Trabalhadores, Centrais Sindicais (Força Sindical, Nova Central, UGT e CTB) e empresários se concentraram em frente ao Banco Central, na manhã de ontem (12), para manifestarem contra os altos juros do país e reclamar pela queda da indústria nacional, a chamada desindustrialização.
Depois seguiram para a Assembleia Legislativa para participar de um Ciclo de debates sobre o tema.
“Hoje a indústria brasileira está com um crescimento muito baixo culpa da política praticada no país que valoriza os produtos oriundos de outros países e deixa de lado os incentivos a indústria nacional, principalmente os altos juros praticados no país”, afirmou o presidente da Força Minas, Rogério Fernandes.
Já o presidente do Sindicato dos Químicos de Belo Horizonte, Vandeir Messias, alertou para o fato de que se a indústria está mal, o trabalhador sobre diretamente com isso. “A geração de emprego caiu no país, se os setores não são respeitados. É um efeito domino na economia, então esse é o momento de olharmos para nossa economia, seguir em frente com nossos objetivos”, finaliza Vandeir.
O vice-presidente da Nova Central, David Iude, afirmou que essa questão é tão importante nosso país e atinge tanto os trabalhadores como os patrões que a manifestação é feita em parceria com vários setores da indústria, com os trabalhadores e as centrais sindicais.
O presidente do Sindicato dos Tecelões de Belo Horizonte, Carlos Malaquias, afirmou que um dos setores mais prejudicados é o têxtil por conta dos produtos que chegam da China para o país, “gera uma concorrência desleal entre os dois mercados”.
Debates
A Assembleia Legislativa foi palco da discussão em torno da desindustrialização. A presença de deputados estaduais e federais, secretários do governo, trabalhadores, empresário e centrais elevou o discurso na tarde de ontem. O presidente da Assembleia, o deputado Dinis Pinheiro, acredita que esse debate ganhará a Câmara dos Deputados e o Senado.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiemg), Olavo Machado Junior, destacou que o Brasil precisa reduzir juros e impostos e melhorar o câmbio para que a indústria tenha condições de ser competitiva no mercado, e destacou também a importância da união de trabalhadores e empresários.
O secretário regional da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), José Reginaldo Inácio, criticou a valorização do trabalho informal, o que ele chamou de “formalização da informalidade” por parte do governo. Para o secretário os baixos salários oferecidos no país, a instabilidade no emprego e a terceirização, são fatores que contribuem para a precarização do trabalho no Brasil.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Gilson Reis, acredita que o dia de ontem foi o ponta pé inicial para que sejam criadas soluções para a questão da desindustrialização em nosso país.
FONTE Assessoria de imprensa da Força Sindical MG
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