SINDVAS ganha na
justiça ação contra a empresa Sense
Sindicato
propôs ação em favor dos trabalhadores que há anos não recebiam PLR
O SINDVAS conseguiu na
justiça que o direito dos trabalhadores da Sense Eletrônica, de Santa Rita do
Sapucaí, seja respeitado pelo patrão. A Justiça Federal do Trabalho da 3ª
Região reconheceu o pedido feito pelo Sindicato e deu ganho de causa aos
trabalhadores que há anos estavam sem receber a Participação nos Lucros e
Resultados (PLR).
A ação proposta pelo
Sindicato questionou a prática da empresa de não pagar a PLR e duas audiências
foram realizadas até a decisão do juiz da Justiça Federal do Trabalho de Santa
Rita do Sapucaí, Dr. Edmar Souza Salgado.
Segundo a decisão não houve
assembleia com os trabalhadores e “uma comissão formada sem o representante
sindical firmou acordo” que tornou “a apuração da PLR prejudicial” aos
trabalhadores.
A lei que regulamenta a PLR é
clara ao dizer que a Participação nos lucros e Resultados deve ser negociada
entre a empresa e os trabalhadores mediante comissão escolhida pelas partes e com
a presença de um representante do Sindicato por meio de convenção ao acordo
coletivo.
A Sense tentou ainda alegar que o SINDVAS não
tinha legitimidade para representar os trabalhadores, o que não foi aceito pelo
juiz. Na decisão, ele se manifestou que “ao Sindicato cabe à defesa dos
direitos dos trabalhadores e os interesses coletivos ou individuais da
categoria, inclusive em questões judiciais ou de ordem”. A legalidade na
representação está expressa no artigo 8, inciso III da Constituição.
A decisão do juiz foi a de
condenar “procedente o pedido de PLR a todos os empregados abrangidos pela CLT”.
Ainda cabe recurso.
A presidente do Sindicato,
Maria Rosângela Lopes, comentou a decisão da justiça e disse que “não deveria
ser necessário ir até a justiça para uma empresa reconhecer o valor dos seus
trabalhadores, neste caso dividindo parte do seu sucesso por meio da PLR”.
A presidente acrescentou
ainda que “isso demonstra que a empresa não valoriza seus ditos colaboradores”
e enfatizou que “essa vitória ainda é meia vitória porque cabe recurso o que
pode agravar ainda mais o trabalho penoso para os trabalhadores”.
Outra situação apontada como
grave é a tentativa da Sense “de ofuscar a representatividade do Sindicato”
quando alegou que o SINDVAS era ilegítimo para propor a ação como representante
dos trabalhadores.
A presidente finalizou dizendo que “várias
empresas” de Santa Rita agem da mesma forma quando o assunto é PLR.
PLR é para o trabalhador e não só para participar de licitação |
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