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12 de junho de 2015

Diga não ao trabalho infantil


O Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil foi instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2002 quando foi apresentado o primeiro relatório global sobre o tema. A sociedade é chamada a se mobilizar contra o trabalho infantil a cada dia 12 de junho desde então. Em 2015, os trabalhadores, empregadores e governo são levados a discutir sobre o tema “não ao trabalho infantil e sim à educação de qualidade”.

De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho, mais de 3 milhões de crianças e adolescentes no Brasil estão trabalhando e 258 mil estão no trabalho doméstico que é considerado uma das piores formas de trabalho infantil. Somente no estado de Minas Gerais são instaurados pelo Ministério Público do Trabalho, em média, 200 inquéritos por ano, para investigar denúncias de exploração de trabalho infantil.

A lista TIP (das piores formas de trabalho infantil) diz que o trabalho doméstico submete o trabalhador a riscos ocupacionais como esforços físicos, isolamento, abuso físicos intensos, trabalho noturno, calor, exposição ao fogo, movimentos repetitivos e vários outros perigos à saúde que se são combatidos em relação ao trabalhador adulto muito mais quando se trata de uma criança.

Quando se fala em trabalho infantil é preciso desmistificar argumentos que estão enraizados na sociedade como senso comum. Um deles diz que ‘é preferível que a criança trabalhe ao invés de roubar’. O roubo e qualquer ato infracional ou criminoso não deve ser encarado pela comunidade como uma opção. A criança tem o direito a ser protegida, portando não é dela á função de proteger e assegurar o sustento de uma família e sim ao contrário, é da família esse dever.

A mudança desse senso comum na sociedade pode ser lenta, mas não deve ser motivo para que nos conformemos com a situação e fechemos os olhos para 3 milhões de crianças e adolescentes no Brasil.

Há um tempo para cada etapa da vida. Existe o tempo de ser criança e o tempo de ser adulto. A elas é o tempo do lúdico, das brincadeiras, do aprendizado, da proteção e das descobertas. Se quisermos ter um país melhor com certeza temos cuidar melhor das crianças e da qualidade de ensino que é ofertada a elas.


Maria Rosângela Lopes
Presidente do SINDVAS


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