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4 de setembro de 2014

Atuação conjunta fortalece polo do Vale da Eletrônica

Arranjo Produtivo Local expande atividades e investirá R$ 100 milhões neste ano

Enquanto a maioria dos setores industriais brasileiros tem sofrido as conseqüências da crise econômica, as empresas instaladas no Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, seguem na contramão do desaquecimento, registrando expansão das atividades e realizando aportes que deverão chegar a R$ 100 milhões.

A receita do sucesso, conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Eletrônicos, Elétricos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto de Souza Pinto, está na atuação conjunta das empresas, que permite o fortalecimento dos negócios e o aumento da competitividade.

"A crise existe e não somos imunes a ela. Nosso faturamento vai crescer menos no decorrer deste exercício em função do menor ritmo da economia, mas o fato de estarmos organizados em um APL (Arranjo Produtivo Local), atuando de forma conjunta, acaba nos beneficiando diante de situações adversas. Os demais setores são mais prejudicados porque cada empresa tem que lutar sozinha", explica.

Assim, a expectativa é que o faturamento das empresas do Vale da Eletrônica cresça entre 7% e 10% em 2014 frente o ano passado, totalizando R$ 2,7 bilhões. Nos exercícios anteriores a média de crescimento girava em torno de 30%. Em relação ao desempenho da primeira metade do exercício, apesar de não revelar o índice de crescimento, Pinto diz que o resultado ficou positivo. "Não houve pico no resultado, mas também não apresentamos retração, não precisamos dar férias coletivas nas empresas, nem demitir funcionários", exemplifica.

Fortalecimento - Prova disso, conforme o presidente, é que, juntos, os fabricantes de materiais eletroeletrônicos da região investirão, ao longo deste exercício, cerca de R$ 100 milhões em aumento de plantas, lançamentos de produtos e novas fábricas. Segundo ele, os aportes não deixam de ser também uma maneira de fortalecer ainda mais as empresas do setor.
"Nossa área está diretamente ligada a tecnologia e precisamos investir diariamente em melhorias dos processos produtivos, aquisição de máquinas e equipamentos para automação da produção, construção de novas instalações, aumentando as plantas existentes e, claro, no treinamento e conhecimento dos nossos profissionais", justifica.

Os pedidos têm vindo tanto do mercado interno quanto do externo. Especificamente sobre a demanda nacional, o presidente do sindicato reafirma que cada vez mais o mercado brasileiro tem notado a qualidade dos produtos fabricados no país e a inferioridade dos importados. Ele destaca a garantia dos produtos da região, assim como a durabilidade dos itens. "Na maioria das vezes, os itens vindos do exterior são melhores até apresentarem o primeiro defeito. Depois disso, é descarte certo", diz.

Neste sentido, Pinto lembra que a programação da 13ª Feira Industrial do Vale da Eletrônica (Fivel) 2014, que começou na terça-feira passada e vai até a sexta-feira, inclui visitas dos compradores às fábricas do polo.
O dirigente empresarial afirma que é neste momento que os clientes conhecem as particularidades dos itens nacionais, bem como a capacidade de produção das empresas instaladas na cidade, o que garante negócios e demanda futura. "Cerca de 70% do nosso faturamento é apurado a partir de contratos que começam a ser negociados na feira", ressalta.

Fonte  Diário do Comércio

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