O pacote anunciado pela
equipe econômica é uma clara demonstração de que o governo continua se curvando
aos bancos e aos especuladores, e virando as costas para os trabalhadores. Não
podemos nos calar diante deste pacote que, de forma nefasta, transfere os erros
econômicos cometidos pelo atual governo para que sejam pagos pela classe
trabalhadora.
O governo fez a opção
errada de política econômica, e nós, trabalhadores, não estamos dispostos a
pagar esta conta.
É um verdadeiro absurdo
a medida de congelar o aumento salarial dos servidores públicos. Vale lembrar
que o próprio governo fez um acordo de aumento escalado, que previa reajuste de
5,5% em janeiro, e agora quer protelar o pagamento para agosto. A atitude da
equipe econômica visa esvaziar e precarizar o serviço público. A Força Sindical
irá apoiar, de forma democrática, toda manifestação que venha a ocorrer como
forma de garantir os direitos dos servidores públicos.
Sob o falso argumento
de que o aumento de tributos será destinado ao pagamento da Previdência Social,
o governo quer justificar e usar de forma ardilosa a volta da CPMF.
Dentro do contexto de
ajuste, as medidas irão desestimular os investimentos, visto que irá criar
novos impostos, aumentando o “Custo Brasil”. Entendemos que, ressuscitar a CPMF
de uma forma tão atabalhoada, é mais um deslize deste governo. Acreditamos que
uma reforma fiscal se faz necessária, mas com diálogo e com compromissos que
resultem no fortalecimento da economia e no desenvolvimento do País.
Não permitiremos
ataques aos direitos dos trabalhadores e tentativas de mudanças que os
prejudiquem. Ações do governo devem priorizar propostas que visem a retomada do
crescimento econômico, com geração de empregos e renda.
Miguel Torres,
Presidente da Força
Sindical
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