O ministro do Trabalho
e Emprego, Manoel Dias, divulgou no dia 9 os dados da Relação Anual de
Informações Sociais (RAIS) relativos ao ano de 2014. Os dados mostram um
crescimento de 1,27% no estoque de trabalhadores formais com relação a 2013,
indicando a geração de 623,1 mil postos de trabalho. O crescimento na elevação
do emprego formal foi de 1,45%, com 580,6 mil contratações celetistas, além do
aumento de 0,47% no contingente de estatutários, com uma expansão de 42,5 mil
vagas.
Seguindo a mesma tendência do CAGED, a RAIS, que no ano passado registrou geração de 416,5 mil postos formais de trabalho, revela também que, no período de janeiro de 2011 a julho 2015, foram gerados, no país, 5,009 milhões de empregos com carteira assinada e estatuários, acrescidos do saldo do CAGED de janeiro a julho de 2015. Com esse crescimento, o montante de vínculos empregatícios, ativos em 31 de dezembro de 2014, atingiu 49.571 milhões, ante 48.948 milhões do ano anterior.
O aumento nos
rendimentos médios dos trabalhadores formais, que obteve, em 2014, um ganho
real de 1,76% em relação ao mês de dezembro de 2013, foi outro dado positivo.
No ano, houve uma elevação no rendimento para R$ 2.449,11, contra R$ 2.406,83
de 2013. Esse cenário dá sequência à trajetória de crescimento da remuneração
observada nos últimos anos.
Segundo Manoel Dias, a
RAIS 2014, mesmo demonstrando uma desaceleração no incremento de postos de
trabalho, aponta que o país manteve saldo positivo na oferta de vagas formais.
“O país, mesmo com todos os problemas que vem enfrentando, manteve a geração de
empregos. Apesar da desaceleração, mantivemos a criação de vínculos com ganhos
reais de salários”, afirmou o ministro, destacando que, hoje, o Brasil é a 7ª
potência econômica mundial e referência para muitos países. “Estive,
recentemente, na reunião do G20 e o Brasil foi citado por muitos deles,
principalmente pelas políticas que criou para combater a crise”, ressaltou.
Dias destacou ainda o
Programa de Proteção do Emprego (PPE), que foi lançado recentemente pelo
governo. “Já temos a adesão de três empresas e outras 23 estão em processo de
análise”, frisou.
O ministro também
lembrou que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tem em seu orçamento
R$ 83 bilhões para investimento esse ano, sendo R$ 55 bilhões somente para o
setor de habitação. “Isso vai impulsionar o emprego na construção civil, com a
possibilidade de gerarmos, nesse ano, mais de 3,7 milhões de postos de trabalho
no setor”, avaliou.
Saldo positivo - No
total, 8.2 milhões de estabelecimentos declararam a RAIS em 2014, demonstrando
um aumento de 0,92% em relação ao número de estabelecimentos declarantes de
2013, que alcançou 8,1 milhões. O aumento do emprego formal foi verificado em
todas as áreas da economia, com destaque para Serviços, que criou 587.482
empregos, e o Comércio, com inclusão de 217.013 trabalhadores. No recorte
geográfico, todas as Grandes Regiões mostraram expansão, com destaque para o
Nordeste, que gerou 206,2 mil postos de trabalho. Entre os estados, a ampliação
foi quase generalizada, tendo resultado negativo apenas no Amazonas, com perda
de 1.5 mil postos no ano.
Os dados da RAIS por
Sexo mostram que o crescimento do emprego celetista das mulheres
foi da ordem de 3,06%, percentual bem superior ao identificado para os homens
(+0,41%). Além disso, os rendimentos médios para o sexo masculino tiveram
aumento real de 1,83%, percentual inferior ao do feminino, que foi de 1,89%. No
caso dos homens, o salário passou de R$ 2.603,87, em 2013, para R$ 2.651,52, em
2014. Já para as mulheres foi de R$ 2,144,20 para R$ 2.184,65.
RAIS - A Relação Anual
de Informações Sociais (RAIS) foi instituída pelo Decreto nº 76.900/75, que
obriga as empresas a prestar declaração anual ao Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE). Suas informações referem-se aos empregados celetistas,
estatutários, avulsos, temporários, dentre outros, colhendo dados da
remuneração, grau de instrução, ocupação e nacionalidade, além de dados dos
estabelecimentos relativos à atividade econômica e área geográfica.
A RAIS, além de traçar
um perfil do mercado de trabalho formal no país, é também o instrumento
utilizado pelo governo para identificar os trabalhadores com
direito ao recebimento do benefício do Abono Salarial.
Os dados da RAIS
prestam subsídios ao FGTS e à Previdência Social; permite o controle da
nacionalização da mão-de-obra; auxilia na definição das políticas de formação
de mão-de-obra; gerando estatísticas sobre o mercado de trabalho formal.
Ministério
do Trabalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá, participe, comente, deixe sua observação.