O Sindicato dos
Trabalhadores do Vale da Eletrônica (SINDVAS) realizava mais uma assembleia, na
manhã desta sexta-feira, para os trabalhadores da empresa Petcom, em Santa Rita
do Sapucaí-MG, quando a Polícia Militar chegou para acompanhar o trabalho dos
sindicalistas.
A realização de
assembleias por empresa foi decidido na mesa de negociação na presença da
comissão de negociadores da patronal (Sindvel) e os diretores do SINDVAS.
Portanto, todos já tinham conhecimento que o Sindicato iria de empresa por
empresa apresentar a contraproposta da patronal para votação, assim como tem
sido colocado em aprovação o estado de greve.
Trabalhadores dizem não a contraproposta na Petcom |
Um trabalhador, que não
é chão de fábrica, e sim com função mais alta, disse a um dos diretores do
SINDVAS que “o sindicato já deveria ter ido à porta da empresa há muito tempo e
que o diretor, que chamou a polícia, é insuportável tratando as pessoas como se
fosse coronel”.
Trabalhadores de
produção confirmaram que a empresa pratica salário baixo, além de tíquete alimentação
de R$ 100 que é atrelado a nenhuma falta ou atraso. A presidente do SINDVAS,
Maria Rosângela Lopes, informou às trabalhadores que atitudes como esta mostram
que com o benefício “a empresa dá com uma mão e retira com as duas”
contrariando a CLT (tolerância de 10 minutos desde que não seja contínua).
Enquanto tudo isso ocorre, à empresa ostenta um prédio novo com belíssimas
escadas e salas de diretoria.
Também houve assembleia
na empresa Nitere, onde o Sindicato conversou com os trabalhadores, no pátio
interno da empresa, sem polícia e com toda a liberdade sindical que prevê a lei
brasileira.
A contraproposta da
patronal foi rejeitada nas duas empresas e o estado de greve recebeu aprovação.
O som que embalou as assembleias nesta manhã foi o barulho dos motores de caminhões
de cargas que não paravam de entrar e sair das empresas.
Na empresa Nitere mais um não a contraproposta. Outro sim para estado de greve |
Polícia
Esta é a segunda vez,
nessa semana, em uma assembleia do SINDVAS em que a Polícia Militar é chamada
por diretores e até por trabalhadores que, infelizmente, estão contra o próprio
trabalhador de Santa Rita.
O primeiro caso ocorreu
na empresa Hitachi Kokusai Linear, quando a PM foi informada que o sindicato
estava colocando fogo na empresa. O policial chegou ao local e constatou que a
denúncia era infundada a ponto dele comentar com a presidente do SINDVAS que se
soubesse que era uma assembleia de trabalhadores teria atendido uma ocorrência grave
que estava em espera.
No segundo caso,
ocorrido nesta sexta-feira (25), a PM foi informada que o SINDVAS bloqueava os
trabalhadores. Mais uma vez alegação infundada uma vez que própria mesa de
negociação saiu decisão das assembleias por empresa para que os trabalhadores
tomassem conhecimento das negociações em Santa Rita do Sapucaí.
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