O desemprego ficou em
11,8% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados divulgados nesta
sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É
a maior da série da Pnad, que teve início no primeiro trimestre de 2012.
A taxa aumentou em relação à
registrada no trimestre anterior, de março a maio, quando ficou em 11,2%, e em
comparação à relativa ao trimestre encerrado em agosto de 2015, que atingiu
8,7%.
De junho a agosto deste ano,
havia 12 milhões de desocupados no Brasil, de acordo com o IBGE. O número
representa uma alta de 5,1% sobre o trimestre de março a maio de 2016 e
de 36,6% diante do mesmo período de 2015.
Por outro lado, a população
ocupada somou 90,1 milhões. Em comparação ao trimestre anterior, o contingente
recuou 0,8% e em relação ao mesmo trimestre do ano passado, diminuiu 2,2%.
“O contingente de pessoas
ocupadas continua em queda em ambos os períodos de comparação. Nós voltamos ao
patamar de 2013. E em um ano, esse contingente perdeu cerca de 2 milhões de
trabalhadores”, ressaltou Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento
do IBGE.
Desse total, havia 34,2
milhões de trabalhadores com carteira assinada. O número não mudou em relação
ao trimestre de março a maio de 2016. Já frente ao trimestre de junho a agosto
de 2015, a queda foi de 3,8%.
“No período recente você não
vê nenhum sinal de recuperação da população ocupada.”
Segundo o coordenador, a
perda da carteira de trabalho assinada “foi o primeiro sinal que a crise
mostrou”. “E o que ela provoca? As pessoas que perderam emprego estavam
trabalhando por conta própria. A informalidade, que estava dando fôlego à
crise, meio que perdeu a força. Azeredo ressaltou que o trabalhador por conta
própria mostrou queda de 732 mil trabalhadores em relação ao trimestre anterior.
“E a agricultura, a indústria geral e a construção, somados, perderam 483 mil
pessoas [no trimestre].”
G1