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27 de março de 2012

Sindicato tem registrado aumento no número de demissões em Santa Rita do Sapucaí

As homologações feitas no Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Santa Rita do Sapucaí e Região têm estendido o horário de atendimento da entidade até as 19h. No primeiro trimestre deste ano já foram realizadas 952 rescisões no Sindicato. Em janeiro foram 332, no mês de fevereiro 279 e nesse mês de março já passam de 341. Esse fato começou a ser registrado em novembro. Em apenas um dia uma empresa demitiu 46 trabalhadores.

Os registros da entidade apontam que a maioria das empresas do município, conhecido como o Vale da Eletrônica, tem demitido trabalhadores sem justa causa. O número é considerado alto para um município com população estimada em 37.754 mil segundo o IBGE. “Essa sem justa causa tem que ter causa”, comenta a presidente do Sindicato e presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos de Minas Gerais, Maria Rosângela Lopes.

“Os trabalhadores têm vivido a incerteza constante de que podem ser demitidos de uma hora para a outra. Em minha opinião, isso se chama desindustrialização”, argumenta a presidente ao analisar as demissões em Santa Rita.

A demissão, segundo a presidente, é para reduzir a folha de pagamento. Ao demitir trabalhadores mais experientes, você os troca por novatos que ganham menos. “Você reduz a folha e a qualidade dos produtos também pode ser reduzida”, complementa Rosângela para dizer que esse tipo de postura não é vantajosa para a indústria local.


Desindustrialização

“Está mais compensador produzir na China ou na Corea, mesmo com toda a instabilidade do regime, do que no Brasil”. É assim que Rosângela resume a desindustrialização do Brasil.

O combate a esse processo que ameaça os postos de trabalhos dos brasileiros tem que sair de uma solução tripartite que deve ser formada por Governo, empresários e trabalhadores. “Percebi em alguns empresários que conversei em Belo Horizonte que eles estão meio arredios. Esse movimento tem que ser integrado para conseguir resultado positivo. Temos visto isso em outras capitais. Já por parte do Governo, nós não temos percebemos mais cursos de qualificação dos trabalhadores e empenho para a mudança desse cenário. Acrescento ainda que o Governo ao invés de emprestar dinheiro do BNDS para empresários, com juros baixos e prazos a perder de vista, deveria investir na qualificação do trabalhador brasileiro”.



Assessoria de Comunicação
Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Santa Rita do Sapucaí

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