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6 de maio de 2014

Editorial do Jornal O Vale da Eletrônica propõe reflexão sobre as relações capital x trabalho em ambientes de inovação tecnológica.

Leia na íntegra.


Publicado em 03 de maio de 2014.

Comemorou-se na última quinta-feira o Dia Internacional do Trabalho. 

Mantidas as proporções que se fazem necessárias, essas comemorações se transcorreram, aqui, da mesma forma que na maioria das cidades brasileiras, combinando eventos de comunicação institucional com manifestações de natureza cultural.

Trata-se de uma tradição que deve ser preservada e estimulada, claro, mas que não esgota, por si mesma, todas as possibilidades de uma comemoração do dia do trabalho, especialmente, para o ambiente de um polo de tecnologia, ou de um habitat de inovação, como se costuma dizer.

Dispensando-se o ufanismo auto-referido, esta cidade é reconhecida como tal, no país e no exterior, e isto impõe aos seus líderes, sejam eles diretores de instituições de ensino e pesquisa, empresários, colaboradores ou administradores públicos, a responsabilidade de pensar, também, de uma forma inovadora, as relações entre o capital e o trabalho. 

Afinal, o principal insumo de produção das empresas locais, admitindo-se que todas sejam, de fato, inovadoras ou que tenham, no mínimo, forte vocação para a inovação, é o conhecimento científico e tecnológico de seus proprietários e colaboradores. 

Isto é o que faz a diferença entre a economia local e aquelas que se estruturaram na maioria esmagadora das pequenas e médias cidades do interior do país. Portanto, uma realidade que, cedo ou tarde, vai impor o debate sobre como transformar a natureza dessas relações. 

Talvez fosse até melhor pensarmos em relações de capital e capital, se assumíssemos a premissa das grandes empresas de base tecnológica, no mundo todo, de que o conhecimento de seus profissionais é, destacadamente, a parcela majoritária do seu capital. 

O debate de questões tão relevantes quanto essa deveria estar, também, na pauta das comemorações do dia do trabalho, porque delas depende a sustentabilidade dos modelos de produção econômica que se desenvolvem sob a égide do conhecimento científico e tecnológico. 

Um debate que se impõe pela seriedade de seus pressupostos e pelas oportunidades criadas por uma economia em transformação, que se vale tanto do conhecimento, quanto de recursos financeiros; elementos que não se excluem mutuamente, pelo contrário, se complementam e ampliam os espaços de colaboração no ambiente empresarial.
Por Jornal O Vale da Eletrônica, Editorial, 03/05/2014

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