IR PARA

22 de dezembro de 2015

Desemprego entre os chefes de família acelera e tem alta de 57% em um ano

Em novembro, havia 548 mil desempregados com esse perfil nas seis principais regiões metropolitanas do País, mas o número dos chefes de família que perderam emprego começou a crescer em janeiro, quando foram registradas 357 mil demissões.

Alex Galdino, de 37 anos, era o principal responsável pelas despesas em sua casa até abril deste ano, quando foi demitido de uma empresa de tecnologia da informação. Sem emprego, não teve outra saída senão fazer bicos enquanto procura outra vaga. No lugar dele, a mulher, Maíra, que é psicóloga e massoterapeuta, assumiu parte das contas da família. Outras foram simplesmente cortadas do orçamento.

O caso de Alex é apenas um entre milhares de chefes de família que estão perdendo seus empregos em função da crise. No mês de novembro, havia 548 mil chefes desempregados nas seis principais regiões metropolitanas do País, 56,9% mais do que em igual mês do ano passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Como são os principais provedores do lar, a demissão é um golpe no poder de compra dessas famílias. Galdino acabou com a TV por assinatura, já gastou todas as suas economias e conta com a ajuda da mãe e da sogra. Cogitou vender o carro, mas adiou esse plano diante da necessidade de manter o veículo para levar a filha e a enteada ao médico, à escola e para fazer as compras de supermercado. Mesmo assim, o número de viagens diminuiu bastante por causa da crise.

“Não consigo emprego nem na área que tenho experiência (TI), nem na área em que sou formado (logística). Nesse tempo todo, só fiz uma entrevista para call center, mas não me chamaram porque acham que sou muito qualificado”, conta o morador da zona sul de São Paulo. “Por enquanto, tenho feito manutenção de computadores e atuo como supervisor freelancer. É menor (a renda), mas é melhor pingar do que secar.”

O número de chefes de família que estão desempregados começou a crescer já em janeiro deste ano. Naquele mês, eram 357 mil nas seis principais regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador). Com o aumento, a taxa de desemprego entre os chefes atingiu 4,7% em novembro deste ano.

Abaixo da média
O resultado está abaixo da média (7,5%), mas esconde uma das principais consequências desse movimento: outros membros da família que antes não trabalhavam passam a procurar emprego, sem que haja vagas disponíveis para acomodá-los. Por isso, a taxa de desemprego sobe. Além disso, o poder de compra diminui, com repercussão sobre setores como comércio e serviços, gerando um círculo vicioso.

“Isso vai fazer com que outras pessoas tentem recompor essa renda perdida”, avalia o economista Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria Integrada. Segundo o IBGE, há 1,286 milhão de “outros membros” da família buscando emprego, 52,3% mais que em novembro de 2014.

No site de busca Vagas.com, a procura tem sido crescente. O cadastro de novos currículos atingiu 173 por hora na média do acumulado do ano até setembro, 11,6% mais do que em igual período de 2014. Até novembro, a alta acelerou para 17%. As oportunidades, no entanto, encolheram 4% até o mês passado.



Estadão

21 de dezembro de 2015

Tragédia em Minas: Vale diz que irá recorrer de decisão da Justiça de Minas de bloqueio de seus bens

Lama devastou distritos em Minas Gerais. Foto Uol
A Vale informou que irá recorrer da decisão da Justiça de Minas Gerais que determinou o bloqueio de seus bens e os da BHP Billiton. Em nota de esclarecimento, divulgada no começo da noite deste domingo (20), a mineradora disse ter tomado conhecimento da decisão do Juízo da 12ª Vara Federal de Belo Horizonte, que decretou a indisponibilidade das suas licenças para a lavra de minério, sem contudo limitar as suas atividades de produção e comercialização. A mineradora afirmou que ainda não foi intimada para a ciência dessa decisão e nem citada para a ação na qual ela foi proferida, mas já avisou que recorrerá da ordem judicial, "demonstrando o descabimento da providência e contestará a ação no prazo legal".

A decisão da Justiça de Minas Gerais, publicada na noite de sexta-feira (18), determina o bloqueio dos bens da Vale e da BHP Billiton, por conta dos danos gerados com o rompimento das barragens da Samarco, em Mariana, da qual são acionistas.

O bloqueio dos bens das acionistas da Samarco é necessário, conforme a decisão assinada pelo juiz federal Marcelo Aguiar Machado, pelo fato de o patrimônio da mineradora Samarco, responsável pelo acidente, ser insuficiente para arcar com os danos socioambientais estimados em mais de R$ 20,2 bilhões. A liminar atende à ação civil pública movida pela União, Ibama, Agência Nacional de Águas (ANA), Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Estado de Minas Gerais, do Espírito Santo e outros.

"A efetiva garantia financeira da reparação integral do dano ambiental causado depende de outras garantias, sendo pertinente, tendo em vista a gigantesca extensão dos danos socioambientais e socioeconômicos causados, que se aplique, com base no artigo 461, parágrafo 5º, do CPC, a medida prevista no artigo 7º da Lei 8.429/92, de indisponibilidade de bens dos réus a fim de se assegurar o integral ressarcimento do Dano", ressalta a decisão.

Vale e BHP terão de adotar medidas "urgentes de natureza cautelar" e voltadas à contenção do dano ambiental, sob pena de multa diária no valor de R$ 150 mil, conforme a decisão.

Já a Samarco terá de fazer depósito inicial de R$ 2 bilhões em 30 dias para custear um plano de recuperação integral dos danos a ser elaborado por suas acionistas. Para que essa determinação seja eficaz, a Justiça de Minas Gerais estabeleceu ainda que a multa seja majorada para R$ 1,5 milhão por dia de atraso.


Foi decretada também a indisponibilidade das licenças e concessões para a exploração de lavras existente em favor da Samarco, Vale e BHP.

Estadão

Faltas reiteradas ao serviço caracterizam desídia e autorizam dispensa por justa causa

Desídia: negligência, desleixo, preguiça, desatenção, relaxamento, má vontade. As normas trabalhistas preveem faltas que, se isoladamente não são consideradas graves, a sua repetição torna insustentável a manutenção do vínculo empregatício, autorizando até mesmo a rescisão do contrato por justa causa. Ou seja, se o empregado atua de forma desidiosa na prestação de serviços, o empregador pode dispensá-lo por justa causa, desde que, a cada uma das faltas anteriores, tenha aplicado as devidas medidas repreensivas ou punitivas.

Em um caso analisado pelo juiz Ordenísio César dos Santos, em sua atuação na 5ª Vara do Trabalho de Betim-MG, um auxiliar de produção, inconformado com a sua dispensa por justa causa fundada na desídia no desempenho das funções (artigo 482, alínea e, da CLT), tentava reverter essa situação. Para a empresa, a ocorrência de faltas constantes ao trabalho sem apresentar justificativas legais autorizaram a ruptura contratual nessa modalidade. Mas, para o trabalhador, houve retaliação decorrente do ajuizamento de reclamatória trabalhista, já que suas faltas foram devidamente justificadas mediante atestado médico. Como afirmou, a pretensão da empresa seria, apenas, a de reduzir o valor rescisório mediante um acordo de valor baixo.

Mas, após analisar as provas, o magistrado constatou que a dispensa por justa causa decorreu das faltas reiteradas do reclamante ao trabalho, sem justificativa, e não do ajuizamento da reclamação trabalhista. Como verificou, o auxiliar de produção foi advertido oralmente uma vez, conforme reconhecido em depoimento pessoal, e outras duas vezes por escrito. Também levou uma suspensão e, finalmente, foi dispensado por justa causa, pelos mesmos motivos: faltas injustificadas ao trabalho. 

Portanto, o juiz entendeu evidente a prática da desídia no desempenho das funções pelo ex-empregado.
O magistrado destacou que as faltas constituem violação séria de uma das principais obrigações do contrato de trabalho, destruindo a confiança depositada no empregado. Por essas razões, manteve a justa causa aplicada ao reclamante. A decisão foi confirmada pela 4ª Turma do TRT mineiro.



TRT MG

18 de dezembro de 2015

Cachoeira de Minas e Conceição dos Ouros apresentam números distintos sobre geração de empregos

As cidades de Cachoeira de Minas e Conceição dos Ouros, que pertence à base territorial do SINDVAS, apresentaram números opostos sobre a geração de empregos no mês de novembro. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgados nesta sexta-feira (18), apontam que a variação no número de contratações foi positiva em Cachoeira de Minas.

O total de admissões com carteira assinada foi de 50 pessoas enquanto houve 17 demissões, a variação resultou em 33 postos de trabalho abertos. 


A cidade de Conceição dos Ouros apresentou o total de 42 contratações com carteira assinada e 65 demissões em novembro. O resultado ficou em -23 postos de trabalho na cidade. 

Números do emprego apontam fechamento de vagas em Santa Rita do Sapucaí no mês de dezembro

O número de pessoas que perdeu o emprego no mês de novembro, em Santa Rita do Sapucaí, é superior ao número que conseguiu a carteira assinada. Os Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgados nesta sexta-feira (18), apontam que houve -46 pontos de trabalho abertos em Santa Rita.

No setor da indústria da transformação foram 151 admissões contra 161 demissões no período, o que resulta em -10 postos de trabalho. A construção civil também demitiu mais do que contratou em novembro, variação negativa ficou em -7 postos de trabalho.

O setor da agropecuária foi o que mais fechou postos de emprego com carteira assinada. No total, 78 pessoas foram demitidas e 25 pessoas foram contratadas em novembro.


Os setores de comércio e serviços seguiram direção oposta e aumentam as contratações, o que pode ser explicado pelo tradicional aumento de vendas no final do ano. No setor de comércio foram 50 admissões contra 29 demissões e o setor de serviços contratou 46 pessoas e demitiu outras 43. 

17 de dezembro de 2015

Desemprego vai a 7,5% em novembro, o maior para o mês desde 2008, diz IBGE


O desemprego em novembro foi de 7,5%, o maior para o mês desde 2008 (7,6%). Apesar de estar abaixo do número registrado em outubro (7,9%), o resultado é considerado estável pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação a novembro do ano passado, quando era de 4,8%, o desemprego subiu 2,7 pontos percentuais.

Com o país vivendo uma crise econômica e o corte de vagas de trabalho aumentando, a taxa registrada em novembro surpreendeu. A mediana das previsões de analistas consultados pela agência Reuters era de que subiria a 8% no mês.

"É natural que em novembro e dezembro a taxa caia devido aos empregos do final do ano, mas não muda nossa cabeça em relação ao ajuste que está acontecendo no mercado de trabalho", disse o economista sênior do banco de investimentos Haitong, Flávio Serrano, para quem o desemprego no país continuará subindo em 2016.

O número de desempregados nas regiões pesquisadas foi estimado em 1,8 milhão de pessoas e não teve variação na comparação com outubro. Em relação ao mesmo período de 2014, o número de desempregados subiu 53,8%, com 642 mil pessoas a mais procurando trabalho.

O total de pessoas com trabalho também ficou estável no mês, em 22,5 milhões, mas caiu 3,7% em um ano, com 858 mil pessoas a mais sem emprego.

Os números foram divulgados nesta quinta-feira (17) pelo IBGE e fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que é baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

O instituto considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Desemprego subiu nas seis regiões em um ano

As seis regiões pesquisadas tiveram desemprego estável no mês em relação a outubro. Na comparação com novembro de 2014, porém, todas registraram aumento:

    Recife: de 6,8% para 10,8%
    Salvador: de 9,6% para 12,3%
    Belo Horizonte: de 3,7% para 6,1%
    Rio de Janeiro: de 3,6% para 5,9%
    São Paulo: de 4,7% para 7,4%
    Porto Alegre: de 4,2% para 6,7%

Rendimento médio cai a R$ 2.177,20

O rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.177,20, 1,3% menor do que o de outubro (R$ 2.205,43) e 8,8% inferior ao de novembro do ano passado (R$ 2.388,29).

Frente a novembro de 2014, o rendimento caiu em todas as regiões, sendo a maior queda registrada no Rio de Janeiro (-10%) e a menor em Porto Alegre (-6,3%). Em comparação com outubro, ficou estável em Salvador, São Paulo e Porto Alegre, e caiu nas demais regiões.


Em um ano, são 540 mil carteiras assinadas a menos

Em novembro, o número de pessoas com carteira de trabalho assinada no setor privado ficou em 11,3 milhões, estável em comparação com outubro. Em um ano, o número caiu 4,6%, ou 540 mil pessoas a menos.


Uol

Reajuste é aprovado na Delphi

Os trabalhadores da empresa Delphi, fabricante de autopeças, em Conceição dos Ouros, aprovaram o índice de reajuste salarial de 10,42% para quem recebe até R$ 3 mil. Acima desse valor de salário, o reajuste foi em parcela fixa.


A assembleia de votação do reajuste foi conduzida pela presidente do SINDVAS, Maria Rosângela Lopes, e o diretor de base de Conceição dos Ouros e Cachoeira de Minas, Luiz Fernando.   



16 de dezembro de 2015

Dilma recebe proposta para fazer país crescer

A delegação da Força Sindical foi composta pelo presidente da Central, Miguel Torres, o presidente do Sindicato da Construção Civil SP, Antonio de Souza Ramalho, o secretário-geral da Central, João Carlos Gonçalves (Juruna),  e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno (Jorginho). Foto Renato Alves 

Representantes de centrais sindicais entregaram, na tarde de ontem, o “Compromisso pelo Desenvolvimento” à presidente Dilma Rousseff. O documento foi produzido por sindicalistas, trabalhadores e empresários, com propostas para a retomada do crescimento econômico.

Pela manhã, também em Brasília. O grupo foi recebido por Miguel Rossetto, ministro do Trabalho e Previdência Social.“Nós, do governo, temos consciência da urgência de criarmos condições para recuperar, rapidamente, o crescimento, o desenvolvimento e da capacidade de gerar emprego, trabalho e renda”, afirmou.

“Trata-se de um programa de desenvolvimento que traz esperança, mostra um novo horizonte para o país“, disse o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, uma das lideranças nos eventos de ontem.
GUINADA /O documento traz um diagnóstico dos setores considerados vitais para a geração de emprego e recuperação da economia brasileira e destaca medidas pontuais para colocar o país novamente nos eixos.

Dentre sugestões estão a volta do estímulo aos investimentos público e privado, o aumento das exportações da indústria , a ampliação do financiamento de capital de giro e a adoção de políticas de fortalecimento do mercado interno para preservar emprego e renda.

“Esta é uma proposta realista, que identifica a responsabilidade do governo pela adoção de uma política econômica recessiva, mas que propõe saídas para o país”, disse Torres.

O manifesto foi oficialmente lançado no dia3. No total, 25 representações assinaram o documento, entre elas, além das principais centrais sindicais, a Confederação Nacional da Indústria, associações comerciais de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, representações das indústrias automotiva, têxtil e de máquinas e equipamentos.

Petista terá outra reunião como grupo, nesta sexta-feira, e deve falar sobre o “compromisso”
“Nós estamos juntos com entidades que possuem interesses diferentes e ideologias diferentes, mas que estão apontando um caminho para o Brasil”, afirmou Luiz Moan, presidente da Anfavea (AssociaçãoNacionaldosFabricantesdeVeículosAutomotores).

ENTENDIMENTO /Segundo Miguel Torres, o governo recebeu o documento, sinalizando abertura ao diálogo. O único ponto divergente do encontro foi a volta da CPMF(Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), defendida pela presidente como uma das formas para sanear as finanças públicas.


“Nossa proposta para a CPMF é a taxação sobre grandes fortunas”, explicou Torres. Na sexta-feira, a presidente se reunirá nova mente com as centrais sindicais para reavaliar com mais profundidade as medidas.


A íntegra do documento você lê aqui.


Diário SP

Assembleia com a empresa Zatix

Os trabalhadores e representante da empresa Zatix Tecnologia S.A, de Santa Rita do Sapucaí, estão na sede do SINDVAS para uma assembleia na tarde desta quarta-feira (16). Os assuntos discutidos são o demonstrativo de apuração da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2015 e a renovação do programa para 2016.


A presidente do SINDVAS, Maria Rosângela Lopes, conduz a assembleia na sala de reuniões do Sindicato. 



15 de dezembro de 2015

Jornal Sindvas Ed. 67

Pela Região


A prefeitura de Poços de Caldas confirmou a construção da fábrica da empresa Frooty Indústria e Comércio de Alimentos S/A no município. 

A companhia vai investir R$ 25 milhões na construção na unidade que teve área cedida de 45 mil metros quadrados no distrito industrial. Em contrapartida, a empresa fará doações a programas educacionais e esportes desenvolvidos em Poços de Caldas. 

Recesso


Trabalhadores da Vesta dizem sim para reajuste salarial

O reajuste salarial da Vesta, fabricante de portas e janelas em PVC, na cidade de Cachoeira de Minas, foi aprovado por unanimidade pelos trabalhadores. O reajuste ficou em 9% para quem recebe até R$1.600 e em 7% para quem ganha acima de R$1.600.  


A empresa comprovou procedimento que, por meio do Plano de Cargos e Salários, houve reajustes entre 5 % a 25% ao longo do ano. Também confirmou a implantação de lanche aos sábados quando houver hora extra. 


14 de dezembro de 2015

Ford abre programa de demissões voluntárias na Bahia


A Ford irá abrir um programa de demissões voluntárias (PDV) na fábrica de Camaçari, na Bahia, para reduzir o excesso de mão de obra da montadora, que decidiu fechar a jornada noturna de produção da unidade a partir de março do ano que vem.

O PDV será aberto no dia 4 de janeiro, na volta dos funcionários do recesso de fim de ano. O programa, que atinge apenas empregados de setores positivos, irá até 15 de janeiro. 

No fim de novembro, a Ford anunciou o fechamento do terceiro turno na fábrica baiana, onde são montados o utilitário esportivo EcoSport e o modelo compacto Ka. Cerca de 20% do quadro de funcionários de Camaçari - mais ou menos 2 mil pessoas - trabalham à noite. 

A desativação é resultado da queda de produção da unidade, reflexo da forte crise enfrentada pelo setor automobilístico. 



JB

No Brasil, 25% têm trabalho precário

Ao redor do mundo, 1,5 bilhão de pessoas têm trabalhos considerados vulneráveis. São imigrantes ilegais, trabalhadores do sexo, empregados em atividades perigosas (como os carvoeiros), domésticos, trabalhadores em condições precárias, sem proteção social e representação sindical. No Brasil, 25,1% dos trabalhadores estão nessas condições. Há ainda outro grupo de vulneráveis: trabalhadores que vivem com menos de US$ 2 por dia. No mundo, são 830 milhões e no Brasil, 3,4% dos trabalhadores. O relatório anual do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) deste ano teve como tema “Trabalho como motor do Desenvolvimento Humano”.

— É obvio que o emprego tem importância no desenvolvimento, mas não devemos olhar só para (a geração de) emprego, mas para a dignidade das pessoas — afirmou o representante do Pnud no Brasil, Carlos Benitez.

Na avaliação da organização, o Brasil está melhor que vários países porque tem uma agenda de trabalho decente. Além disso, deu um grande passo com a Lei das Domésticas, o que deve gerar ganhos de qualidade de vida nos próximos anos.

— Pela primeira vez, estão pagando o FGTS dos trabalhadores domésticos no Brasil. Era uma coisa inacreditável. Havia uma categoria de trabalhador diferente que não tinha direito a FGTS — ressalta a coordenadora do relatório no Brasil, Andréa Bolzon.

No Brasil, mais de 90% dos empregados domésticos são mulheres. Situação desigual que não é exclusividade brasileira. No mundo, mais da metade das mulheres têm trabalhos que não são considerados dignos.

204 MILHÕES SEM EMPREGO
No mundo, há 204 milhões de desempregados, um número praticamente igual ao da população brasileira. No país, a recessão tem provocado aumento do desemprego
.
— Há uma resiliência da sociedade brasileira (por causa dos benefícios sociais) para enfrentar a crise — diz Andréa.

A desigualdade no trabalho atinge diretamente as mulheres. Três em cada quatro horas de trabalho não remunerado no mundo são feitas por mulheres. Em Teresina, a sorveteira Gorete Lima inicia sua jornada às 7h cuidando da casa e preparando sorvetes que vende a partir das 17h em festas, onde fica até as 3h.

— São dez horas de serviço, a maior parte em pé para limpar a máquina e vender os sorvetes. É uma vida dura, mas foi assim que eu criei meus filhos.


O Globo

Centrais entregarão documento para o governo reivindicando o crescimento da economia

As Centrais Sindicais reúnem-se nesta terça, 15, às 10h30, com o ministro Miguel Rossetto, do Trabalho e Previdência Social, no seu gabinete, em Brasília. Nesta mesma data, às 16 horas, os representantes das Centrais irão se reunir com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Eles vão entregar o documento "Compromisso para o Desenvolvimento", lançado em São Paulo no dia 3.


Força Sindical

9 de dezembro de 2015

Inflação acumula mais de 10% em 12 meses, a maior em 12 anos

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingiu 1,01% em novembro último, e ficou 0,19 ponto percentual acima da taxa de 0,82% registrada em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  É a mais alta taxa para um mês de novembro desde 2002. quando chegou a 3,02%. Em novembro de 2014 o IPCA teve alta de 0,51%.

Com o acumulado no ano em 9,62%, acima dos 5,58% de igual período de 2014, o percentual constitui o mais elevado índice acumulado – no período de janeiro a novembro desde 2002 – que ficou em 10,22%.

Nos últimos 12 meses, o índice acumulou alta de 10,48%, resultado superior aos 9,93% dos 12 meses imediatamente anteriores.

Os combustíveis, pelo segundo mês consecutivo, teve influência significativa nas despesas das famílias (5,14% de peso no IPCA). O preço do litro da gasolina ficou 3,21% mais caro para o consumidor. Levando em conta outubro e novembro, a alta correspondeu a 8,42% nas bombas, motivada pelo reajuste de 6% vigente em nível das refinarias desde 30 de setembro. Em relação ao acumulado no ano, os preços subiram 18,61%, indo dos 10,40% registrados em Campo Grande até os 24,35% de Recife.


No caso do etanol, os preços subiram 9,31%. A alta chegou a 26,10% no ano, com a menor variação em Fortaleza (12,71%), e a maior (33,14%), em Curitiba. Quanto ao óleo diesel, os preços aumentaram 1,76% e, junto com a taxa de outubro, acumularam 5,08%, refletindo, nas bombas, o reajuste de 4% nas refinarias, também desde 30 de setembro. Em relação ao ano, a alta está em 12,75%.

Pela região

Trabalhadores de uma fazenda de café de Machado (MG) foram encontrados nesta terça-feira (8) em condições análogas à escravidão. Segundo a Polícia Civil, há indícios de que pelo menos 14 funcionários eram mantidos sem condições adequadas de moradia e trabalho e sem pagamento de salário. A fazenda deve ser interditada ainda nesta terça. O proprietário não foi localizado e informou, por meio de um advogado, que vai se apresentar na delegacia  nesta quinta-feira (10).



7 de dezembro de 2015

Sindicato recebe denúncia de atrasos de pagamento na empresa AG

O SINDVAS atendeu na última semana uma denúncia de atrasos nos pagamentos de salário e 13° salário na empresa AG em Santa Rita do Sapucaí. O trabalhador encaminhou para o sindicato uma carta onde relatou os problemas. Abaixo, você pode ler a reprodução da carta na íntegra.


Entre as reclamações está a falta de informação para o trabalhador. O SINDVAS esclarece é de responsabilidade das empresas comunicarem aos seus trabalhadores a situação financeira pela qual passam e não o sindicato.

Os diretores do Sindicato em contato para saber o porquê dos atrasos mencionados, foram informados que a empresa passa por dificuldades e espera a conclusão do processo de venda para acertar com os trabalhadores.

A empresa AG faz parte do grupo AsGa com sede em Paulínia, interior de São Paulo. No dia 22 de outubro, a empresa japonesa Furukawa anunciou a compra de parte do grupo AsGa.



Denúncia

Venho por meio desta carta destacar aos amigos sindicalistas que minha empresa onde eu trabalho “AG IND. E COM. PLACAS ELET. LTDA”, está passando uma crise que não tem fim.

Vem atrasando salário, cartão alimentação e agora atrasou o 13° salário e está também com 6 meses de atraso com o fundo de Garantia. E tem mais a empresa “AG” foi capaz de desfazer de alguns funcionários, transferindo à para outra empresa sem acertar os direitos atrasados.

E agora está mudando a bandeira do cartão alimentação atrasado para outra bandeira. Será que vão acertar o atrasado?

Está semana segunda-feira eles foram capaz de entregar o olerit para a gente assinar com o 13° salário mas não foi pago até agora, só foi pago o salário do mês.

Está muito vago as coisas lá, não tem informação nenhuma da empresa com o funcionário.

Amigo sindicalistas desde já agradeço ouvir meu desabafo porque estou sofrendo muito com isso, eles tem que saber que tem mãe e pai de família que depende do salário no final do mês e principalmente de informação.

Obrigado, e que vocês sindicalistas não de as costas para essa situação

4 de dezembro de 2015

Negros são apenas 17,4% no grupo dos mais ricos

A população que se identifica como preta ou parda cresceu entre a parcela 1% mais rica da população brasileira. Mesmo assim, segundo dados divulgados hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Síntese de Indicadores Sociais, eles representam apenas 17,4% do total da parcela mais rica do país. Mais de 79% são de pessoas brancas. Em 2004, havia 12,4% de negros e 85,7% de brancos nesse grupo, que é formado por pessoas que moram em domicílios cuja renda média é de R$ 11,6 mil por habitante.

Por outro lado, a população que forma o grupo 10% mais pobre, com renda média de R$ 130 por pessoa na família, continua majoritariamente negra. O percentual aumentou nos últimos 10 anos. Em 2004, 73,2% dos mais pobres eram negros, patamar que aumentou para 76% em 2014. Esse número indica que três em cada quatro pessoas é negra entre os 10% mais pobres do país.

Segundo o IBGE, os negros (pretos e pardos) eram a maioria da população brasileira em 2014, representando 53,6% da população, enquanto as que se declaravam brancas eram 45,5%. Em 2004, o cenário era diferente, pouco mais da metade se declarava branca (51,2%), enquanto a proporção de pretos ou pardos era 48,2. 

Os brancos eram 26,5% dos mais pobres em 2004 e sua participação nessa fatia da população caiu para 22,8% em 2014.

Se considerada a população total de negros no Brasil, 38,5% deles estavam entre os 30% mais pobres da população em 2014, valor inferior aos 41,6% registrados em 2004. Houve um aumento da proporção de brancos que se encaixam nessa faixa de renda: de 19,1% em 2004 para 19,8%. 
Já os negros que estão entre os 30% mais ricos são 20,1% do total da população desta cor no Brasil. Para os brancos, esse percentual é de 41,9% e praticamente não se alterou em relação a 2004, quando era de 41,9%. 

Em 2004, 17,2% dos negros estavam entre os 30% mais ricos dos brasileiros.

Desigualdade de renda

Para avaliar a desigualdade de renda, o IBGE calculou o Índice de Palma no Brasil, indicador que avalia quanto a mais os 10% mais ricos se apropriam do total dos rendimentos em relação aos 40% mais pobres. Segundo a pesquisa, o rendimento dos 10% mais ricos concentrava um valor 4,3 vezes maior que os 40% mais pobres do país em 2004, valor que caiu para 3,1 vezes em 2014.

Os números do IBGE mostram que, em 2014, os 40% mais pobres do Brasil recebiam 13,3% do total da massa de renda do país, percentual se manteve praticamente estável entre 2011 e 2014, depois de ter crescido de 2004 (10,6%) a 2011 (13,1%). A população que fica na faixa intermediária, entre os 40% mais pobres e os 10% mais ricos, elevou sua participação de 43,9% do total da renda para 45,6%. Já os 10% mais ricos detinham 45,5% do total dos rendimentos em 2004 e perderam participação, chegando a 41% em 2014.

3 de dezembro de 2015

Miguel Torres defende ações e medidas de desenvolvimento contra a crise


O presidente da CNTM e Força Sindical, Miguel Torres, em sua participação no lançamento do movimento “Compromisso pelo Desenvolvimento”, nesta quinta, 3 de dezembro, no Centro Social Hakka Brasil, em São Paulo, disse que quem está pagamento por este momento de crise são os setores produtivos e, principalmente, a classe trabalhadora. 

“O trabalhador está perdendo emprego e salário, sem perspectiva de recolocação, e quando consegue voltar ao mercado de trabalho, é por um salário menor. É fundamental então engajar a sociedade neste movimento das centrais e dos empresários, nesta agenda positiva pela retomada do crescimento industrial, garantindo a geração de empregos e fomentando o comércio, o consumo e a produção”, diz Miguel Torres. 

Miguel Torres também criticou a política de juros altos que, a pretexto de combater a inflação, está impedindo o desenvolvimento. “Não podemos ser cúmplices deste modelo falido. A Força Sindical está de corpo e alma neste movimento desenvolvimentista e levará os resultados deste movimento para atos em todo o Brasil, que é “maior que a crise”, disse Miguel Torres. 

No encerramento do evento, foi lido o seguinte documento das entidades participantes do Compromisso pelo Desenvolvimento, com aprovação unânime de todos os participantes. Confira:


2 de dezembro de 2015

Presidente do SINDVAS participa de reunião do Conselho Nacional da Força Sindical

A presidente do SINDVAS, Maria Rosângela Lopes, integra nesta terça (2) e quarta-feira (3) a reunião do Conselho Nacional da Força Sindical onde são debatidos diversos temas entre os quais as medidas que o movimento sindical pode tomar para o enfrentamento da crise econômica, a formação sindical e a legalização do custeio sindical.



1 de dezembro de 2015

Valores e calendário de pagamento do IPVA 2016 são divulgados em Minas Gerais

A Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais divulgou, nesta terça-feira (1), os valores a serem pagos do Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 2016. O calendário de pagamento do imposto também foi anunciado e tem início no dia 13 de janeiro, para os veículos com placas de finais 1 e 2.


O contribuinte que decidir quitar o imposto à vista terá 3% de desconto. O valor da Taxa de Licenciamento, com vencimento em 31 de março de 2016, é de R$ 85,81. O pagamento do IPVA 2016 já pode ser feito nos terminais de autoatendimento ou guichês de agentes arrecadadores.


Economia do Brasil encolhe 1,7% no 3º trimestre

A economia brasileira encolheu mais do que o esperado no terceiro trimestre deste ano sobre os três meses anteriores, com destaque para os investimentos produtivos, sinal de que uma recuperação ainda está longe.

O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil encolheu 1,7% no terceiro trimestre sobre abril a junho, terceiro trimestre seguido de contração, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira.

Sobre o terceiro trimestre de 2014, o PIB despencou 4,5%, o maior tombo anual desde o início da série histórica do IBGE, em 1996. 

Pesquisa da Reuters apontava que a economia teria queda de 1,2% entre julho e setembro na comparação trimestral e de 4,1% na comparação anual. 

O país vive profunda crise econômica e política, em meio ao cenário de inflação de dois dígitos, o que tem abalado profundamente a confiança dos agentes econômicos e colocado desafios cada vez maiores diante da presidente Dilma Rousseff.

A atividade encolheu em praticamente todos os setores no terceiro trimestre, com forte destaque para os investimentos produtivos. Segundo o IBGE, a FBCF (Formação Bruta de Capital Fixa) despencou 4% no trimestre passado, comparado com os três meses anteriores, nono trimestre seguido de queda.

No mesmo período, o consumo das famílias recuou 1,5%, enquanto que o consumo do governo teve leve alta de 0,3% - único segmento que não caiu no terceiro trimestre sobre o imediatamente anterior.
Ainda segundo o IBGE, a indústria caiu 1,3% no período, enquanto que serviços e agropecuária mostraram recuo de 1% e 2,4%, respectivamente.

O IBGE revisou, e para pior, as contrações do PIB vistas nos segundo e primeiro trimestres deste ano, com queda de 2,1% e 0,8%, respectivamente.

Mais de um milhão de pessoas já perderam o emprego formal nos últimos 12 meses, no início do que deve ser a recessão mais longa do Brasil desde os anos 1930. Com a confiança em mínimas recordes e os investimentos praticamente paralisados, os economistas continuam revisando para baixo as suas projeções. E muitos alertam que o pior ainda pode estar por vir.

Pesquisa Focus do Banco Central mostra que a expectativa de economistas é de uma contração de 3,19% este ano e recuo de 2,04% em 2016.

O cenário de contração econômica vem também em meio à inflação elevada, com perspectivas de que estoure a meta do governo - de 4,5% pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos - tanto em 2015 quanto em 2016.

Diante disso, o Banco Central já deu sinais que deve elevar a taxa básica de juros do país, hoje em 14,25% ao ano, em breve para conter a escalada nos preços. Porém, ao limitar o consumo por meio do encarecimento do crédito, o movimento pode impactar ainda mais a atividade.

Força Sindical lança `Dragão Noel´em Brasília


A Força Sindical montou nesta terça, 1º dezembro, na Rodoviária de Brasília, duas barracas para a população e os parlamentares mandarem recados para o governo.

A ação, intitulada "Mande seu recado para o Dragão Noel", tem como chamariz visual um dragão inflável de treze metros de altura, com três cabeças, cada uma representando um mal: inflação, desemprego e juros altos.


O presidente da CNTM e da Força Sindical, Miguel Torres, que participa desta mobilização crítica e criativa em Brasília, comenta. "É um canal direto para a sociedade expressar a insatisfação com os rumos da economia”.



CNTM