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30 de setembro de 2014

LC Eletrônica investe em novas fábricas no Sul de Minas Gerais

A fabricação de display de cristal líquido dá mais visibilidade à LC Eletrônica, mas vende menos, de acordo com o presidente Marcelo Soares Minhós. Já a produção de cartões de ônibus tem um volume de produção maior, mas possui menos clientes. “E os chips de cartão têm um volume absurdo, mas com pouquíssimos clientes”. Só que o somatório desses três produtos constituem o carro-chefe da empresa em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais. “Chegamos a ter crescimento de 70% a 80% durante seis a sete anos”, conta o engenheiro mecânico, que, neste ano, deve faturar R$ 60 milhões com a LC. Tamanho otimismo se baseia na demanda dos produtos da LC. Em 2004, quando a empresa foi aberta, ela fazia 3.000 cartões por mês e 300 displays de cristal líquido por dia. Hoje, são 700 mil cartões. “E estamos com demanda para dobrar o número de cartões”, conta. O encapsulamento do chip está, em média, em 4 milhões de unidades por mês.

E, para continuar crescendo, a LC Eletrônica tem mantido os investimentos. Se, neste ano, os aportes em equipamentos de produção foram baixos, foi por causa da construção de uma nova fábrica para fazer chips, que demandou R$ 2 milhões. “Sem contar a parte de painel solar, nós vamos ter que investir mais ou menos € 1 milhão para comprar mais máquinas”, calcula o empresário.

Isso porque está nos planos da LC a exportação para Chile e Estados Unidos. “Vamos precisar aumentar a capacidade”, explica.

A outra planta, para a fabricação de painel solar, requer R$ 200 milhões. São painéis solares de geração de energia para empresas do setor elétrico fazerem as chamadas “fazendas solares”. “Você vende a energia gerada para concessionárias, dentro do Brasil”, explica Minhós sobre a diversificação do negócio.

E a LC Eletrônica já tem clientes para a compra de painéis solares, um produto complexo na análise do empresário. Eles têm o tamanho de 1,20 x 70 cm e, na previsão de Minhós, começam a ser produzidos no ano que vem. “Acabamos de construir uma fábrica (de painel solar) e vamos ter que construir outra”, afirma o executivo.

A confiança de Minhós se ampara num Arranjo Produtivo Local de Eletrônica, que, de acordo com Minhós, só tem em Santa Rita do Sapucaí. “Aqui, a maioria das empresas é nacional. A diferença é que todo mundo daqui tem o mesmo problema, que é arrumar financiamento. Se todas as empresas daqui estão pagando a conta, os bancos gostam de emprestar para cá”, conclui.


Exportação

Argentina. A LC Eletrônica vai exportar um total de 400 mil peças de cartões para a Argentina. O primeiro lote já foi enviado. A meta, de acordo com Marcelo Minhós, é exportar para a Europa.

Fonte O Tempo

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