Mesmo diante do período
conturbado pelo qual passa a indústria automotiva brasileira, com queda nas
vendas e estoques elevados nos pátios, a Fiat Automóveis está dando
continuidade a seu plano de investimentos no Brasil, o maior desde a chegada da
montadora italiana ao país, há 38 anos, com a inauguração da fábrica de Betim,
na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
A empresa não informa
quanto dos R$ 6 bilhões previstos para Minas Gerais já foram aportados, mas a
nova linha de pintura deve ficar pronta em dois anos, ampliando a capacidade
para 180 carros pintados por hora, ante os 130 atuais. Além disso, a nova
cabine é oito vezes maior do que a existente. A estratégia, segundo a Fiat, é
aumentar a capacidade produtiva de 800 mil para 950 mil automóveis por ano.
Segundo informações já
divulgadas pela assessoria da montadora, os investimentos no Brasil vão criar
7,7 mil empregos diretos, além de 12 mil indiretos, "principalmente nas
empresas fornecedoras que vão expandir sua capacidade de produção para atender
à demanda do grupo". Atualmente, a Fiat emprega cerca de 50 mil
trabalhadores no país, dos quais 19,2 mil na fábrica de Betim, a maior do país
em capacidade produtiva.
Parte do dinheiro que será investido sairá do caixa local da empresa - o Brasil é o maior mercado da marca, à frente inclusive da Itália - e outra parcela será levantada junto a instituições de fomento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Parte do dinheiro que será investido sairá do caixa local da empresa - o Brasil é o maior mercado da marca, à frente inclusive da Itália - e outra parcela será levantada junto a instituições de fomento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Dos investimentos
totais de cerca de R$ 15 bilhões que serão feitos pela Fiat no Brasil entre
2013 e 2016, que contemplam a modernização da fábrica mineira, uma fatia será
destinada à construção da nova plataforma industrial em Goiana (PE) e ao
desenvolvimento de novos produtos e processos.
Além da nova cabine de
pintura, a unidade de Betim também recebeu duas linhas de prensas, com
capacidade de estampar mais de 115 mil peças por dia, ou mais de 40 milhões por
ano, dobrando a produtividade em relação às 17 linhas convencionais. A
assessoria informou que as novas prensas são totalmente automatizadas, capazes
de operar 16 golpes por minuto - contra cinco a sete golpes das antigas ainda
em funcionamento.
Estão sendo realizados investimentos, também, na automação da funilaria, com 287 robôs (70 adquiridos neste ano), além da instalação de um transportador aéreo de cinco quilômetros de extensão, que leva os motores até a linha de montagem. Estão sendo realizadas ainda reformas na área de logística e ampliação de projetos de sustentabilidade.
A "nova" fábrica mineira vai produzir seis novos modelos nos próximos três anos. Um deles é o compacto que substituirá o Mille, que saiu de linha no ano passado. Já a planta de Goiana, com inauguração prevista para o fim de 2014, terá capacidade para 250 mil veículos ao ano e vai gerar 4,5 mil empregos diretos.
Estão sendo realizados investimentos, também, na automação da funilaria, com 287 robôs (70 adquiridos neste ano), além da instalação de um transportador aéreo de cinco quilômetros de extensão, que leva os motores até a linha de montagem. Estão sendo realizadas ainda reformas na área de logística e ampliação de projetos de sustentabilidade.
A "nova" fábrica mineira vai produzir seis novos modelos nos próximos três anos. Um deles é o compacto que substituirá o Mille, que saiu de linha no ano passado. Já a planta de Goiana, com inauguração prevista para o fim de 2014, terá capacidade para 250 mil veículos ao ano e vai gerar 4,5 mil empregos diretos.
Paralisação -
Embora líder de vendas no mercado brasileiro, a Fiat concedeu férias coletivas
entre os dias 12 e 20 do mês passado para cerca de 6 mil funcionários da planta
de Betim. A medida foi uma tentativa de reduzir os estoques, que estão em
níveis elevados em função da retração das vendas neste ano.
A montadora confirmou
que a decisão teve o objetivo de "balancear o mix de produção e
reduzir os estoques". As vendas da Fiat acumulam queda de 10,3% no período
entre janeiro e julho ante igual intervalo de 2013, conforme a Federação
Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
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