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30 de novembro de 2015

Trabalhadora que fazia limpeza sem uso adequado de luvas de proteção receberá adicional de insalubridade



Uma empregada que ocupava o cargo de "serviços gerais" em uma empresa de "call center" procurou a Justiça o Trabalho pretendendo receber adicional de insalubridade pelo contato com produtos químicos. O caso foi analisado pela juíza Tânia Mara Guimarães Pena, em atuação na 2ª Vara do Trabalho de Uberlândia, que acolheu o pedido da trabalhadora. Ela constatou que, ao realizar a limpeza dos ambientes da empresa, a reclamante mantinha contato com produtos químicos nocivos à saúde, sem o uso apropriado das luvas de proteção.

A decisão se baseou em perícia que apurou que a reclamante trabalhava com os produtos do tipo "multi uso (K9000)", detergente neutro, "seven clearon" (desinfetante clorado), "C220", que ela diluía em água. E, pelas fichas de EPI, o perito constatou que as luvas de látex, essenciais para neutralizar os agentes nocivos à saúde humana presentes nos produtos, não eram fornecidas à reclamante em quantidade e periodicidade suficientes para eliminar o risco. O ideal seria um par, a cada 15 dias.

A julgadora ressaltou que as luvas de látex costumam estragar com certa facilidade e, por isso, a reposição deve ser feita com frequência. Além disso, o fato de a reclamante ter desenvolvido urticária e dermatite de contato reforçou o entendimento da juíza de que as luvas não eram fornecidas em número suficiente.

Por fim, segundo ressaltou, o fato da empregadora, eventualmente, ter entregue o equipamento à empregada e ela ter deixado de utilizá-lo, não a exime de pagar o adicional de insalubridade, pois cabe ao empregador entregar e fiscalizar a real utilização dos equipamentos de proteção.


Assim, a empresa foi condenada a pagar à reclamante o adicional de insalubridade, no grau médio, durante todo o contrato, com reflexos em aviso prévio, férias com 1/3, gratificações natalinas e FGTS com multa de 40%. A decisão é passível de recurso ao TRT/MG.

TRT-MG

Compromisso pelo Desenvolvimento agrega trabalho, capital e sociedade


Sindicalistas, Dieese, setor produtivo e outras entidades avançam nas articulações contra a recessão e pela retomada do crescimento. Eles organizam o “Compromisso pelo Desenvolvimento”, cujo manifesto será lançado dia 3, durante ato em São Paulo.

A Agência Sindical acompanha as reuniões da CUT, Força, UGT, Nova Central, CTB e CSB, com o Dieese e entidades empresariais, voltadas para a retomada. Ontem (26), ouvimos Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese e um dos encarregados da redação do documento. Ele informa que o texto deve ser finalizado até segunda (30), para ser divulgado dia 3, durante ato no Espaço Hakka, na Liberdade.

Centro - A tarefa imediata é retomar o desenvolvimento nacional, adianta o diretor técnico do Dieese. Para tanto, o manifesto vai cobrar: retomada dos investimentos estatais e privados, sobretudo em infraestrutura; destravamento de obras paradas pelo “petrolão”, que paralisa empresas e gera desemprego; ampliação do crédito às famílias; e linhas de financiamento para capital de giro, especialmente das pequenas empresas. O mais imediato, e urgente, é reaquecer o setor do petróleo e gás, com forte atuação da Petrobras.

Vídeo - Durante o ato, será exibido vídeo com depoimentos de economistas renomados, que se posicionam contra a atual política econômica e cobram o retorno do crescimento.


Entidades - O “Compromisso pelo Desenvolvimento” – que tem participação das Centrais Sindicais e de entidades empresariais como Anfavea, Sindipeças, Abit, Sinicon, entre outras – visa agregar outras entidades da sociedade ao movimento.

Agência Sindical

Confederação dos Metalúrgicos elege nova diretoria nesta segunda, 30, em Brasília

A eleição da nova diretoria da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos da Força Sindical) acontece na segunda, 30 de novembro, às 10h, em Brasília, no auditório do Kubitschek Plaza Hotel (SHN, Quadra 2, Bloco “E”, Asa Norte). Participam do processo eleitoral, por meio de Assembleia Geral Extraordinária de Eleições Sindicais, representantes das entidades filiadas à CNTM em todo o País (são nove Federações e 145 Sindicatos, que representam em torno de 1,2 milhão de trabalhadores metalúrgicos).
A chapa única é encabeçada pelo atual presidente da CNTM, Miguel Torres, também presidente da Força Sindical. Ele destaca a importância da participação da categoria metalúrgica nas ações unificadas do movimento sindical: “Queremos a retomada do crescimento econômico do Brasil, com valorização da indústria nacional e do mundo do trabalho. E a CNTM é fundamental nesta ampla luta pela geração de postos de trabalho, distribuição de renda, manutenção e ampliação dos direitos trabalhistas e sociais no País”, diz Miguel Torres.


A nova diretoria, cujo mandato vai de 1 de dezembro de 2015 a 1 de dezembro de 2019, terá a seguinte composição:

Diretoria (Efetivos)
Presidente - Miguel Eduardo Torres

Vice-Presidente - Mônica de Oliveira Lourenço Veloso

Secretário-Geral - Pedro Celso Rosa

1º Secretário-Geral - Valcir Ascari

Secretário de Finanças - Francisco Dal Prá

1º Secretário de Finanças - Carlos Albino de Rezende Júnior

Secretário de Educação Sindical - Arnaldo Woicichoski

Secretário de Assuntos Sindicais - Alfani Alves

Secretário de Relações Públicas – Delson José de Oliveira

Secretário para Assuntos Parlamentares - Carlos Cavalcante de Lacerda

Secretário de Relações Internacionais - Edison Luis Venâncio

Suplentes da Diretoria
1º Suplente Carlos Alberto Pascoal Fidalgo

2º Suplente José Pereira dos Santos

3º Suplente Paulo Roberto dos Santos Pissinini Júnior

4º Suplente Luiz Antonio da Costa Abreu

5º Suplente Sílvio José Campos

6º Suplente José Luiz Ribeiro

7º Suplente Danilo de Amorim

8º Suplente Edgard Nunes da Silva

9º Suplente Maria Rosângela Lopes

10º Suplente Valdir de Souza

11º Suplente Jorge Nazareno Rodrigues

Conselho Fiscal
1º Efetivo Aparecido Inácio da Silva

2º Efetivo Luis Antônio Visentainer

3º Efetivo Raimundo Nonato Roque de Carvalho

Suplentes do Conselho Fiscal
1º Suplente Cláudio Roberto Pereira

2º Suplente Júlio Helton Medeiros da Silva


3º Suplente Adilson Torres dos Santos


CNTM

26 de novembro de 2015

Brinde de Natal está disponível para os sócios do SINDVAS

As cestas de Natal dos sócios e sócias do Sindicato já estão disponíveis para serem retiradas na sede do SINDVAS. O brinde para os associados devem ser retirados de segunda à sexta-feira entre 9h às 17h.



A apresentação da carteirinha de sócio do Sindicato ou do RG é necessário para sacar os brindes exclusivamente com a secretária Keila. As cestas podem ser retiradas até do dia 22 de dezembro.

Trabalhadores da Vesta dizem não para contraproposta da empresa

Os trabalhadores da Vesta, fabricante de portas e janelas em PVC, da cidade de Cachoeira de Minas-MG, não aceitaram a contraproposta da empresa para o reajuste salarial de 2015.


Durante a assembleia para aprovação do não do índice, os trabalhadores decidiram por rejeitar o percentual de reajuste oferecido pela empresa que está abaixo da inflação. As negociações continuam abertas. 

Presidente do SINDVAS, Maria Rosângela Lopes, durante assembleia com
trabalhadores da Vesta

25 de novembro de 2015

Trabalhadores da Fênix aprovam PLR


Os trabalhadores da empresa Fênix de Santa Rita do Sapucaí aprovaram na tarde da última terça-feira (24) o Programa de Participação de Resultados (PLR) para o próximo exercício. A presidente do SINDVAS, Maria Rosângela Lopes, durante assembleia com os trabalhadores passou a proposta que foi colocada para aprovação ou não.


Por aclamação, os trabalhadores aprovaram o valor de R$ 1,5 mil para a PLR com fundo de reserva. 

24 de novembro de 2015

Trabalhadores da Apcom conquistam benefício


Os trabalhadores da empresa Apcom, fabricante de componentes para alto-falantes na cidade de Conceição dos Ouros-MG, conquistaram o benefício de cesta básica durante as negociações do reajuste salarial 2015.

A cesta básica na empresa era um pedido antigo do SINDVAS para os trabalhadores da Apcom e neste ano com a união da categoria foi possível essa vitória que vai ajudar em muito o orçamento familiar.

Persistência
Os trabalhadores da Apcom pressionaram a empresa a conceder o benefício durante a assembleia para a aprovação ou não do reajuste. A presidente do Sindicato, Maria Rosângela Lopes, conduziu as negociações que terminou com o direito de mensalmente cada trabalhador da Apcom receber a cesta com produtos alimentícios.

A empresa comprovou com fotos ao sindicato que o benefício já foi garantido neste mês de novembro para quem não teve falta ao trabalho.

Reajuste

Os trabalhadores aprovaram o reajuste salarial de 10,30%, sendo pagos 5% no salário de outubro 2015 e 5% sobre o salário de março de 2015 mais a cesta básica.

23 de novembro de 2015

Secretário de Relações participou da sanção da lei que institui o Programa de Proteção ao Emprego (PPE)




Carlos Lacerda, Secretário de Relações Institucionais da CNTM, participou da sanção da lei que institui o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) no dia 19 de novembro. O programa prevê a redução temporária da jornada de trabalho, com diminuição de até 30% do salário. Para isso, o governo arcará com 15% da redução salarial, usando recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
            Hoje o programa já conta com a adesão de 33 empresas, protegendo mais de 30 mil empregos. Com a sanção da lei, será afastada qualquer ação jurídica, permitindo que os sindicatos e as empresas fechem novos acordos.
            Durante o evento, Lacerda conversou com Luiz Moan, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – ANFAVEA, e Vagner Freitas, presidente da CUT, sobre o projeto de renovação da frota de carros, que tem como novidade a inclusão do polo de duas rodas (motos). Segundo a estimativa levantada pelos técnicos, apenas no primeiro ano a produção aumentará para cerca de 480 mil motos, protegendo mais de 20 mil empregos somente neste segmento.
            Lacerda aproveitou a oportunidade e convidou a presidente para o lançamento do programa de renovação da  frota no dia 03 de dezembro, em São Paulo, com a presença das Centrais Sindicais.

17 de novembro de 2015

Negros ganharam 63,7% do recebido por não negros em 2014, diz Seade

Estudo divulgado nesta terça-feira (17) pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que o rendimento médio do trabalhador negro passou a representar 63,7% do valor recebido por não negros 2014, na Região Metropolitana de São Paulo – RMSP. Em 2013, a proporção era de 65,3%.

O rendimento médio por hora dos negros é R$ 8,79, enquanto os dos não negros é de R$ 13,80. Apesar dessa piora, tais valores vêm se aproximando lentamente ao longo dos anos, uma vez que os rendimentos dos negros já chegaram a equivaler a 54,6% dos não negros,
em 2002.

De acordo com a Fundação Seade, as razões mais evidentes dessa situação residem nas diferentes estruturas ocupacionais em que esses segmentos estão inseridos, com os negros mais representados na construção e nos serviços domésticos, onde seus rendimentos são menores e, em menor proporção; nos serviços e na indústria de transformação, onde os rendimentos dos não negros são superiores.

O crescimento, entre 2013 e 2014, do rendimento por hora dos não negros (2,9%), contrapondo-se à relativa estabilidade entre os negros (0,3%), resultou no aumento da distância entre os dois valores, já que em 2013 o rendimento médio por hora dos negros correspondia a 65,3% dos não negros.

Desemprego
De acordo com o estudo, entre 2013 e 2014, a taxa de desemprego total aumentou para não negros (de 9,4% para 10,1%) e permaneceu inalterada para os negros (12,0%), reduzindo a diferença de 2,6 para 1,9 ponto porcentual.

Quanto à qualidade da inserção no trabalho, verifica-se que, na perspectiva de garantias trabalhistas e previdenciárias, os não negros encontravam-se, em 2014, em situação ligeiramente melhor do que os negros: 62,9% do total de não negros ocupados e 61,7% de negros estavam inseridos em ocupações regulamentadas (soma de assalariados no setor privado com carteira de trabalho assinada e no setor público).

No âmbito do assalariamento privado, a proporção de negros em ocupações com carteira assinada (55,2%) era maior do que a de não negros (54,2%), mas no setor público era menor (6,5% dos negros contra 8,7% dos não negros).

Assalariados
Já ao se considerarem ocupações com menor nível de regulamentação, cujos rendimentos geralmente são menores, havia, em 2014, maior representação entre os negros: 9,0% dos negros ocupados e 5,0% dos não negros eram empregados domésticos; 16,4% e 14,8%, eram trabalhadores autônomos; e 8,8% e 8,6% eram assalariados sem carteira de trabalho assinada no setor privado, respectivamente.

A distância entre as parcelas de assalariados negros e não negros no setor público, possivelmente, tem origem no fato de que cerca de metade desses ocupados possuir nível de escolaridade superior.

Explicação semelhante pode ser adotada para a menor parcela entre os negros (4,2%), do que entre os não negros (8,8%) no agregado das demais posições – que reúne empregadores, profissionais universitários autônomos e donos de negócios familiar, etc.

Neste caso, dispor de riqueza acumulada, que permita montar um negócio ou possuir nível superior de escolaridade, provavelmente, são fatores que explicam a exclusão de grande parte dos negros.


É bastante expressiva a parcela de negros como empregados domésticos. Esse segmento compõe-se de ocupações cujos requisitos de qualificação profissional dependem menos da formação escolar do que da experiência de trabalho. O emprego doméstico tem sido exercido, predominantemente, por mulheres negras, mais velhas e com baixo nível de escolaridade.

Fonte G1

Presidente do SINDVAS participa de debate que antecipa a Marcha das Mulheres Negras


A presidente do SINDVAS, Maria Rosângela Lopes, está em Brasília para participara da Marcha das Mulheres Negras que ocorre nesta quarta-feira (18) na capital federal.  Uma série de debates antecipa a marcha e a presidente tem participado dessas discussões. Na segunda-feira (16) ocorreu o seminário “Mulheres Negras Trabalhadores e a Resolução 746 do Codefat”.


A resolução inclui estatísticas raciais no sistema de emprego brasileiro, um passo importante para uma formulação de políticas públicas para combater as desigualdades do país. 

11 de novembro de 2015

Homicídios de negras aumentam quase 20% e de brancas caem 12%, diz estudo

Entre 2003 e 2013, a taxa de homicídios de mulheres negras no Brasil aumentou 19,5%, enquanto a taxa de homicídios contra mulheres brancas caiu 11,9%. Os dados são do estudo Mapa da Violência 2015 - Homicídios de Mulheres divulgado nesta segunda-feira (9) e produzido pela Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais). Em 2013 (dados mais recentes disponíveis), 7,8 mulheres negras foram assassinadas todos os dias. Em geral, a taxa de homicídios cometidos contra mulheres no Brasil cresceu 8,8% no mesmo período.

De acordo com o estudo, em 2003, a taxa de homicídios de mulheres negras no Brasil era de 4,5 para cada 100 mil habitantes. Onze anos depois, em 2013, a taxa subiu para 5,4/100 mil habitantes. Em contrapartida, as taxas de homicídios de mulheres brancas caíram de 3,6/100 mil habitantes em 2003 para 3,2/100 mil habitantes.

Para o coordenador do estudo, Julio Jacobo Waiselfisz, a discrepância entre as mortes de mulheres negras e brancas é resultado de pelo menos três fatores: terceirização da Segurança Pública, politização da temática da segurança e o racismo.

"Na prática, a população branca que tem mais recursos paga por uma segurança extra. Isso acontece nas lojas, nos shoppings para onde esse público vai. Na realidade, a população branca acaba tendo acesso a duas formas de segurança: a do Estado e a privada", explica Jacobo.

O pesquisador diz ainda que a segurança pública virou um tema muito caro aos políticos e que isso influencia a tomada de decisões dos gestores.

"Quando uma empresária branca morre em um bairro nobre, a consequência imediata é que mais policiais são deslocados para aquela área como uma forma de atender ao clamor da opinião pública. O mesmo não acontece quando uma mulher negra é morta em uma favela. Essa politização da segurança gera distorções", afirmou.

Para Jacobo, o racismo é o terceiro elemento que ajuda a explicar a diferença entre os índices de homicídios contra mulheres negras e brancas.

No Brasil, nem há tanta cordialidade e nem há a tal democracia racial que se prega. Há um coquetel onde o negro e a negra são mais visados no quesito violência. Isso se observa não apenas com relação às mulheres. Em geral, a população negra é mais afetada pela violência e isso, claro, vai atingir as mulheres.

Em relação aos dados totais da pesquisa, o estudo revela que entre os anos de 2003 e 2013 foram mortas 46.186 mulheres. Desse total, 25.637 eram negras, ou 55%. As mulheres brancas assassinadas no período foram 17,5 mil, ou 37% do total.


De acordo com o estudo da Flacso, o Estado com a maior taxa de homicídios contra mulheres negras em 2013 foi o Espírito Santo, onde o índice chegou a 11,1/100 mil.

2º Fórum São Paulo Diverso

Fórum São Paulo Diverso discute inclusão da população negra no mercado de trabalho

Evento é uma parceria da Prefeitura de São Paulo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Objetivo é reunir poder público, empresas e entidades para o desenvolvimento econômico inclusivo



O prefeito Fernando Haddad abriu nesta quinta-feira (5) a segunda edição do São Paulo Diverso – Fórum de Desenvolvimento Econômico Inclusivo, realizado no Auditório Elis Regina, no Anhembi, zona norte. O evento é uma parceria da Prefeitura com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e tem como objetivo reunir poder público, empresas e entidades para discutir medidas de inclusão da população negra no mercado de trabalho.

“O desafio agora é o mercado de trabalho. Não depende de lei contratar mais ou menos  negros. Depende da disposição dos empresários de tornar a sua empresa mais representativa do que é o Brasil. Isso vai melhorar o ambiente de negócios, vai melhorar o mercado consumidor. Vai enriquecer o país com um gesto de reparar uma dívida histórica, promovendo igualdade”, afirmou Haddad.

Durante o evento, mesas de discussão abordaram avanços e perspectivas de ações afirmativas, com temas como educação e capacitação, estratégias de recrutamento, legislação e empreendedorismo. Entre os debatedores estavam executivos de grandes empresas, como Theo Van der Loo, presidente da Bayer, Rodney Willians, vice-presidente da Microsoft, e Ricardo Vellutini, presidente da Dupont. A programação completa está disponível no portal São Paulo Diverso.

“É uma ação que está sendo referência na América Latina e no mundo, porque é a uma parceria público-privada pela inclusão, pela luta pela desigualdade. Hoje vamos trocar informações e ver como podemos avançar ainda mais”, disse o secretário Maurício Pestana (Promoção da Igualdade Racial).

O tema da segunda edição do fórum foi “Investindo na igualdade de oportunidades para descobrir talentos”. A ideia é fomentar a ampliação da oferta de empregos e a criação de novos negócios entre a população afrodescendente. De acordo com o relatório “Igualdade Racial em São Paulo: Avanços e Desafios”, que utiliza dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os afrodescendentes constituem 37% da população do município de São Paulo. No mercado de trabalho, a taxa de desocupação é de 6,3% entre brancos e 9,1% entre negros. Para mulheres negras, essa taxa era ainda maior: 11,3%. No mesmo ano, o rendimento médio de homens brancos era mais que o dobro do que o de homens negros, enquanto mulheres brancas ganhavam quase três vezes mais que as afrodescendentes.

Para Judith Morrison, da Divisão de Gênero e Diversidade do BID, o encontro é importante para sistematizar ações e avaliar resultados. “Entre 2012 e 2014 nós investimos mais de US$ 125 milhões em atividades para promover a igualdade racial e um conceito que nós chamamos de desenvolvimento com identidade, com etnicidade e protagonismo das comunidades. Isso representa quase 12% da carteira da instituição. Por isso é importante saber quais práticas funcionam e quais os resultados”, explicou Morrison.

Na programação, o secretário Artur Henrique (Trabalho, Desenvolvimento e Empreendedorismo) integrou a mesa sobre legislação e inclusão da população negra. Também acompanharam a abertura do fórum o ministro Ronaldo Barros (Igualdade Racial) e os secretários municipais Eduardo Suplicy (Direitos Humanos e Cidadania) e Denise Motta Dau (Políticas para as Mulheres).

Créditos das Fotos: Fábio Arantes/ Secom