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19 de março de 2015

Centrais organizam nova mobilização nacional contra MPs

Ao mesmo tempo em que negocia com o governo federal a manutenção dos direitos trabalhistas e previdenciários, entre outros temas, a Força Sindical e as demais centrais deram início à organização de uma grande mobilização nacional para o dia 30 de março.

Serão realizadas manifestações para pressionar a Câmara a derrubar as medidas provisórias (MPs) 664 e 665, que dificultam o acesso dos trabalhadores a uma série de benefícios sociais, como o seguro-desemprego, abono salarial e pensão por morte.

Para os representantes das Centrais, os sindicatos filiados devem organizar e promover ações de massa nos locais de trabalho. Logo após à grande mobilização, delegações sindicais estarão em Brasília para influir nos debates e na votação das MPs.

Não podemos e não vamos abrir mão de direitos e a ideia é radicalizar a luta no caso de o governo e o Congresso não atenderem às nossas reivindicações.  O País passa por enormes dificuldades políticas e econômicas criadas por um governo incompetente e sem credibilidade que quer usar os nossos ganhos para aumentar a arrecadação.

A crise não foi criada por nós, trabalhadores; não vamos arcar com o custo da estabilização pretendida pela presidenta Dilma Rousseff. Para isso, propomos uma reforma tributária que tenha como princípio a progressividade e que inclua a taxação das grandes fortunas.

Além da deflagração de manifestações, atos públicos, paralisações, panfletagens e passeatas, a Força Sindical e as outras Centrais têm intensificado às negociações com o governo e o Parlamento. Na Mesa Nacional de Negociação, temos debatido temas como a manutenção dos direitos, propostas para a redução da rotatividade da mão de obra, para melhorar as aposentadorias e acabar com o Fator Previdenciário.


Miguel Torres, presidente da Força Sindical

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