de janeiro, os trabalhadores cansados de esperar por uma resposta da Metagal decidiram cruzar os braços no pátio da empresa. O Sindicato compareceu e a empresa abriu negociações.

No dia 21 de janeiro, o Sindicato retornou à empresa para se reunir com a comissão de trabalhadores tirada no dia 19, formada por 16 pessoas inclusive o contador da empresa. A Metagal voltou a dizer que não tem dinheiro e que está no vermelho. Afirmou ainda que a produção diária caiu de 16 mil para 6,5 mil peças e que tem sofrido com a alta do dólar além de queda no faturamento.

Ainda assim apresentou uma proposta de R$ 500 e um “plus” de R$ 200 para os trabalhadores com 0 (zero) de falta.  A comissão rejeitou a proposta e a presidente comunicou a decisão por telefone aos diretores da empresa em São Paulo. Eles retornaram a ligação com uma segunda proposta que contemplava:    

PLR de R$ 500,00
            + R$ 500,00 para quem tivesse 0 (zero) de falta
            Ou R$ 550,00 para todos.

Diante disso, uma assembleia geral foi chamada e os mais de 400 trabalhadores em união rejeitaram a proposta e aprovaram a continuidade de paralisação total dos trabalhos.

Proposta da empresa foi rejeitada pelos trabalhadores

A presidente comunicou a decisão para os diretores da empresa em São Paulo que ameaçaram processar o Sindicato por danos e prejuízos que Metagal tivesse. “Eu não me abati diante da ameaça”, disse a presidente. “Respondi que estava na chuva para me molhar e que iria defender a minha categoria”, acrescentou.  A Metagal voltou atrás das ameaças e pediu para que as negociações pudessem continuar.      


Mais uma assembleia foi realizada com todos os trabalhadores onde foi passada a ameaça ao Sindicato e o pedido da empresa. Os trabalhadores votaram e decidiram por continuar as negociações com valor mínimo de PLR de R$ 2.300 e máximo de R$ 3.000. Também decidiram que a resposta tem que ser dada até às 7h de segunda-feira (25) quando inicia o turno.  A greve geral irá começar se a resposta da empresa não for de acordo com o pedido.




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