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12 de abril de 2012

Produção em Minas avançou 3% em fevereiro

Em fevereiro deste ano o IBGE detectou mau desempenho dos veículos automotores, têxtil e bebidas. A produção industrial avançou 3% em Minas Gerais em fevereiro na comparação com janeiro, resultado que supera a expansão de 1,3% verificada no país. O crescimento acima da média, entretanto, não foi suficiente para que o Estado recuperasse a perda de 3,7% acumulada pela atividade nos dois meses anteriores. Em relação a idêntico período do ano passado, o saldo do setor no Estado também é de queda (1,1%). Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A tendência de recuo da indústria mineira é observada ainda no acumulado de 2012 (-1,8%) e no acumulado em 12 meses (-0,9%). E, segundo o analista do IBGE-MG, Antônio Braz, o número de fevereiro não merece ser comemorado. Para se ter uma ideia, ele lembra que a indústria encontrava-se no segundo mês do ano, no mesmo nível de dezembro de 2010.

Porém, se analisado isoladamente, o resultado de fevereiro coloca Minas em um patamar satisfatório na comparação com o restante do Brasil. No período, o salto da produção da indústria no Estado foi superado apenas por Pará (6,2%) e Rio de Janeiro (3,7%). As outras federações que apresentaram expansão acima da média nacional foram Ceará (2,5%) e São Paulo (1,5%). O pior resultado no intervalo foi apurado no Paraná, onde a produção entre janeiro e fevereiro recuou 7,7%. O IBGE não divulga dados segmentados neste tipo de base comparativa.

Já levando em conta fevereiro em relação a igual período do exercício anterior, o arrefecimento de 1,1% do ramo foi puxado, sobretudo, pelo mau desempenho dos veículos automotores (-16,8%), têxtil (-11%) e bebidas (-7,6%). Na contramão, aparecem produtos de metal (19,8%), outros produtos químicos (18,1%) e celulose, papel e produtos de papel (16%).

Movimento semelhante foi apurado no acumulado de 2012. Em janeiro e fevereiro deste ano, a redução de 1,8% da produção industrial mineira foi influenciada, principalmente, pelos ramos têxtil (-13,9%), bebidas (-11,5%) e metalurgia básica (-8,4%). Os melhores balanços, por outro lado, foram dos produtos de metal (17,6%), fumo (9,4%) e máquinas e equipamentos (7,4%).

Desempenho 

No acumulado dos 12 meses, a queda de 0,9% contabilizada na indústria estadual é justificada pelo desempenho dos setores têxtil (-15,4%), refino de petróleo e álcool (-10,9%) e máquinas e equipamentos (-7,8%). No período, os produtos de metal, outros produtos químicos e fumo obtiveram os melhores desempenhos com avanço de, respectivamente, 19,1%, 8,8% e 6,7%.
E, embora alguns setores que vêm apresentando baixas consecutivas em sua produção tenham sido contemplados com o pacote do Planalto de ações de estímulo à indústria, Braz diz que ainda é cedo para previsões otimistas. "O governo está apenas aprofundando o que já tinha sido feito. E, apesar de anteriormente alguns segmentos terem respondido positivamente às medidas, o efeito global não foi tão grande quanto o esperado. Temos que aguardar, mas não acredito em resultados generalizados", avalia.


Fonte Diário do Comércio

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