As centrais sindicais
Força Sindical, CUT, CTB, Nova Central e UGT vão cobrar a votação ainda este
ano do projeto que cria uma alternativa ao Fator Previdenciário. Em entrevista
coletiva nesta segunda-feira, 3, na sede da CUT em São Paulo, os dirigentes das
centrais afirmaram que protocolarão no Palácio do Planalto, nesta terça-feira,
4, às 15h00, um pedido de audiência com a presidenta Dilma Rousseff e
pressionarão para que a votação no Congresso seja realizada até 20 de dezembro.
A proposta alternativa
defendida pelas centrais estabelece que as pessoas possam optar pela fórmula
85/95, equivalente à soma de idade e tempo de contribuição para mulheres e
homens, respectivamente.
O presidente da Força
Sindical e deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, informa
que as centrais sindicais fecharam consenso em torno da fórmula porque ela
melhora a condição do trabalhador que vai se aposentar. “Hoje o trabalhador se
aposenta com até 45% de desconto, no caso das mulheres, e 40%, no caso dos
homens. Com a nova proposta, os trabalhadores não sofrerão mais este desconto
absurdo a que hoje estão sujeitos”, afirmou.
Paulinho explicou ainda
que o grande problema tem sido a intransigência do governo, que não tem
aceitado dialogar com os trabalhadores. “Nós temos toda a certeza que se
sentarmos para conversar com o governo vamos conseguir aprovar a proposta”,
disse, explicando que a lógica da fórmula 85/95 incentiva a pessoa a continuar
trabalhando, mesmo nos casos em que ela já poderia se aposentar.
A fórmula estabelece
que as pessoas que já atingiram os 85/95 podem continuar contribuindo para a
Previdência, uma vez que cada ano trabalhado além da soma aumenta em 2% o valor
da aposentadoria a receber. “Esta mudança é muito importante, pois incentiva de
maneira positiva a manter no mercado os trabalhadores mais qualificados que
possuímos e estão em falta no País”, afirmou Paulinho.
O vice-presidente da
Força Sindical Miguel Torres, presidente da CNTM, também esteve presente à
reunião das centrais e confirmou a grande disposição dos dirigentes
metalúrgicos no apoio à pressão do movimento sindical unificado para alavancar
a fórmula 85/95, um mecanismo que melhorará os rendimentos dos aposentados. “A
mobilização não terminará enquanto não houver avanços na negociação do governo
com o movimento sindical sobre este tema de crucial importância para a classe
trabalhadora e para o País”, ressalta Miguel Torres.
Fonte
Força Sindical
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