As mulheres brasileiras
encabeçam uma série de violações de direitos humanos relatados ao longo de
2015, graças a uma “democracia que está sendo manipulada contra a democracia”.
É o que aponta o capítulo do Brasil no relatório anual da ONG Anistia
Internacional, divulgado na noite do dia 23 de fevereiro.
De acordo com a
Anistia, os debates de novas leis no Congresso Nacional “representaram uma
séria ameaça aos direitos sexuais e reprodutivos, assim como aos direitos das
mulheres”. São mencionados o Estatuto do Nascituro, que propõe criminalizar o
aborto em todas as circunstâncias, e o projeto de lei 5.069/13, do presidente
da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que impõe restrições ao aborto às vítimas de
estupro.
Intitulado O Estado de
Direitos Humanos no mundo 2015/2016, o relatório da ONG vê deputados federais e
senadores como principais vilões nestas e outras pautas polêmicas que
representam, segundo a Anistia, um retrocesso na pauta dos direitos humanos no
País. “A democracia está sendo manipulada contra a democracia”, criticou o
diretor executivo da Anistia, Átila Roque.
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