A PEC, que tramita há
15 anos no Congresso estabelece a expropriação de terras, rurais ou urbanas,
onde for registrada exploração de mão de obra e condições de trabalho análogas
ao de escravo. Os terrenos serão destinados à reforma agrária e a programas de
habitação popular. Além disso, os proprietários não serão indenizados pela
desapropriação.
Uma contundente
mobilização das centrais, dos sindicatos, do Movimento Humanos Direitos e
demais entidades da sociedade civil organizada viabilizou a votação da matéria.
Após a votação da proposta, o próximo passo será lutar por uma regulamentação
consentânea com a realidade enfrentada pelos assalariados no campo e nas
cidades.
Regulamentação
O trabalho consistente em favor da almejada e definitiva abolição da escravatura no País deve continuar após a promulgação da proposta, prevista para o dia 5 de junho em uma grande e histórica sessão do Congresso Nacional.
O trabalho consistente em favor da almejada e definitiva abolição da escravatura no País deve continuar após a promulgação da proposta, prevista para o dia 5 de junho em uma grande e histórica sessão do Congresso Nacional.
O relator da proposta
de regulamentação da PEC do Trabalho Escravo, senador Romero Jucá (PMDB-RR),
convocou reunião da Comissão Mista de Regulamentação da Constituição para o dia
3 de junho quando pretende discutir o PLS 432/13, que regulamenta o conceito de
trabalho escravo e estabelece procedimentos para a desapropriação de
propriedades rurais e urbanas.
A pretensão de Jucá é
apresentar parecer sobre as emendas oferecidas no plenário do Senado Federal ao
projeto regulamentador e aprovar a proposta de regulamentação o quanto antes
possível.
Mobilização
A assessoria do DIAP juntamente com a ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, representantes do Movimento Humanos Direitos, entre eles, as atrizes Camila Pitanga e Maria Zilda, servidores da Pasta e demais entidades da sociedade civil organizada que apoiam a aprovação da PEC, estiveram ao longo do dia 27 de maio em contato pessoal com os senadores para sensibilizá-los quanto à importância e necessidade de aprovação da matéria.
A assessoria do DIAP juntamente com a ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, representantes do Movimento Humanos Direitos, entre eles, as atrizes Camila Pitanga e Maria Zilda, servidores da Pasta e demais entidades da sociedade civil organizada que apoiam a aprovação da PEC, estiveram ao longo do dia 27 de maio em contato pessoal com os senadores para sensibilizá-los quanto à importância e necessidade de aprovação da matéria.
Além de fazer a leitura
do manifesto do Movimento Direitos Humanos, a atriz Camila Pitanga enfatizava
para os parlamentares o protagonismo do País na erradicação definitiva do
trabalho escravo a ser evidenciada e concretizada com a aprovação e posterior
promulgação da emenda constitucional.
Na próxima reunião da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), que ocorrerá ainda no mês de
junho, o Brasil irá apresentar o marco histórico de ser o primeiro País da
América Latina a ter no seu ordenamento jurídico a inscrição de maneira
indelével da abolição da escravatura.
A intensa mobilização
produziu o resultado esperado. A PEC do Trabalho Escravo contou com apoio
incondicional dos senadores nos dois turnos de votação, obtendo 59 votos
favoráveis no 1º turno e 60 votos no 2º turno.
Alysson
Alves
Jornalista
e assessor parlamentar do Diap
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