É o que revela pesquisa
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que fez o levantamento a
partir dos atendimentos de ambulatório e internações pelo Sistema Único de
Saúde (SUS).
O estudo usou dados da
pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, referentes às doenças
cardiovasculares, alguns tipos de câncer, diabetes, asma e osteoartrite de
joelho e quadril.
A pesquisa começou no
final de 2011 e durou seis meses. Não foram incluídos no levantamento gastos
indiretos, como compra de remédios e licenças médicas, além de pacientes
atendidos pela rede privada de saúde.
O médico Denizar
Vianna, professor da Uerj que participou da pesquisa, explica que foi feita uma
revisão sistemática da literatura para encontrar relações entre obesidade e
sobrepeso com essas doenças. Depois, foram usados dados do governo para estimar
os gastos relacionados a elas.
O estudo mostra que as
doenças cardiovasculares, maior causa de morte no Brasil, respondem por 67% das
despesas do SUS no tratamento de doenças ligadas à obesidade e ao sobrepeso,
com custo de R$ 2,37 bilhões por ano. Foram levantados dados sobre hipertensão
arterial, acidente vascular cerebral, doença arterial coronariana e
insuficiência cardíaca.
Vianna explica que a
população brasileira tem engordado. Os dados de 2011 mostram que 48,5% dos
brasileiros podem ser consideradas com sobrepeso e 15,8% estão obesos.
“Essa condição só tem
aumentando, enquanto outras vêm caindo, como o tabagismo. Então, em termos de
magnitude, a obesidade hoje já é um fator de risco tão impactante quanto o
tabagismo, que está estabilizado em 15% da população”.
Para Vianna, a pesquisa
pode ajudar na orientação de políticas públicas de saúde, como promoção de
alimentação saudável na escola e atividade física.
Fonte
Agência Brasil
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