O presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), acatou o pedido de um grupo de representantes das
centrais sindicais para adiar a votação do veto no cálculo do Fator
Previdenciário inseridas pelo Congresso Nacional na Medida Provisória (MP) 664
de 2015, aprovada em Plenário no final do mês de maio.
De acordo com os
trabalhadores, o veto ainda é um instrumento de negociação caso a Medida
Provisória (MP) 676 de 2015, publicada em 18 de junho não avance com as
mudanças sugeridas na Câmara dos Deputados. A presidente da República, Dilma
Rousseff vetou, na MP 664/15, a regra 85/95, que considerava a soma da idade e
do tempo de contribuição, 85 para mulheres, e 95 para homens. Em contrapartida,
manteve a fórmula na MP 676/15 aumentando em um ponto a partir de 2017. Em
2022, a fórmula chegaria a 90/100.
O deputado federal
Paulo Pereira, o Paulinho da Força (SDD-SP), entregou ao presidente Renan um
documento mostrando o impacto de uma mudança feita por ele na MP 676/15. O
deputado inseriu no texto da MP um reajuste para as aposentadorias no mesmo
valor que o do salário mínimo. “Precisamos do seu apoio aqui no Senado”, pediu
o deputado ao presidente Renan.
De acordo com Warley
Martins, presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas,
ao contrário do impacto negativo de R$ 9 bilhões anunciado pelo Governo, a
medida provocaria um gasto pouco acima de R$ 3 bilhões até 2019. O veto deveria
entrar na pauta de votações do Congresso Nacional em 14 de julho, mas Renan
garantiu que irá aguardar mais um pouco.
“Estamos com muitas
frentes de trabalho. E a dos aposentados é muito importante para nós. Vou
conversar com o presidente Eduardo [da Câmara dos Deputados]. Vamos fazer uma
sessão do Congresso nesta quarta-feira, às 10h e ainda mais uma antes do recesso”,
contou Renan aos sindicalistas. Os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Eduardo
Amorim (PSC-SE) também participaram do encontro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá, participe, comente, deixe sua observação.