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27 de outubro de 2015

VW e Mercedes respondem por 83% do programa do governo que corta salários

As montadoras Volkswagen e Mercedes-Benz representam 83% do total de trabalhadores que tiveram suas jornadas e salários reduzidos temporariamente pelo PPE (Programa de Proteção ao Emprego), segundo o Ministério do Trabalho.

Até agora, 23.916 trabalhadores de 14 empresas aderiram ao programa. Desse total, 19.951 são só da VW (10.987) e da Mercedes (8.964), segundo o balanço do Ministério. O setor de carros é um dos que mais sofrem com a crise econômica.

O programa foi criado pelo governo federal para tentar conter demissões. Permite que as empresas diminuam temporariamente em até 30% a jornada de trabalho e também em 30% o salário. O governo banca metade desse valor reduzido.

O total de 23.916 trabalhadores representa quase metade dos 50 mil previstos pelo governo quando o programa foi lançado, em julho deste ano. O número de 50 mil era só uma estimativa e pode ser superado.

Setor automobilístico lidera adesões
O setor automobilístico é o que mais tem empresas no programa, seis, e 21.528 trabalhadores no total. A indústria é uma das mais afetadas pela crise. Segundo a Anfavea, associação que representa o setor, a produção deste ano deve cair 23,2% e ficar próxima ao mesmo nível de 2006.


Também afetado pela crise, o setor de metalurgia vem na segunda posição em adesões ao PPE, com cinco empresas e 1.993 trabalhadores. Há ainda empresas de equipamentos para cerâmica, de telecomunicação e têxtil. Completando os setores afetados pelo PPE até agora, a empresa Fernandez Mera pediu inclusão de suas divisões imobiliária e financeira.

O número de empresas e trabalhadores no programa ainda deve aumentar. No total, 37 empresas já fizeram pedidos, incluindo as que já conseguiram a adesão.

UOL

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