A primeira semana do
mês de setembro foi intensa no Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de
Santa Rita do Sapucaí, Cachoeira de Minas e Conceição dos Ouros –MG, com a
primeira rodada de negociações salariais.
A presidente do Sindicato, Maria Rosângela Lopes, teve reuniões com
diversos empresários para colocar e defender a proposta dos (as) trabalhadores
(as).
As empresas Metagal, de
Santa Rita do Sapucaí e Conceição dos Ouros, Delphi, de Conceição dos Ouros, e
representantes da patronal de Santa Rita do Sapucaí receberam a pauta de
negociações com reivindicação de 12% de reajuste salarial, valorização do piso
salarial, creche, 40 horas semanais e outros itens. Segundo a presidente “a
choradeira” foi geral nas primeiras reuniões diante a pauta dos trabalhadores.
Delphi
A empresa Delphi, de Conceição dos Ouros, que
negocia Acordo Coletivo de Trabalho falou sobre crise econômica, perdas e
competitividade agressiva do mercado e não apresentou contraproposta, além de defender banco
de horas. “O Sindicato não vai aceitar mínimo do mínimo para os (as) trabalhadores
(as). A empresa já teve tempo de se estabelecer, superar crises internas e
agora é necessário reverter ganhos para os trabalhadores (as)”, comentou a presidente
sobre a postura da Delphi.
Metagal
A empresa Metagal, de
Santa Rita do Sapucaí e Conceição dos Ouros, também negocia por meio do Acordo Coletivo
de Trabalho, mas teve uma posição diferente da Delphi. A empresa expôs crise
econômica e situação financeira desfavorável, mas “se comprometeu a realizar
uma contraproposta dentro de um pacote de benefícios”. “A rodada de negociação
com a Metagal foi melhor porque a empresa se mostrou preocupada com o
trabalhador e aberta ao diálogo. Essa postura demonstrou comprometimento com o
material humano da empresa”, conclui Rosângela.
Sindvel
O Sindvel, Sindicato da
patronal de Santa Rita do Sapucaí, negocia a Convenção Coletiva de Trabalho
para a maioria das empresas do Vale da Eletrônica. A primeira reunião “não foi nada
boa” de acordo com a presidente do Sindicato. “Eles vieram querendo tirar
direitos, dizendo que estão com concorrência chinesa e carga tributária alta. E
o que os (as) trabalhadores (as) têm com isso? Não fomos nós que fizemos a carga
tributária. Nós temos um dos pisos mais baixos de Minas Gerais, onde um (a) trabalhador
(a) da cidade que se diz o Vale da Eletrônica ganha mais se trabalhar na
colheita de café”, desabafou Rosângela ao resumir a primeira reunião com a
patronal.
A comissão de
empresários não aceitou dados do IBGE, apresentados pelo Sindicato, que citam o
salário no município, as diferenças de gênero, além de pesquisas feitas pelo
Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação sobre a inflação
local.
A segunda reunião está
prevista para ocorrer no próximo dia 12.
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