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15 de agosto de 2014

Empresas de Minas miram México

O México está na mira das indústrias mineiras. Com intercâmbio comercial que hoje movimenta mais de US$ 600 milhões por ano, entre exportações e importações, empresários do Estado querem ampliar as possibilidades de negócios com o país da América Latina, principalmente no setor metalmecânico. E a expectativa da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) é de crescimento de 2% a 5% no comércio entre os dois países nos próximos dois anos.

Com esse objetivo, a entidade apresentou na quinta-feira o "Estudo de Potencialidades para os Produtos do Complexo Metalmecânico no México", que precede missão comercial que visitará, entre 27 de setembro e 3 de outubro, a Cidade do México.

"Fizemos um estudo no ano passado no qual potencializamos alguns mercados em especial na América Latina. E o México é um deles. A base é buscar negócios com produtos de alto valor agregado. Queremos valorizar setores tradicionais da indústria mineira, como o metalmecânico, máquinas e equipamentos e até o de produtos médicos", destacou o consultor de Negócios Internacionais da Fiemg, Alexandre Brito.

Conforme ele, Brasil e México têm características econômicas parecidas. "São países que estão no mesmo estágio de desenvolvimento e possuem nível de consumo semelhantes, com destaque para o setor automotivo", disse. O estudo mostra que o México é um dos dez maiores produtores de automóveis do mundo. Manufaturados - De acordo com a pesquisa, o comércio bilateral é composto, quase completamente, de bens industrializados, principalmente de manufaturados, com destaque para produtos da indústria automotiva. O Brasil faz exportações expressivas de aviões, máquinas e aparelhos mecânicos, produtos químicos, metalúrgicos e alimentícios para o México. Quanto às importações, as aquisições nacionais são compostas basicamente de produtos da indústria automotiva, químicos, eletroeletrônicos e petroquímicos.

"Já há uma estratégia traçada para ampliar as relações do Estado com vários países da América Latina. O México é um deles. Com a missão comercial, o objetivo principal é gerar conhecimento mútuo entre os negócios e estreitar contatos para que, efetivamente, os negócios comecem a ser feitos daqui a dois anos", ressaltou Brito.

Conforme dados da Fiemg, em 2013, enquanto o Brasil exportou cerca de US$ 4 bilhões de produtos para o México, Minas Gerais vendeu US$ 218,848 milhões. Os principais itens vendidos ao país foram os metalúrgicos, com receita de US$ 92,5 milhões, participação de 42,26% das exportações totais do Estado ao México), seguidos das obras de ferro/aço, US$ 89,989 milhões e fatia de 41,12%; máquinas e aparelhos mecânicos, com US$ 51,181 milhões e representatividade de 23,39%; e motores e peças mecânicas, com receita de US$ 27,104 milhões, com participação de 12,38%.

Entre as empresas com sede em Minas que exportaram ao país estão Fiat, Gerdau, Usiminas, Mahle Metal Leve, ThyssenKrupp, Cia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), Iveco e Magnesita. "No México, as decisões são tomadas com calma e após grandes estudos. A burocracia é grande, com muitos papéis e várias vias para assinatura. Os mexicanos são desconfiados e vagos no início de uma negociação e cabe ao interlocutor vencer essa barreira; vencida, eles passam a ser afáveis e cordiais", sugere a Fiemg, no estudo.


Sindvel - O presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto de Souza Pinto, que também participou do lançamento do estudo sobre o perfil socioeconômico, também aposta no crescimento.

Segundo ele, as cerca de 150 empresas do Vale da Eletrônica, situado em Santa Rita do Sapucaí (Sul de Minas), já têm estabelecido um intercâmbio comercial com o país da América Latina há dez anos. "Temos uma boa parceria. O México importa muitos produtos de automação industrial, especialmente na área de automação industrial e segurança, como alarmes e sensores elétricos", disse.

Fonte Diário do Comércio

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