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14 de fevereiro de 2011

Governo admite R$ 560 caso fique sem apoio

O governo vai cobrar fidelidade da base aliada e exigir que os parlamentares votem a favor de R$ 545 como valor de reajuste do salário mínimo na próxima quarta-feira. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que vai considerar "dissidentes da base" todos aqueles que votarem diferente da proposta de R$ 545.

"A orientação do governo é uma só: todos devem votar a favor da proposta de reajuste do salário mínimo no valor de R$ 545. A oposição pode até apresentar outras emendas, mas a proposta que governo apoia é apenas essa: R$ 545", disse Vaccarezza, ao afirmar que o deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), será o relator da proposta.

Dentro da base governista, existem setores que defendem reajuste maior do que o valor apresentado pelo governo. Representantes do PMDB, do PCdoB, do PDT e até do PT avaliam que o salário defendido pelo governo poderia ser maior. Além disso, há outros grupos da base que podem aproveitar a votação para mostrar sua insatisfação por não terem sido contemplados com nomeações para o segundo escalão do governo.

Na última sexta-feira, o senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu abertamente a elevação do salário mínimo para R$ 560. Ele é o primeiro parlamentar petista a defender valor acima dos R$ 545.

Pelo menos uma emenda mais elevada será apresentada por um integrante da base governista. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, defende que o mínimo suba para R$ 560. Já os partidos de oposição defendem reajustes maiores. O DEM quer R$ 565 e o PSDB, R$ 600. Mas ambos aceitam apoiar a emenda dos R$ 560.


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