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2 de março de 2015

Centrais realizam atos contra restrições no seguro-desemprego


As centrais sindicais realizaram nesta segunda-feira uma série de manifestações pela revogação das MPs 664 e 665, que alteram e dificultam o acesso ao seguro-desemprego e a outros direitos (abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão).

Em São Paulo, o ato começou às 10 horas, em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (rua Martins Fontes, nº 109 – Centro), com presença de 2 mil manifestantes, de todas as centrais sindicais e de diversas categorias profissionais, incluindo os metalúrgicos.

“É fundamental esclarecer a sociedade sobre a decisão do governo, que tenta fazer com que os trabalhadores paguem a conta de uma crise econômica que ele não provocaram. As medidas provisórias precisam ser revogadas”, afirma Miguel Torres, presidente da CNTM e Força Sindical.

Na reunião de negociação com o governo, os sindicalistas apresentaram alternativas para evitar as limitações ao pagamento dos benefícios. A Força Sindical defende a taxação sobre grandes fortunas, imposto sobre lucros e dividendos distribuídos, tributação sobre remessas de lucro, taxação de aeronaves e embarcações de luxo.

Val Gomes - CNTM


Ato em Belo Horizonte
A Força Sindical, liderada pelo presidente Vandeir Messias, integrou o protesto das Centrais, na manifestação promovida na manhã de 02/03, em frente ao prédio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), no Centro da Capital mineira.

No dia em que as medidas provisórias 664 e 665 entram em vigor, os sindicalistas defenderam a revogação das MPs que alteram as regras do seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão.

Messias lembrou que os trabalhadores que chegaram ao MTE para fazer rescisões contratuais ou para dar entrada no pedido do seguro-desemprego serão informados de que não estão mais aptos a receber o benefício. No caso, aqueles trabalhadores com mais de seis ou menos de dezoito meses de carteira assinada serão dispensados já na fila.


Ato em Sergipe
A Força Sindical Sergipe realizou na manhã de hoje em frente a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego/SE, ato contra as Medidas Provisórias 664 e 665. Vários sindicatos filiados a Central participaram do ato, que contou com a presença de mais de 500 pessoas.

No estado a única central que realizou o ato, foi a Força sendo a pioneira na luta contra as medidas perversas que a presidente, Dilma e seu governo querem tornar lei.

"Não permitiremos que o governo tire proveito do trabalhador brasileiro. Não descansaremos até que as medidas provisórias 664 e 665 sejam derrubadas, e pedimos apoio do parlamentares do congresso nacional para que votem contra essas medidas inconstitucionais", disse André Santana, vice-presidente da Força Sindical Sergipe.


Ato em Sorocaba
Na manhã desta segunda-feira (2), dez sindicatos ligados à Força Sindical e à União Geral dos Trabalhadores ocuparam durante duas horas o prédio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, em Sorocaba, em razão de terem entrado em vigor as medidas provisórias 664 e 665, publicadas no final de dezembro pelo governo federal e que começaram a vale em março.

Entre as principais mudanças geradas por essas duas MPs estão alterações no seguro-desemprego, sendo que, anteriormente, tinham direito ao seguro os trabalhadores com seis meses de carteira assinada. Agora passam a receber o benefício somente depois de 18 meses de trabalho registrado. No caso da pensão por morte, o cônjuge passa a receber 50% do benefício, valor que antes era de 100%.

O coordenador da Regional da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Químicos de Sorocaba e Região, Carlos Alberto dos Santos, o Carlão, destaca que a intenção da manifestação é pressionar o governo para que as MPs sejam revogadas ou que o Congresso Nacional as rejeitem quando forem votadas.

 “Essas medidas tiram direitos históricos dos trabalhadores e não podemos deixar que isso aconteça. O trabalhador agora vai ter que trabalhar 18 meses para voltar a ter direito ao seguro-desemprego. Em uma cidade industrial como Sorocaba, em que há uma grande rotatividade de funcionários, os trabalhadores acabam perdendo direitos com as alterações promovidas pelas MPs. Nós também estamos reivindicando que o Governo Federal volte a discutir a redução da jornada de trabalho das atuais 44 horas para 40 horas semanais e o fim do fator previdenciário” afirmou Carlão.


Ato em Ribeirão Preto

A Força Sindical Ribeirão Preto junto a UGT e sindicatos filiados realizaram na manhã desta segunda feira, manifestação e panfletagem em frente à Gerência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Ribeirão Preto pela revogação das alterações nos benefícios como seguro desemprego, auxílio doença, pensão por morte e seguro defeso.

Edmilson Domingues, Coordenador Regional da Força Sindical Ribeirão Preto e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ribeirão Preto e Região, explica que o protesto traduz a “indignação dos trabalhadores de todo o país em face das alterações que tiram seus direitos conquistados através de muita luta”, conta.

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