Ao anunciar os
resultados do setor em 2015, a Fenabrave, entidade que representa as
concessionárias de automóveis, informou que o governo deve lançar ainda neste
mês um programa de estímulo à renovação da frota nacional de veículos, na
tentativa de incentivar um setor cujas vendas caíram quase 27% no ano passado.
O objetivo é tirar das ruas carros com mais de 15 anos de uso e caminhões de
idade superior a 30 anos, segundo o presidente da associação, Alarico Assumpção
Júnior. O programa, estimou o executivo, tem potencial de gerar um consumo
adicional de 500 mil veículos novos por ano.
Alarico não deu muitos
detalhes do formato do programa, mas adiantou que, em linhas gerais, o
proprietário entregaria seu veículo antigo - que seria transformado em sucata
para reciclagem de aço - e, em troca, receberia uma carta de crédito para dar
entrada à aquisição de um carro ou caminhão zero quilômetro ou mais novo.
O plano em análise pelo
governo - elaborado por 19 entidades ligadas a setores de transporte e da
cadeia automotiva - prevê a constituição de um fundo irrigado por recursos de
um seguro que seria cobrado no licenciamento de veículos. Esse seria o caminho
para financiar a substituição da frota.
Alarico, porém, disse
ontem que o plano ainda está em fase final de formatação no Ministério do
Desenvolvimento e que ainda não poderia antecipar a origem dos recursos. Ele
garantiu que, em respeito ao programa de reequilíbrio fiscal, não haverá
subsídios do governo. "O programa está basicamente costurado, sem subsídio
do governo", afirmou o presidente da Fenabrave. Segundo ele, o governo já
deu o compromisso verbal do lançamento do plano de renovação até o fim do mês.
Procurado, o Ministério
do Desenvolvimento informou que está estudando propostas relacionadas ao setor
automotivo, mas que ainda não há uma definição a respeito. O projeto, segundo a
Confederação Nacional do Transporte (CNT), uma das entidades que encabeçam a
demanda, foi encaminhado para a presidente Dilma Rousseff no dia 22 de
dezembro.
A renovação da frota é um pleito que vem sendo discutido desde novembro de 2013, quando entidades da indústria de veículos, como a Anfavea, representante das montadoras, e de setores ligados ao transporte rodoviário, levaram ao governo um projeto para retirar 30 mil caminhões antigos das estradas a cada ano. No fim do ano passado, as negociações voltaram a ganhar fôlego em Brasília.
A renovação da frota é um pleito que vem sendo discutido desde novembro de 2013, quando entidades da indústria de veículos, como a Anfavea, representante das montadoras, e de setores ligados ao transporte rodoviário, levaram ao governo um projeto para retirar 30 mil caminhões antigos das estradas a cada ano. No fim do ano passado, as negociações voltaram a ganhar fôlego em Brasília.
Além de um crédito de
R$ 30 mil para a troca de veículos de caminhoneiros autônomos, a proposta
inicial previa facilitação no acesso a linhas especiais de financiamento,
inspirando-se em programas regionais do tipo implementados em São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais.
Como pequenos
caminhoneiros têm, muitas vezes, dificuldades em apresentar garantias para
acessar o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), a solução também poderá passar pela criação de um fundo para garantir
o crédito. A ideia era estender o programa aos demais veículos em etapas posteriores,
mas, pelas informações divulgadas ontem pela Fenabrave, o plano, batizado de
Programa de Sustentabilidade Veicular, já deve sair com incentivos a carros de
passeio.
Valor
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