Na 4ª feira (28),
dezenas de milhares de trabalhadores, das seis maiores Centrais brasileiras,
foram às ruas por todo o País para protestar contra a decisão do governo de
retirar direitos conquistados ao longo dos anos pela luta do movimento
sindical, e em defesa do emprego e da Pauta Trabalhista.
Ganhar as ruas para
externar nossa contrariedade, e lutar para que nossas conquistas sejam
respeitadas e ampliadas, foi a forma que encontramos de pressionar o governo,
sensibilizar o Congresso Nacional, alertar o povo e mostrar à sociedade
brasileira que o conjunto dos trabalhadores é contrário à redução ou retirada
de qualquer direito. Foi a resposta da classe trabalhadora e do movimento
sindical à arbitrariedade à qual querem nos submeter.
As MPs 664 e 665,
editadas pelo governo sem um diálogo prévio com as Centrais, e logo após a
presidenta ter garantido que não mexeria em direitos “nem que a vaca tussa!”,
sob a alegação de “corrigir distorções e fraudes”, atacam direitos referentes
ao seguro-desemprego, abono salarial, auxílio-doença, seguro-defeso (no caso
dos pescadores), auxílio-reclusão e pensão por morte.
Ninguém quer que “as
distorções e fraudes sejam corrigidas” mais do que os trabalhadores. Mas que
essas correções tenham por regra a apuração correta dos fatos e punições
exemplares aos eventuais culpados, e não penalizando a classe trabalhadora. Não
podemos, de forma alguma, arcar com o ônus de uma crise que não fomos nós que
provocamos, que não foram os trabalhadores que a alimentaram.
Em São Paulo, Capital,
o ato reuniu cerca de 10 mil trabalhadores na av. Paulista. Manifestações
também aconteceram nos Estados do Rio de Janeiro, Minas, Pernambuco, Rio Grande
do Sul, Bahia, Paraná, Pará, Goiás e no Distrito Federal.
Amanhã (3), as Centrais
estarão reunidas com representantes do governo para reafirmar nossa posição.
Uma nova Marcha a Brasília será realizada no final de fevereiro. Não vamos
arredar pé nem um milímetro sequer dos nossos objetivos.
Nossa unidade na luta é o que nos fortalece!
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Com informações Força Sindical
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