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25 de junho de 2015

Deputados aprovam reajuste maior para os aposentados

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem, por 206 votos a favor e 179 contra, reajuste maior para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que ganham acima do salário mínimo.

A vitória para os beneficiários da Previdência Social veio através de uma emenda à medida provisória 672, que uniu propostas de três deputados, garantindo aos benefícios acima do piso a mesma regra de reajuste aplicada ao mínimo atualmente.

O aumento considera a inflação do ano anterior, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), mais o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma das riquezas do país) de dois anos antes.

Para 2016, porém, o reajuste acima da inflação será bem pequeno, já que o país cresceu só 0,1% em 2014.

A aprovação foi comemorada pelas centrais sindicais, por ser uma bandeira antiga. “O mais importante é que é uma regra clara, uma fórmula justa’’, disse Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Para Ricardo Patah, da UGT (União Geral dos Trabalhadores), a aprovação é bem-vinda. “Participamos da construção da fórmula e sempre pedíamos que se estendesse a todos os aposentados.”

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), autor de uma das emendas que dá o reajuste maior às aposentadorias, destacou a segunda vitória sobre o governo neste ano, já que foi ele o responsável pela fórmula 85/95. ‘’Já estamos trabalhando no Senado pela aprovação’’, disse.

Os deputados também aprovaram, por 287 votos a favor e 12 contrários, a manutenção da fórmula de reajuste do mínimo até 2019.

Cálculo do aumento anual
O que foi definido
Até 2019, o salário mínimo continuará sendo reajustado com a inflação mais o crescimento do país Essa fórmula já é utilizada hoje.

A mesma regra de aumento do mínimo também será aplicada nas aposentadorias do INSS. Ou seja, os benefícios acima do salário mínimo terão o mesmo aumento do piso.

Fórmula aprovada para o reajuste do salário mínimo e de todas as aposentadorias

O reajuste do salário mínimo considera:
A inflação do ano anterior + o crescimento do país de dois anos antes, medido pela variação do PIB (Produto Interno Bruto).

No ano que vem
Qual deve ser o índice de reajuste do salário mínimo e das aposentadorias.

9% previsão da inflação para 2015 + 0,1% crescimento do país em 2014 = 9,109%

Esse índice ainda pode mudar, pois dependerá de quanto será a inflação fechada neste ano, medida pelo INPC.

Qual deve ser o valor do salário mínimo e do piso das aposentadorias.

O salário mínimo e o piso das aposentadorias do INSS deverão subir dos atuais R$ 788 neste ano, para R$ 859,78 no ano que vem.

Para as aposentadorias acima do salário mínimo
Aposentadoria neste ano (em R$)
Aposentadoria no ano que vem (em R$) com o reajuste de 9,1%
1.000
1.091
2.000
2.182
3.000
3.273
4.000
4.364
4.663,75
5.088,57

OBSERVAÇÃO: as simulações não consideram o desconto do Imposto de Renda. Os valores finais ainda dependem do índice de inflação deste ano

Aumento pequeno em 2016
No ano que vem, o reajuste acima da inflação para as aposentadorias e para o salário mínimo será pequeno.

O crescimento do país registrado em 2014 foi de apenas 0,1%

Ou seja, o aumento acima da inflação será de apenas 0,1%


Agora SP

24 de junho de 2015

Número de demissões é maior do que contratações em Conceição dos Ouros

A cidade de Conceição dos Ouros registrou mais fechamento de vagas do que de abertura de empregos com carteira assinada entre as três cidades que fazem parte da base territorial do SINDVAS no mês de maio. Santa Rita do Sapucaí e Cachoeira de Minas registram no mesmo período mais contratações do que demissões.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do trabalho, apontam que no período ocorreram 141 demissões na cidade de Conceição dos Ouros enquanto 56 pessoas foram contratadas. Dentre as demissões registradas, 124 foram na indústria de transformação.
A indústria de transformação de Santa Rita do Sapucaí também demitiu mais do que contratou em maio. Foram 256 demissões e 208 contratações, porém o mês fechou positivamente puxado pelo setor agropecuário que contratou quatro vezes mais do que demitiu. No total apurado, foram 551 contratações com carteira assinada e 448 demissões em Santa Rita.


Na cidade de Cachoeira de Minas foram registradas 36 admissões e 28 desligados no mês de maio.



23 de junho de 2015

Ford para produção de caminhões por dez dias

A Ford vai parar a produção de caminhões por dez dias na fábrica de São Bernardo do Campo (ABC), deixando cerca de 800 trabalhadores afastados.

A medida acontecerá por meio de "day-off", em que os dias não trabalhados são descontados do banco de horas dos funcionários.

Os metalúrgicos foram afastados ontem e retornam ao trabalho no dia 1º de julho. Na sexta-feira, além dos caminhões, a montadora vai parar a produção de carros.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, são aproximadamente 1.800 trabalhadores que emendarão o final de semana.


Agora

18 de junho de 2015

Veja a íntegra da MP (Medida Provisória) 676

MEDIDA PROVISÓRIA 676, DE 17 DE JUNHO DE 2015

Altera a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:
Art. 1o A Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário, no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for:

I - igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta e cinco anos; ou
II - igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta anos.
§ 1º As somas de idade e de tempo de contribuição previstas no caput serão majoradas em um ponto em:
I - 1º de janeiro de 2017;
II - 1º de janeiro de 2019;
III - 1º de janeiro de 2020;
IV - 1º de janeiro de 2021; e
V - 1º de janeiro de 2022.

§ 2º Para efeito de aplicação do disposto no caput e no § 1º, serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio."

(NR) Art. 2º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.
(*) Jornalista e assessor legislativo do Diap

Nota da Força Sindical sobre veto à fórmula 85/95

“Ao vetar a fórmula 85/95, que havia sido aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, o governo demonstra sua total insensibilidade social, e mais uma vez perde uma ótima oportunidade de ampliar os direitos dos trabalhadores. A fórmula 85/95, como alternativa ao Fator Previdenciário, não penalizaria tanto os trabalhadores na hora de se aposentar. Vetar a fórmula 85/95 é uma injustiça social.

O governo, que foi eleito prometendo uma melhor distribuição de renda e manter os direitos trabalhistas e previdenciários, não cumpre, ao barrar a instituição da fórmula 85/95, suas promessas de campanha. Ou seja: mais uma vez o governo vira as costas para as demandas e anseios dos trabalhadores.

Estranhamente o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, que até pouco tempo defendia a fórmula 85/95 como uma alternativa para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores ao se aposentarem, passou a criticá-la, fazendo terrorismo com os números da instituição previdenciária, insinuando inverdades sobre as aposentadorias e as pensões.

A Força Sindical, que há anos defende uma alternativa ao Fator Previdenciário, realizou atos, promoveu vigílias em Brasília e vai continuar e intensificar as mobilizações e lutas, inclusive no Congresso Nacional, trabalhando arduamente para derrubar o veto presidencial, que será apreciado em breve”.


Miguel Torres
Presidente da Força Sindical

Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos 

17 de junho de 2015

Dilma sanciona com vetos lei que altera regras do seguro-desemprego

A presidente Dilma Rousseff sancionou, com vetos, a lei que torna mais rígidos os critérios de acesso ao seguro-desemprego, seguro-defeso e abono salarial. A sanção foi publicada hoje (17) no Diário Oficial da União e a lei entra em vigor imediatamente.

A medida faz parte do ajuste fiscal e o governo espera economizar com a redução da concessão de benefícios trabalhistas.

Com a lei, o trabalhador poderá pedir o seguro-desemprego, pela primeira vez, se tiver trabalhado por pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses anteriores à demissão. Antes, o período mínimo exigido era de seis meses. Nos casos em que o trabalhador tiver acessando o seguro pela segunda vez, o prazo de carência será de nove meses. Nos casos em que o acesso se der pela terceira vez, o trabalhador terá de comprovar ter trabalhado por pelo menos seis meses para receber o seguro.

A presidente vetou dois pontos do texto aprovado pelo Congresso Nacional, entre eles o que trata do seguro-desemprego para o trabalhador rural. Dilma vetou o Artigo 4°, segundo o qual teria direito ao beneficio o trabalhador rural dispensado sem justa causa que comprovasse ter recebido salários relativos a cada um dos seis meses imediatamente anteriores à data de dispensa; ou ter sido empregado de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada durante pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses e não ter exercido atividade remunerada fora do meio rural no período aquisitivo, entre outras regras.

O motivo do veto, segundo Dilma, é que a medida resultaria em critérios mais restritivos para o trabalhador do campo, com “quebra de isonomia em relação ao trabalhador urbano”.

O outro veto está relacionado à concessão do abono salarial. A presidente vetou a exigência de pelo menos 90 dias trabalhados no ano-base para ter direito ao benefício. A regra tinha sido incluída pelo governo e os senadores concordaram em mantê-la no texto para não atrasar a votação, diante do compromisso de Dilma em vetar a mudança de prazo na sanção.

Com o veto, fica mantida a regra atual, que garante o pagamento do abono para quem trabalhar por pelo menos 30 dias no ano-base com carteira assinada e tiver recebido até dois salários mínimos. O abono equivale a um salário mínimo.

Na mensagem de veto, Dilma explica que a retirada do trecho foi negociada com o Congresso Nacional e diz que a eventual mudança no abono será analisada pelo Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social, criado pelo governo em abril.

A lei também trata do acesso ao seguro-defeso. O pescador profissional terá que comprovar ter trabalhado por um ano para ter acesso ao benefício. 

Luana Lourenço-Agência Brasil

Metalúrgicos participam da vigília em Brasília pela sanção da fórmula 85/95

Dirigentes sindicais e ativistas da Força Sindical e as demais centrais (CUT, UGT, CTB, Nova Central, CSB e CGTB) iniciaram na terça-feira, 16 de junho, a “Vigília contra o veto presidencial à fórmula 85/95”, que foi aprovada no Congresso Nacional e representa uma alternativa ao Fator Previdenciário, que só serviu para reduzir as aposentadorias.

O ponto de encontro foi em frente à Catedral Metropolitana de Brasília, de onde os manifestantes seguiram até o Palácio do Governo. A vigília durou a noite toda e será encerrada nesta quarta-feira, por volta das 10 horas. Vale lembrar que expira hoje, 17 de junho, o prazo para sanção ou veto presidencial à fórmula 85/95.

“Vamos tentar ‘iluminar’ a presidente da República para que ela, em vez de vetar, sancione a fórmula 85/95, evitando, assim, que gerações e gerações recebam aposentadorias achatadas em até 40%”, declara Miguel Torres, presidente da Força Sindical e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos).


Dirigentes metalúrgicos: 

Vários dirigentes metalúrgicos ligados à CNTM estão presentes à mobilização.

“Em 1999, o País uma vivia um momento delicado com a previdência e a saída encontrada foi o Fator Previdenciário. O momento é outro hoje e vários trabalhadores têm sido penalizados com a não integralidade da sua aposentadoria. Os que quiserem receber mais têm que trabalhador muito mais. Hoje é possível sancionar a fórmula 85/95 e tornar o processo de aposentadoria menos desigual”, afirmou a presidente do SINDVAS (Sindicato dos Metalúrgicos do Vale do Sapucaí/MG), Maria Rosângela Lopes.

Josete Machado Filho (Pepe), diretor dos metalúrgicos de Guarulhos, afirma: “O mecanismo 85/95 já foi aprovado no Congresso. Vamos pressionar para que a presidente Dilma sancione”.

Para João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, se a presidente Dilma vetar a fórmula 85/95 será um erro. “Primeiro por desconsiderar decisão já tomada pelo Congresso Nacional. Segundo por não levar em conta a reivindicação do sindicalismo”.


Dirigentes encontram-se com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para debater a fórmula 85/95, alternativa ao Fator Previdenciário. O encontro aconteceu no gabinete da presidência do Senado.


CNTM

15 de junho de 2015

Maria Rosângela Lopes participa de vigília contra veto a fórmula 85/95

A presidente do SINDVAS, Maria Rosângela Lopes, viaja nesta segunda-feira (15) à Brasília onde participa da “Vigília no Palácio do Planalto contra o veto presidencial a formula 85/95”. Essa fórmula, aprovado no Congresso, representa uma alternativa ao Fator Previdenciário instituído em 1999 que reduz o valor das aposentadorias fazendo com que o trabalhador se aposenta mais tarde.

Na análise da presidente do Sindicato, “o Brasil passa por um momento em que temos que constantemente reafirmar os nossos direitos”, por isso ela acredita que a Vigília no Palácio do Planalto é importante para que a presidente Dilma Rousseff escute a voz dos representantes dos trabalhadores. “Quisera todos os trabalhadores pudessem estar presentes”, comentou Maria Rosângela Lopes.

A concentração, de acordo com dados da Força Sindical, deve reunir por volta de mil pessoas, em frente à Catedral Metropolitana de Brasília de onde os sindicalistas partem em passeata até o Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff tem até o dia 17 para decidir se veta ou não a fórmula 85/95.

“Em 1999, o país uma vivia um momento delicado com a previdência e a saída encontrada foi o Fator Previdenciário. O momento é outro hoje e vários trabalhadores têm sido penalizados com a não integralidade da sua aposentadoria. Os que quiserem receber mais têm que trabalhador muito mais. Hoje é possível sancionar a fórmula 85/95 e tornar o processo de aposentadoria menos desigual”, afirmou a presidente do SINDVAS.

12 de junho de 2015

Diga não ao trabalho infantil


O Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil foi instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2002 quando foi apresentado o primeiro relatório global sobre o tema. A sociedade é chamada a se mobilizar contra o trabalho infantil a cada dia 12 de junho desde então. Em 2015, os trabalhadores, empregadores e governo são levados a discutir sobre o tema “não ao trabalho infantil e sim à educação de qualidade”.

De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho, mais de 3 milhões de crianças e adolescentes no Brasil estão trabalhando e 258 mil estão no trabalho doméstico que é considerado uma das piores formas de trabalho infantil. Somente no estado de Minas Gerais são instaurados pelo Ministério Público do Trabalho, em média, 200 inquéritos por ano, para investigar denúncias de exploração de trabalho infantil.

A lista TIP (das piores formas de trabalho infantil) diz que o trabalho doméstico submete o trabalhador a riscos ocupacionais como esforços físicos, isolamento, abuso físicos intensos, trabalho noturno, calor, exposição ao fogo, movimentos repetitivos e vários outros perigos à saúde que se são combatidos em relação ao trabalhador adulto muito mais quando se trata de uma criança.

Quando se fala em trabalho infantil é preciso desmistificar argumentos que estão enraizados na sociedade como senso comum. Um deles diz que ‘é preferível que a criança trabalhe ao invés de roubar’. O roubo e qualquer ato infracional ou criminoso não deve ser encarado pela comunidade como uma opção. A criança tem o direito a ser protegida, portando não é dela á função de proteger e assegurar o sustento de uma família e sim ao contrário, é da família esse dever.

A mudança desse senso comum na sociedade pode ser lenta, mas não deve ser motivo para que nos conformemos com a situação e fechemos os olhos para 3 milhões de crianças e adolescentes no Brasil.

Há um tempo para cada etapa da vida. Existe o tempo de ser criança e o tempo de ser adulto. A elas é o tempo do lúdico, das brincadeiras, do aprendizado, da proteção e das descobertas. Se quisermos ter um país melhor com certeza temos cuidar melhor das crianças e da qualidade de ensino que é ofertada a elas.


Maria Rosângela Lopes
Presidente do SINDVAS


10 de junho de 2015

Vigília

A Força Sindical promoverá no próximo dia 16 de junho, uma “Vigília no Palácio da Alvorada (Residência Oficial da Presidente Dilma) contra o veto do Fator Previdenciário” partir das 17h.


Dirigente sindical discriminado em matadouro será reintegrado e indenizado por danos morais

Um lombador pediu na Justiça do Trabalho a anulação da sua dispensa por justa causa, sob duplo fundamento: Primeiro, porque seria detentor da estabilidade sindical e, portanto, só poderia ser dispensado após instauração de inquérito judicial para apuração de falta grave. Segundo, porque não teria praticado qualquer falta grave. O empregador, um matadouro, se defendeu, alegando prática de ato de indisciplina e insubordinação.

Examinando o caso, a juíza Anielly Varnier Comério Menezes Silva, em sua atuação na 3ª Vara do Trabalho de Governador Valadares, entendeu que o lombador estava com a razão. Ela constatou que o empregado, de fato, tinha direito à estabilidade sindical, uma vez que foi comprovada a eleição e posse dele como suplente da diretoria do SINTINA, com a devida comunicação à empregadora do registro da candidatura e da eleição, no prazo legal. Como verificado pela magistrada, foi observada a limitação da estabilidade provisória a sete dirigentes sindicais e, em igual número, aos suplentes, como previsto na Súmula 369, II, do TST. Ademais, após a dispensa por justa causa, o lombador assumiu o cargo efetivo de dirigente sindical. E, não bastasse, a própria empregadora agiu de forma a considerar a efetiva representatividade sindical do trabalhador, chegando a lhe conceder licença remunerada para prestação de serviços ao Sindicato. Nesse cenário, a julgadora concluiu que o lombador era detentor da estabilidade provisória e, assim sendo, só poderia ser dispensado por falta grave mediante prévio inquérito judicial (Súmula 379/TST).

Mas esse requisito básico não foi observado para a dispensa do empregado, já que a justa causa ocorreu sem a devida apuração da falta grave por inquérito judicial. E a esse fato a magistrada acrescentou que também não ficou demonstrado qualquer ato de indisciplina e insubordinação na discussão que teve na empresa com o encarregado. Assim, a juíza concluiu pela nulidade da dispensa e determinou a imediata reintegração do trabalhador ao emprego em 24 horas, ratificando a tutela antecipada concedida, nas mesmas condições de trabalho desempenhadas anteriormente à dispensa, inclusive no mesmo local (Governador Valadares), com idênticas funções (lombador) e remuneração, sob pena de multa diária aumentada para R$1.000,00, até que fosse cumprida a decisão. Determinou ainda o pagamento dos salários vencidos e vincendos até a reintegração.

Conforme destacou a magistrada, a decisão que já havia antecipado a tutela não foi devidamente cumprida pela empregadora, já que a empresa, com evidente intuito retaliatório, reintegrou o empregado em local diferente do anterior, a fim de inviabilizar o acesso ao trabalho. Por isso, ela também determinou a incidência da multa diária fixada naquela decisão, desde a data em que ficou inviável a prestação de serviços em decorrência da reintegração irregular, até a data da sentença, em que se fixou nova multa em caso de descumprimento da obrigação de fazer.

Por fim, a magistrada também concedeu ao trabalhador uma indenização por danos morais. Isso porque, como esclareceu, ficou evidente a conduta abusiva da empresa ao pretender, na realidade, impedir o empregado de exercer os direitos inerentes à condição de representante sindical. Como apurado pela juíza, houve tratamento discriminatório em relação a ele, já que os demais envolvidos na discussão ocorrida na empresa foram dispensados sem qualquer aplicação de justa causa. Na visão da magistrada, a imputação de falta grave de forma irresponsável e deliberada, com evidentes repercussões na vida profissional e sindical do empregado, enseja a devida reparação por danos morais.

"O exercício do direito à associação sindical é assegurado ao trabalhador, de forma ampla e irrestrita, como preceito fundamental da ordem constitucional brasileira, compondo os direitos sociais previstos no art. 8º da CR/88, sendo também reconhecido pela Organização Internacional do Trabalho, Convenção nº 98, ratificada pelo Brasil em 18/11/1952, que dispõe sobre o direito de sindicalização e de negociação coletiva. Nesse contexto, qualquer atitude do empregador que importe violação ou restrição desse direito configura abuso de direito passível de reparação", fundamentou a juíza, arbitrando a indenização em R$6.000,00. Houve recurso, mas a decisão foi mantida pelo TRT mineiro. As empresas interpuseram Agravo de Instrumento em Recurso de Revista, ainda pendente de julgamento.

Secretaria de Comunicação Social
Seção de Imprensa e Divulgação Interna

TRT 3

9 de junho de 2015

Governo anuncia plano de concessões de R$ 198,4 bilhões

O governo federal anunciou na manhã desta terça-feira (9) o novo plano de concessões de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias. O pacote prevê investimentos de R$ 198,4 bilhões, sendo R$ 69,2 bilhões entre 2015 e 2018 e R$ 129,2 bilhões a partir de 2019.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, abriu o discurso que detalhou o plano afirmando que "é crucial aumentar a produtividade", para que os trabalhadores possam ter salário maiores sem pressionar a inflação.  Na sequência, ele disse que para isso se concretizar "é fundamental aumentar a taxa de investimento no Brasil".

"O primeiro passo é garantir a estabilidade macroeconômica", pontuou Barbosa. "Também é necessário haver um ambiente de previsibilidade regulatória, que torne os investimentos mais atrativos para o capital privado”, acrescentou o ministro. "É preciso também uma maior participação do capital privado."

Os investimentos do plano de concessões deverão ser divididos da seguinte forma: R$ 86,4 bilhões irão para ferrovias, R$ 66,1 bilhões serão investidos em rodovias, R$ 37,4 bilhões colocados em portos e R$ 8,5 bilhões, em aeroportos.



Band

8 de junho de 2015

Produção de veículos no Brasil retorna ao nível de 2005, diz Anfavea

A produção de veículos no Brasil caiu 25,3% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2014, segundo números divulgados pela associação de fabricantes (Anfavea) nesta segunda-feira (8).
Foram montadas 210,1 mil unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Em abril, o montante chegou a 217,6 mil, o que resulta em uma queda de 3,4%.

"Com este nível de produção retornamos ao ano de 2005, com um destaque extremamente negativo, a produção de caminhões, que retorna a maio de 1999. Já conferi este número 3 vezes", afirma Luiz Moan, presidente da Anfavea.

Em maio de 2005, a produção de veículos estava em 207.369 unidades, enquanto a de caminhões, em 1999, era de 4.754 unidades.

"Nós tivemos um mês de maio com vendas bastante aquém das nossas previsões", acrescenta Moan.

Acumulado tem baixa de 19,1%
De janeiro a maio, o setor apresenta um encolhimento de 19,1%, com 1,09 milhão de unidades produzidas, ante 1,35 milhão no mesmo período do ano passado.

O recuo na produção foi mais sentido entre caminhões, com volume 51,4% menor que em 2014 e apenas 6.169 unidades. Já as fábricas de ônibus reduziram o ritmo em 31,6%, para 2.319 chassis montados.

Os números acompanham a queda de 27,5% nos licenciamentos de veículos em relação a maio de 2014 e de 3% sobre abril. Foram emplacadas 212,7 mil unidades no mês passado. A queda no acumulado do ano é de 20,9%, segundo dados do Denatran.

25 mil trabalhadores em casa
O emprego também é afetado pela crise nas vendas. Em maio de 2014, 152,3 mil pessoas trabalhavam na indústria. Depois de 1 ano, o montante caiu para 138,2 mil – uma queda de 9,2%.

Além das demissões, atualmente cerca de 25 mil empregados ligados a montadoras estão de férias coletivas, com suspensão de contratos de trabalho (lay-off) ou de licença remunerada.

"Temos, sem dúvida nenhuma, um excedente de pessoal nas nossas fábricas. O nível de emprego é equivalente ao de 2010 e 2011, enquanto o nível de produção é de 2006 e 2007. No entanto, nenhuma das nossas empresas gostaria de perder mão de obra qualificada, que é fruto de investimentos, por isto vem buscando todos os mecanismos possíveis para manter os empregos", afirmou Moan.

Exportações em alta
As exportações registraram o único sinal de retomada para a indústria. Foram 40,7 mil unidades em maio, o que representa uma alta de 41,7% sobre abril e de 16,5% ante maio de 2014. "É um valor que não atendíamos desde o final de 2013", afirmou Moan.

Recentemente, o governo brasileiro renovou o acordo automotivo com o México, o que ajudou a levantar os números. Além disso, Moan apontou a desvalorização do real e o crescimento do mercado interno mexicano como fatores importantes no processo.

Previsões revistas
A Anfavea manteve as previsões para exportações, mas revisou a expectativa para produção e vendas em 2015. Agora a estimativa é de queda de 20,6% nos licenciamentos de automóveis e de 17,8% na produção nacional.
"Temos claramente um ajuste fiscal que ainda não foi concluído, o que impacta bastante a confiança do investidor e do consumidor. Por isto, decidimos fazer essas revisões das previsões", explicou Moan.


G1


3 de junho de 2015

Comunicado


O SINDVAS comunica que não terá expediente aberto ao público nos dias 04 e 05 de junho (quinta e sexta-feira) devido ao feriado de Corpus Christi. 

Desocupação vai a 8% no trimestre encerrado em abril de 2015

A taxa de desocupação no trimestre móvel encerrado em abril de 2015 foi estimada em 8,0% para o Brasil, ficando acima da taxa do mesmo trimestre do ano anterior (7,1%) e superando, também, a do trimestre encerrado em janeiro de 2015 (6,8%). Já o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 1.855) ficou estável frente ao trimestre de novembro a janeiro de 2015 (R$ 1.864) e em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 1.862).

A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos para o trimestre encerrado em abril (R$ 165,5 bilhões) também não apresentou variação estatisticamente significativa em ambos os períodos de comparação.


IBGE

2 de junho de 2015

Metalúrgicos protestam contra juros altos e desemprego

Dirigentes e ativistas metalúrgicos participaram do protesto da Força Sindical, juntamente com outras centrais sindicais e movimentos sociais, nesta terça-feira (dia 2), contra os juros altos e o desemprego. Os manifestantes se concentraram a partir das 10 horas, na porta do prédio do Banco Central, na avenida Paulista, 1.804, em São Paulo.

As centrais sindicais Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, CTB, CSB e CGTB realizaram, hoje (dia 2), em frente ao Banco Central, em São Paulo, protesto contra os juros altos e uma de suas consequências mais prejudiciais aos trabalhadores, que é o desemprego. “Realizamos este ato para tentar sensibilizar os integrantes do Copom (Comitê de Política Monetária) a iniciar um novo ciclo, de reduzir a taxa Selic em vez de aumentá-la, como está previsto”, afirma Miguel Torres, presidente da Força Sindical e CNTM. 

Além de São Paulo, onde compareceram cerca de 3, 5 mil pessoas, os sindicalistas realizaram, ainda, protestos em Brasília, Salvador e Goiânia na data de hoje, início da reunião do Copom para decidir, amanhã (dia 3), a nova Selic (taxa básica de juros).

“A taxa Selic está nas alturas. É um absurdo esta política adotada pelo governo de elevar a taxa de juros e provocar a recessão”, diz Miguel. Segundo ele, a cada aumento nos juros cresce o número de desempregados e são reduzidos os investimentos e financiamentos para a produção. “A recessão não é a solução. Precisamos manter as Centrais unidas e defender a Pauta Trabalhista”, destaca. 

O deputado Paulo Pereira da Silva, Paulinho, (Solidariedade-SP), destaca a importância de lutar contra os juros altos, que dificultam muito o incremento da produção e da geração de novos empregos.

Para contrapor à crise econômica, João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central, ressalta a importância de “lutarmos pela jornada de 40 horas semanais de trabalho, pela recomposição do poder de compra dos aposentados e por salários dignos”.

Sergio Luiz Leite, Serginho, 1º secretário da Central, afirma que a conta da crise não pode recair sobre os trabalhadores. “Vamos dizer não ao governo, que transfere os recursos obtidos pelo aumento dos juros para as contas dos banqueiros.”


Para Carlos Andreu Ortiz, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, “o aprofundamento da crise econômica, uma das consequências dos juros altos, reduz ainda mais os ganhos dos aposentados”.


Força Sindical 

1 de junho de 2015

Centrais e movimentos sindicais farão nesta terça, 2 de junho, ato contra juros e desemprego

A Força Sindical, as demais Centrais e movimentos sociais realizarão neste terça-feira, 2 de junho, às 10 horas, em frente à sede do Banco Central, em São Paulo, um protesto contra os juros altos. 

O ato será realizado no dia em que começa a 4ª reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) em 2015 para decidir se aumenta, diminui ou mantém a taxa básica de Juros, Selic, que funciona como referência para as demais taxas de juros da economia.

O presidente da Força Sindical e da CNTM, Miguel Torres, enfatiza que juros altos inibem o consumo, a produção e a geração de empregos. “O crescimento do desemprego muito nos preocupa, e o governo deve subir mais ainda a taxa de juros, que já está em um patamar proibitivo”, alerta.

A expectativa é a de que o Copom aumente os juros mais uma vez, mantendo o ritmo do aperto monetário. Hoje a taxa está em 13,25%, resultado do reajuste para cima de 0,5 ponto percentual da última reunião do Copom, nos dias 28 e 29 de abril. “O aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção, no consumo e aumento do desemprego”, afirma o presidente da Força Sindical.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), feita pelo Seade e pelo Dieese, mostra que a taxa de desemprego na região metropolitana da Grande São Paulo aumentou pelo terceiro mês consecutivo, ao passar de 11,4%, em março, para os atuais 12,4%. Em abril, o contingente de desempregados na região foi estimado em 1.367 milhão de pessoas, 121 mil a mais do que no mês anterior.

Preocupados com o aumento do desemprego, Sindicatos, Federações e Confederações associadas à Força Sindical estão mobilizando os trabalhadores nas bases para intensificar a luta contra os juros altos. “Lutamos, também, pelo crescimento da economia para gerar mais empregos”, diz João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central.

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