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7 de janeiro de 2016

"Não é possível que a idade média de aposentadoria no Brasil seja 55 anos", diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (7) que a primeira grande reforma que o Brasil vai encarar em 2016 será a da Previdência. Em encontro com jornalistas em Brasília, a presidente disse "estamos envelhecendo mais e morrendo menos" e destacou que o brasileiro ganhou 4,6 anos de vida, em média, nos últimos anos, o que agravou a situação da Previdência. 

Dilma explicou que "vai ter menos gente trabalhando no futuro para sustentar mais gente sem trabalhar". Isso porque, segundo ela, "os mais velhos terão uma longevidade maior, eu aí inclusa".

A presidente enfatizou ainda que "esta é uma equação que atinge todos os países desenvolvidos e emergentes" e garantiu: "o Brasil vai ter de encarar a questão da Previdência". 

— Nós vamos começar a encaminhar uma série de grandes reformas [em 2016]. A primeira grande reforma que nós vamos encarar é a reforma da Previdência, sempre considerando que tem a ver com uma modificação. Primeiro, na idade e no comportamento etário da população brasileira. [...] É muito difícil você equacionar um problema. Não é possível que a idade média de aposentadoria no Brasil seja 55 anos, para a mulher um pouco menos.

A presidente informou que há duas maneiras para a reforma da Previdência: aumentando a idade mínima para acessar a aposentadoria, como buscaram os "países desenvolvidos e os grandes emergentes", ou o "caminho do 85/95 móvel progressivo, que resultará na mesma convergência".

— Em todos os dois casos, uma coisa vai ter que ser considerada: não se pode achar que se afeta direitos adquiridos. A estabilidade e a segurança jurídica consistem em garantir que as coisas nunca afetem daqui para trás, mas daqui para a frente. No caso da Previdência, ainda tem outro problema que é o tempo de transição. Ninguém vai fazer um programa desses, uma reforma dessas, porque ela implica questões técnicas e consenso político.

Dilma garantiu que trabalhadores, empresários, governo e Congresso vão participar das discussões até um consenso sobre o tema. O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social também será ouvido antes da decisão.



R7

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