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4 de dezembro de 2012

Centrais querem audiência com Dilma e alternativa ao fator previdenciário


As centrais sindicais Força Sindical, CUT, CTB, Nova Central e UGT vão cobrar a votação ainda este ano do projeto que cria uma alternativa ao Fator Previdenciário. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 3, na sede da CUT em São Paulo, os dirigentes das centrais afirmaram que protocolarão no Palácio do Planalto, nesta terça-feira, 4, às 15h00, um pedido de audiência com a presidenta Dilma Rousseff e pressionarão para que a votação no Congresso seja realizada até 20 de dezembro.

A proposta alternativa defendida pelas centrais estabelece que as pessoas possam optar pela fórmula 85/95, equivalente à soma de idade e tempo de contribuição para mulheres e homens, respectivamente.

O presidente da Força Sindical e deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, informa que as centrais sindicais fecharam consenso em torno da fórmula porque ela melhora a condição do trabalhador que vai se aposentar. “Hoje o trabalhador se aposenta com até 45% de desconto, no caso das mulheres, e 40%, no caso dos homens. Com a nova proposta, os trabalhadores não sofrerão mais este desconto absurdo a que hoje estão sujeitos”, afirmou.

Paulinho explicou ainda que o grande problema tem sido a intransigência do governo, que não tem aceitado dialogar com os trabalhadores. “Nós temos toda a certeza que se sentarmos para conversar com o governo vamos conseguir aprovar a proposta”, disse, explicando que a lógica da fórmula 85/95 incentiva a pessoa a continuar trabalhando, mesmo nos casos em que ela já poderia se aposentar.

A fórmula estabelece que as pessoas que já atingiram os 85/95 podem continuar contribuindo para a Previdência, uma vez que cada ano trabalhado além da soma aumenta em 2% o valor da aposentadoria a receber. “Esta mudança é muito importante, pois incentiva de maneira positiva a manter no mercado os trabalhadores mais qualificados que possuímos e estão em falta no País”, afirmou Paulinho.

O vice-presidente da Força Sindical Miguel Torres, presidente da CNTM, também esteve presente à reunião das centrais e confirmou a grande disposição dos dirigentes metalúrgicos no apoio à pressão do movimento sindical unificado para alavancar a fórmula 85/95, um mecanismo que melhorará os rendimentos dos aposentados. “A mobilização não terminará enquanto não houver avanços na negociação do governo com o movimento sindical sobre este tema de crucial importância para a classe trabalhadora e para o País”, ressalta Miguel Torres.


Fonte Força Sindical

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