As montadoras
Volkswagen e Mercedes-Benz representam 83% do total de trabalhadores que
tiveram suas jornadas e salários reduzidos temporariamente pelo PPE (Programa
de Proteção ao Emprego), segundo o Ministério do Trabalho.
Até agora, 23.916
trabalhadores de 14 empresas aderiram ao programa. Desse total, 19.951 são só
da VW (10.987) e da Mercedes (8.964), segundo o balanço do Ministério. O setor
de carros é um dos que mais sofrem com a crise econômica.
O programa foi criado
pelo governo federal para tentar conter demissões. Permite que as empresas
diminuam temporariamente em até 30% a jornada de trabalho e também em 30% o
salário. O governo banca metade desse valor reduzido.
O total de 23.916
trabalhadores representa quase metade dos 50 mil previstos pelo governo quando
o programa foi lançado, em julho deste ano. O número de 50 mil era só uma
estimativa e pode ser superado.
Setor automobilístico
lidera adesões
O setor automobilístico
é o que mais tem empresas no programa, seis, e 21.528 trabalhadores no total. A
indústria é uma das mais afetadas pela crise. Segundo a Anfavea, associação que
representa o setor, a produção deste ano deve cair 23,2% e ficar próxima ao
mesmo nível de 2006.
Também afetado pela
crise, o setor de metalurgia vem na segunda posição em adesões ao PPE, com
cinco empresas e 1.993 trabalhadores. Há ainda empresas de equipamentos para
cerâmica, de telecomunicação e têxtil. Completando os setores afetados pelo PPE
até agora, a empresa Fernandez Mera pediu inclusão de suas divisões imobiliária
e financeira.
O número de empresas e trabalhadores no programa ainda deve aumentar. No total, 37 empresas já fizeram pedidos, incluindo as que já conseguiram a adesão.
O número de empresas e trabalhadores no programa ainda deve aumentar. No total, 37 empresas já fizeram pedidos, incluindo as que já conseguiram a adesão.
UOL
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