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21 de julho de 2015

Movimento sindical é saída para vencer a crise, diz economista do Dieese

O que está por trás do desemprego? Muitas vezes o trabalhador se desespera diante da ameaça de perder o emprego.  Mas o tema é mais governamental do que econômico. Segundo o economista Carlos Jardel de Souza Leal, Supervisor Técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o trabalhador precisa ficar atento as questões políticas do país, porque isso reflete diretamente no mercado de trabalho. A afirmação foi feita no Workshop organizado pelo SINPOSPETRO-RJ para diretores e funcionários, no último sábado(18), na subsede de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Para Carlos Jardel Souza, há muita especulação sobre inflação e desemprego. Segundo ele, os operadores de mercado tendem a fazer terrorismo dizendo que as taxas de inflação e desemprego vão explodir, mas quem pode prever o que vai acontecer? O supervisor do Dieese tranquilizou os trabalhadores afirmando que os fatos econômicos e os seus desdobramentos nunca vão dar uma conta exata, já que as ações dependem dos seres humanos. Vivemos hoje uma grande incógnita, porque a economia voltou a ter um componente político. Precisamos saber quais são os interesses dos grandes investidores, já que são eles que dominam o mercado de trabalho.

CRESCIMENTO ECONÔMICO
O Supervisor Técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) informou que o crescimento da economia brasileira a partir de 2005 começou a incomodar as grandes nações que passaram a se sentir ameaçadas.  Com o crescimento econômico, além da valorização dos salários, o mercado de trabalho apresentou um aumento significativo no número de empregados com carteira assinada. Essa melhora reduziu as desigualdades sociais no país. De acordo com Carlos Jardel, a maioria das pessoas que tem ocupação no país, quase 70%,  tem seus salários limitados a dois salários mínimos.

O economista frisou que os grandes investidores têm um desprezo muito grande pelo trabalho. Por isso há perseguição aos empregados que ainda buscam orientação no sindicato. As entidades representativas de classes não são bem vistas porque têm a função de informar e defender os trabalhadores.

TRABALHO DE BASE
Carlos Jardel disse que é importante o trabalhador se colocar diante do atual quadro político-econômico e só com a união de todos o país vai superar esse momento. Ele destacou que não existe trabalho solitário, é preciso trocar mais informações e investir na qualificação da mão de obra. Ele frisou, ainda, que o trabalho de base realizado pelo sindicato é extremamente importante para ajudar o empregado a se posicionar. “A crise faz com que todos façam sacrifícios, e por causa da organização, os sindicatos têm o poder para ajudar a mudar esse momento”- concluiu.  

PAPEL DO SINDICATO
Ao encerrar o Workshop para funcionários e diretores, o presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, disse que o trabalhador deve filtrar as informações que são repassadas pelos grandes veículos de comunicação. Ele diz que há uma cultura de desânimo que visa induzir o trabalhador ao desespero. Segundo Eusébio Neto, apesar das dificuldades, o país tem muitas coisas boas que não são divulgadas, para que o clima de desânimo permaneça.

Ele disse que a ideia do workshop é padronizar as informações e preparar os funcionário e diretores para melhor atender ao trabalhador. “Precisamos conhecer melhor a história da categoria em todo país.  Temos que estar atualizados para repassar dados com maior rapidez. O trabalhador vê o sindicato como última instância, em que ele pode buscar para resolver os seus problemas, por isso nós temos o dever de dar as informações corretas.   Temos que lutar junto com a sociedade, não só com o trabalhador, para contribuir com aquilo que achamos correto para nossa nação”- completou.



Assessoria de imprensa Sinpospetro-RJ

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