O Senado aprovou nesta
quarta-feira a Medida Provisória que fixa novas regras para a aposentadoria e
também permite a chamada "desaposentação". A emenda que prevê a
"desaposentação" ou o recálculo da aposentadoria foi incluído no
texto original pelos deputados e, agora,mantido no Senado. Pelo mecanismo, o
trabalhador que se aposentou, mas foi prejudicado pelo cálculo do fator
previdenciário, se voltar a trabalhar e contribuir por pelo menos 5 anos, terá
direito ao recálculo do valor de sua aposentadoria. O líder do governo no
Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), disse que a presidente Dilma Rousseff vetará a
"desaposentação". Segundo ele, essa é uma convicção dentro do governo
e do Ministério da Previdência.
- O Palácio do Planalto vai vetar a desaposentação, não tem como. São R$ 70 bilhões de prejuízo num médio prazo - disse Delcídio.
- O Palácio do Planalto vai vetar a desaposentação, não tem como. São R$ 70 bilhões de prejuízo num médio prazo - disse Delcídio.
No caso das novas
regras da Previdência, a MP permite a aposentadoria pela chama fórmula 85/95,
que é a soma da idade e do tempo de contribuição para mulheres e homens,
respectivamente. O trabalhador poderá se aposentar pela fórmula 85/95 até 31 de
dezembro de 2018, quando a tabela será corrigida em um ponto. A vantagem desta
fórmula é que o trabalhador ganha aposentadoria integral, escapando do fator
previdenciário, que é aplicado hoje e que reduz, em média, 30% dos benefícios.
Essa fórmula já
aplicada no setor público e conhecida dentro do próprio governo como um
"fator previdenciário do B". A proposta acaba com a aplicação automática
do fator previdenciário no cálculo da aposentadoria.
A “desaposentação“ é
alvo de mais de 130 mil ações na Justiça e o Supremo Tribunal Federal já
começou o julgar a questão, mas não há ainda definição.
Para ter direito ao
recálculo da aposentadoria, o trabalhador terá que fazer pelo menos 60 novas
contribuições. A regra só vale para o Regime Geral da Previdência Social, e o
máximo que a pessoa conseguirá com o recálculo é o teto do INSS, equivalente
hoje a R$ 4.663,00.
No caso da nova regra de aposentadoria, o texto original do governo foi alterado, mudando as datas de atualização da tabela. A fórmula 85/95 vai sendo corrigida, aumentando a soma de idade e tempo de contribuição, até chegar a 90/100 em 2027, para mulheres e homens, respectivamente.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou a proposta em votação, sem polêmicas. O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), lembrou que os novos prazos para atualização da tabela 85/95 foram acordados nas negociações na comissão especial que analisou o assunto.
No caso da nova regra de aposentadoria, o texto original do governo foi alterado, mudando as datas de atualização da tabela. A fórmula 85/95 vai sendo corrigida, aumentando a soma de idade e tempo de contribuição, até chegar a 90/100 em 2027, para mulheres e homens, respectivamente.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou a proposta em votação, sem polêmicas. O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), lembrou que os novos prazos para atualização da tabela 85/95 foram acordados nas negociações na comissão especial que analisou o assunto.
NOVAS REGRAS PARA A
PREVIDÊNCIA
FORMULA 85/95: A
proposta aprovada adota a chamada fórmula 85/95, que é a soma da idade e do
tempo de contribuição para mulheres e homens, respectivamente. A mulher terá
direito a adotar a fórmula se tiver, pelo menos, 30 anos de contribuição, e o
homem, se tiver completado 35 anos de contribuição ao INSS. A vantagem desta
fórmula é que o trabalhador ganha aposentadoria integral, escapando do fator
previdenciário, que é aplicado hoje e que reduz, em média, 30% dos benefícios.
Essa fórmula já aplicada no setor público e conhecida dentro do próprio governo
como um "fator previdenciário do B". A proposta acaba com a aplicação
automática do fator previdenciário no cálculo da aposentadoria.
FÓRMULA SERÁ ATUALIZADA PROGRESSIVAMENTE: Como a expectativa de vida do brasileiro tem aumentado, a fórmula 85/95 será corrigida ao longo do tempo, aumentando o número a ser atingido pelo trabalhador ao somar idade e tempo de contribuição. Na prática, com a correção, o trabalhador terá que trabalhar um pouco mais para se aposentar. A atual fórmula valerá até 31 de dezembro de 2018, o que beneficia o trabalhador. O governo já queria corrigir a tabela em 2017.
FÓRMULA SERÁ ATUALIZADA PROGRESSIVAMENTE: Como a expectativa de vida do brasileiro tem aumentado, a fórmula 85/95 será corrigida ao longo do tempo, aumentando o número a ser atingido pelo trabalhador ao somar idade e tempo de contribuição. Na prática, com a correção, o trabalhador terá que trabalhar um pouco mais para se aposentar. A atual fórmula valerá até 31 de dezembro de 2018, o que beneficia o trabalhador. O governo já queria corrigir a tabela em 2017.
COMO FICA A TABELA:
85/95: Até 31 de dezembro
de 2018, valerá a atual fórmula 85/95, pela qual a soma da idade e o tempo de
contribuição eve ser de 85 para as mulheres e 95 para os homens. Hoje, por
exemplo, uma mulher poderia se aposentar com 30 anos de contribuição e 55 anos
de idade.
86/96: A tabela será corrigida em 31 de dezembro de 2018 em um ponto, passando para 86 para mulheres e 96 para homens. E valerá até 31 de dezembro de 2020.
86/96: A tabela será corrigida em 31 de dezembro de 2018 em um ponto, passando para 86 para mulheres e 96 para homens. E valerá até 31 de dezembro de 2020.
87/97: A tabela será
novamente corrigida em 31 de dezembro de 2020, passando para 87 e 97, para
mulheres e homens, respectivamente. E valerá até 31 de dezembro de 2022.
88/98: A tabela será
atualizada em 31 de dezembro de 2022 em mais um ponto, passando para 88/98. E
valerá até 31 de dezembro de 2024.
89/99: A tabela será
corrigida em 31 de dezembro de 2024 e a soma 89/99 valerá até 31 de dezembro de
2026.
90/100: A tabela terá
uma última correção em 31 de dezembro de 2026, chegando à soma máxima de
90/100. O governo queria atingir esse topo bem antes, mas o Congresso mudou os
prazos de alteração das tabelas, adiando essa soma final em cerca de cinco
anos.
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