Com o aumento da renda
e maior acesso à saúde, a expectativa de vida do brasileiro cresceu. A boa
notícia, no entanto, traz impactos ao bolso dos novos aposentados, que terão
seus benefícios reduzidos, em média, em 0,65%.
O percentual vale para
todos os que se aposentarem a partir desta segunda-feira (1º) por tempo de
contribuição.
É que a Tábua de
Mortalidade, calculada pelo IBGE e divulgada nesta segunda, serve de parâmetro
para o INSS estimar o fator previdenciário, cujo objetivo é evitar
aposentadorias precoces.
O cálculo considera a
idade ao se aposentar, o tempo de contribuição e a expectativa de sobrevida, ou
seja, quanto tempo o trabalhador deve viver a mais considerando a idade que tem
ao pedir o benefício.
Segundo o IBGE, a
expectativa de vida ao nascer passou de 74,6 anos, em 2012, para 74,9 anos em
2013 --um aumento de 3 meses e 25 dias.
Os homens têm uma
expectativa menor: ela passou de 71 anos em 2012 para 71,3 anos em 2013. Para
as mulheres, o indicador subiu de 78,3 anos para 78,6 anos.
O atuário Newton Conde, diretor da Conde Consultoria e professor da Fipecafi-FEA USP, estima que, no período de idade em que se concedem aposentadorias, dos 40 aos 80 anos, a expectativa de vida aumentou, em média, 58 dias entre 2012 e 2013.
Esse avanço corresponde
à perda média de 0,65%, comparando o benefício concedido até sexta (28) e o que
passa a valer nesta segunda.
Para se aposentar por
tempo de contribuição, o homem deve comprovar pelo menos 35 anos. Já a mulher
tem 30 anos como período mínimo.
Para as aposentadorias
por idade, é necessário ter, ao menos, 65 anos (homens) e 60 anos (mulher).
Nesse caso, o fator previdenciário é opcional: só é aplicado se beneficiar o
trabalhador.
Pela tábua de 2012, a expectativa de sobrevida de um homem de 55 anos, por exemplo, era de 25,5 anos. Nos dados de 2013, subiu para 25,7.
Pela tábua de 2012, a expectativa de sobrevida de um homem de 55 anos, por exemplo, era de 25,5 anos. Nos dados de 2013, subiu para 25,7.
A nova tabela do fator
previdenciário vale até 30 de novembro de 2015.
MELHORA CONTÍNUA
Em 1980, a expectativa
de vida da população era de 62,5 anos. Ou seja, subiu 12,4 anos quando
comparada com 2013.
Para Fernando
Albuquerque, gerente do IBGE, a expectativa de vida do brasileiro cresce de
modo contínuo especialmente em razão da menor mortalidade de crianças e de
idosos, na esteira dos avanços na área de saúde.
A alta da renda, diz,
também explica, em parte, a redução da mortalidade infantil, ao lado de
programas com esse objetivo. No caso dos idosos, o reajuste maior das
aposentadorias vinculadas ao salário mínimo foi determinante para a menor mortalidade.
Segundo Albuquerque, a
expectativa de vida do brasileiro só não avança mais porque há uma grande
mortalidade de jovens do sexo masculino por causas violentas.
Folha de S.Paulo
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