O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil é lembrado neste dia 12 de junho, mas as mobilizações em
torno da causa foram antecipadas para o dia 11 devido à abertura do mundial de
futebol no Brasil. Em um artigo publicado no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, no último dia 4, a juíza Andréa Saint
Pastous Nocchi escreveu que quando o Brasil entrar em campo “já estará perdendo
de goleada. Nesse jogo, o adversário é de difícil marcação. Sua força está em
roubar infâncias, alegrias e as chances de educação de milhares de crianças. O
trabalho infantil tem sido um rival, até aqui, vencedor. Inviabiliza um futuro
de vitórias, causando perdas de vidas e de saúde de crianças e adolescentes”.
O trabalho infantil é
lamentável e sintoma de uma sociedade que não valoriza a infância e o período
de aprendizagem das crianças e adolescentes. Nessa fase da vida, eles deveriam
receber apoio e condições de estudo, descoberta de aptidões e crescimento.
Mas, ao contrário ainda
são milhares as crianças que têm que trabalhar para ajudar no sustendo da casa,
algumas simplesmente forçadas ao trabalho.
As políticas públicas
precisam dar ao tema o valor que lhe é merecido e criar mecanismo que não
somente ofereça ensino, mas qualidade de aprendizagem as crianças. Os empresários também precisam estar
conscientes que seus ‘colaboradores’ têm filhos e assim desenvolver programas
ou mesmo ações sociais de proteção às crianças.
O SINDVAS, em Santa
Rita do Sapucaí, constantemente recebe queixas de pais e mães que não conseguem
vagas em creches públicas para deixarem os filhos enquanto estão nos empregos.
Outras situações apontam que crianças ficam em casa cuidando de irmãos menores
para que os pais possam conseguir ir para a empresa. Isso também não é um trabalho
infantil?
Por isso, nesse Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil é preciso conclamar os poderes públicos e
privados para as responsabilidades de oferecer oportunidades ao desenvolvimento
para as crianças.
Maria
Rosângela Lopes
Presidente SINDVAS
Presidente FEMETAL/MG
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