A jornada de trabalho não
será alterada em uma eventual reforma trabalhista, disse o ministro do
Trabalho, Ronaldo Nogueira, diante de uma plateia de sindicalistas nessa
segunda-feira (19). A afirmação, que vem sendo reiterada pelo ministro nos
últimos dias, é uma tentativa de conter a repercussão negativa após uma fala de
Nogueira ter sido interpretada como uma defesa da ampliação da jornada diária
para 12 horas.
Foi pelo menos a segunda vez
no mesmo dia em que o ministro disse que a jornada não será ampliada, que os
direitos trabalhistas não serão retirados, mas consolidados, e que os
trabalhadores não serão surpreendidos por uma reforma, mas participarão o tempo
todo da discussão. No início da tarde, Nogueira já havia feito o mesmo discurso
na sede do Fequimfar (sindicato dos trabalhadores da indústria química e
farmacêutica de São Paulo).
O discurso foi repetido
durante lançamento de edição comemorativa do livro 1º de Maio, de autoria do
ex-senador italiano José Luiz Del Roio, publicado originalmente há 30 anos.
“Além de ser da minha natureza conviver entre trabalhadores, eu sigo orientação
do presidente Michel Temer para que o ministério exerça um amplo diálogo com
todos aqueles que fazem parte do mundo do trabalho”, disse o ministro no evento
de lançamento do livro. Nogueira também afirmou que nenhum direito assegurado
pela CLT será retirado, como o 13º salário e as férias.
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