Dirigentes e ativistas
metalúrgicos participaram do protesto da Força Sindical, juntamente com outras
centrais sindicais e movimentos sociais, nesta terça-feira (dia 2), contra os
juros altos e o desemprego. Os manifestantes se concentraram a partir das 10
horas, na porta do prédio do Banco Central, na avenida Paulista, 1.804, em São
Paulo.
As centrais sindicais
Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, CTB, CSB e CGTB realizaram, hoje (dia
2), em frente ao Banco Central, em São Paulo, protesto contra os juros altos e
uma de suas consequências mais prejudiciais aos trabalhadores, que é o desemprego.
“Realizamos este ato para tentar sensibilizar os integrantes do Copom (Comitê
de Política Monetária) a iniciar um novo ciclo, de reduzir a taxa Selic em vez
de aumentá-la, como está previsto”, afirma Miguel Torres, presidente da Força
Sindical e CNTM.
Além de São Paulo, onde
compareceram cerca de 3, 5 mil pessoas, os sindicalistas realizaram, ainda,
protestos em Brasília, Salvador e Goiânia na data de hoje, início da reunião do
Copom para decidir, amanhã (dia 3), a nova Selic (taxa básica de juros).
“A taxa Selic está nas
alturas. É um absurdo esta política adotada pelo governo de elevar a taxa de
juros e provocar a recessão”, diz Miguel. Segundo ele, a cada aumento nos juros
cresce o número de desempregados e são reduzidos os investimentos e financiamentos
para a produção. “A recessão não é a solução. Precisamos manter as Centrais
unidas e defender a Pauta Trabalhista”, destaca.
O deputado Paulo
Pereira da Silva, Paulinho, (Solidariedade-SP), destaca a importância de lutar
contra os juros altos, que dificultam muito o incremento da produção e da
geração de novos empregos.
Para contrapor à crise
econômica, João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central, ressalta
a importância de “lutarmos pela jornada de 40 horas semanais de trabalho, pela recomposição
do poder de compra dos aposentados e por salários dignos”.
Sergio Luiz Leite,
Serginho, 1º secretário da Central, afirma que a conta da crise não pode recair
sobre os trabalhadores. “Vamos dizer não ao governo, que transfere os recursos
obtidos pelo aumento dos juros para as contas dos banqueiros.”
Para Carlos Andreu
Ortiz, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, “o aprofundamento da
crise econômica, uma das consequências dos juros altos, reduz ainda mais os
ganhos dos aposentados”.
Força Sindical
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