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10 de setembro de 2012

Balanço da primeira rodada de negociações salariais Sindmetsrs


A primeira semana do mês de setembro foi intensa no Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Santa Rita do Sapucaí, Cachoeira de Minas e Conceição dos Ouros –MG, com a primeira rodada de negociações salariais.  A presidente do Sindicato, Maria Rosângela Lopes, teve reuniões com diversos empresários para colocar e defender a proposta dos (as) trabalhadores (as).

As empresas Metagal, de Santa Rita do Sapucaí e Conceição dos Ouros, Delphi, de Conceição dos Ouros, e representantes da patronal de Santa Rita do Sapucaí receberam a pauta de negociações com reivindicação de 12% de reajuste salarial, valorização do piso salarial, creche, 40 horas semanais e outros itens. Segundo a presidente “a choradeira” foi geral nas primeiras reuniões diante a pauta dos trabalhadores.

Delphi
 A empresa Delphi, de Conceição dos Ouros, que negocia Acordo Coletivo de Trabalho falou sobre crise econômica, perdas e competitividade agressiva do mercado e não apresentou contraproposta, além  de defender banco de horas. “O Sindicato não vai aceitar mínimo do mínimo para os (as) trabalhadores (as). A empresa já teve tempo de se estabelecer, superar crises internas e agora é necessário reverter ganhos para os trabalhadores (as)”, comentou a presidente sobre a postura da Delphi.

Metagal
A empresa Metagal, de Santa Rita do Sapucaí e Conceição dos Ouros, também negocia por meio do Acordo Coletivo de Trabalho, mas teve uma posição diferente da Delphi. A empresa expôs crise econômica e situação financeira desfavorável, mas “se comprometeu a realizar uma contraproposta dentro de um pacote de benefícios”. “A rodada de negociação com a Metagal foi melhor porque a empresa se mostrou preocupada com o trabalhador e aberta ao diálogo. Essa postura demonstrou comprometimento com o material humano da empresa”, conclui Rosângela.

Sindvel
O Sindvel, Sindicato da patronal de Santa Rita do Sapucaí, negocia a Convenção Coletiva de Trabalho para a maioria das empresas do Vale da Eletrônica. A primeira reunião “não foi nada boa” de acordo com a presidente do Sindicato. “Eles vieram querendo tirar direitos, dizendo que estão com concorrência chinesa e carga tributária alta. E o que os (as) trabalhadores (as) têm com isso? Não fomos nós que fizemos a carga tributária. Nós temos um dos pisos mais baixos de Minas Gerais, onde um (a) trabalhador (a) da cidade que se diz o Vale da Eletrônica ganha mais se trabalhar na colheita de café”, desabafou Rosângela ao resumir a primeira reunião com a patronal.

A comissão de empresários não aceitou dados do IBGE, apresentados pelo Sindicato, que citam o salário no município, as diferenças de gênero, além de pesquisas feitas pelo Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação sobre a inflação local.

A segunda reunião está prevista para ocorrer no próximo dia 12.

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