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30 de setembro de 2014

LC Eletrônica investe em novas fábricas no Sul de Minas Gerais

A fabricação de display de cristal líquido dá mais visibilidade à LC Eletrônica, mas vende menos, de acordo com o presidente Marcelo Soares Minhós. Já a produção de cartões de ônibus tem um volume de produção maior, mas possui menos clientes. “E os chips de cartão têm um volume absurdo, mas com pouquíssimos clientes”. Só que o somatório desses três produtos constituem o carro-chefe da empresa em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais. “Chegamos a ter crescimento de 70% a 80% durante seis a sete anos”, conta o engenheiro mecânico, que, neste ano, deve faturar R$ 60 milhões com a LC. Tamanho otimismo se baseia na demanda dos produtos da LC. Em 2004, quando a empresa foi aberta, ela fazia 3.000 cartões por mês e 300 displays de cristal líquido por dia. Hoje, são 700 mil cartões. “E estamos com demanda para dobrar o número de cartões”, conta. O encapsulamento do chip está, em média, em 4 milhões de unidades por mês.

E, para continuar crescendo, a LC Eletrônica tem mantido os investimentos. Se, neste ano, os aportes em equipamentos de produção foram baixos, foi por causa da construção de uma nova fábrica para fazer chips, que demandou R$ 2 milhões. “Sem contar a parte de painel solar, nós vamos ter que investir mais ou menos € 1 milhão para comprar mais máquinas”, calcula o empresário.

Isso porque está nos planos da LC a exportação para Chile e Estados Unidos. “Vamos precisar aumentar a capacidade”, explica.

A outra planta, para a fabricação de painel solar, requer R$ 200 milhões. São painéis solares de geração de energia para empresas do setor elétrico fazerem as chamadas “fazendas solares”. “Você vende a energia gerada para concessionárias, dentro do Brasil”, explica Minhós sobre a diversificação do negócio.

E a LC Eletrônica já tem clientes para a compra de painéis solares, um produto complexo na análise do empresário. Eles têm o tamanho de 1,20 x 70 cm e, na previsão de Minhós, começam a ser produzidos no ano que vem. “Acabamos de construir uma fábrica (de painel solar) e vamos ter que construir outra”, afirma o executivo.

A confiança de Minhós se ampara num Arranjo Produtivo Local de Eletrônica, que, de acordo com Minhós, só tem em Santa Rita do Sapucaí. “Aqui, a maioria das empresas é nacional. A diferença é que todo mundo daqui tem o mesmo problema, que é arrumar financiamento. Se todas as empresas daqui estão pagando a conta, os bancos gostam de emprestar para cá”, conclui.


Exportação

Argentina. A LC Eletrônica vai exportar um total de 400 mil peças de cartões para a Argentina. O primeiro lote já foi enviado. A meta, de acordo com Marcelo Minhós, é exportar para a Europa.

Fonte O Tempo

29 de setembro de 2014

Categoria tem ganho real nos salários em Santa Rita do Sapucaí


Uma negociação direta entre a presidência do SINDVAS e a presidência do SINDVEL, fato que nunca tinha acontecido na gestão atual do SINDVEL porque o Sindicato negociava com comissões de empresários, assegurou ganho real aos trabalhadores da categoria em Santa Rita do Sapucaí.

Enquanto muitos trabalhadores estão perdendo os empregos, entrando em programas de demissão voluntária, em suspensão temporária de contrato de trabalho - chamado de lay off- e até negociando o parcelamento do reajuste, em Santa Rita a realidade está diferente.

O SINDVAS há anos realiza negociações salariais com as reivindicações dos trabalhadores e os dados do mercado. Essa seriedade traz ao Sindicato firmeza em todos os pedidos defendidos pela categoria levando em conta a valorização salarial e também a social dos trabalhadores com dignidade, direitos e cidadania.

Esses pedidos são repetidos negociação após negociação e neste ano houve resultado positivos de valorização para ambos os lados: trabalhadores e patrão que reconheceu a necessidade de valorizar o trabalhador.

O presidente do Sindvel, Roberto de Souza Pinto, diferente dos outros anos, negociou pessoalmente com o SINDVAS cada item da Convenção Coletiva de Trabalho e se mostrou aberto a todos as reivindicações e projetos levantados pelos trabalhadores na assembleia geral da categoria.

O sucesso da campanha deste ano com o tema “Nem só de pão vive o trabalhador” é devido aos anos de mobilização do SINDVAS. Os trabalhadores de Santa Rita do Sapucaí se mantiveram unidos desde a última campanha, quando o Sindicato disse que “produto de ponta com salário que não paga a conta”. Essa integração resultou na negociação ágil em 2014 e com ganho real para toda a categoria.

As incertezas que rondam o mercado, a inflação alta e o desaquecimento da indústria são fatores que poderiam ter levado ao atraso da negociação, mas o que se viu neste ano foi uma postura firme do Sindicato quanto ao ganho real para os trabalhadores e o entendimento e sensibilidades dos empresários de que é preciso valorizar o trabalhador e garantir a produtividade do Vale da Eletrônica.


Reajuste
Na assembleia geral da categoria ficou acertado que o Sindicato não poderia fechar o reajuste inferior a 7% já que a inflação está acumulada em 6,06%. Esses números foram postos na mesa de negociação para o presidente do Sindvel, Roberto de Souza Pinto junto com um estudo dos últimos dez anos de negociação salarial.

A presidente do SINDVAS, Maria Rosângela Lopes, apontou que a crise econômica tem atingido vários setores da econômica e com menor pressão nas indústrias de tecnologia de ponta como é o caso de Santa Rita. Isso não significa que a instabilidade do mercado neste ano de 2014 não tenha refletido no Vale da Eletrônica, mas que essa crise não é gigantesca.

O presidente do SINDVEL se mostrou comprometido com os pontos apresentados pelo Sindicato e atendeu a solicitação de ganho real, apontando que cabe ao empresário a valorização para não perder o trabalhador para o mercado.

O reajuste fechado oficialmente ficou em 9% para a primeira faixa de piso salarial (empresas até 120 trabalhadores) e 8% para o segundo piso salarial (empresas com mais de 120 trabalhadores) e para os demais trabalhadores da categoria acima dos pisos salariais também tiveram 8% linear. Todas as cláusulas mantidas na íntegra e reajustadas no maior índice de 9% como, por exemplo, PRL, auxílio creche e auxílio funeral,cesta básicas e outros benefícios que por ventura as empresas tenham com o impacto no reajuste.


24 de setembro de 2014

Decisão do STF na área de saúde e segurança pode prejudicar milhares de trabalhadores no Brasil

As centrais sindicais - Força Sindical, CUT e UGT - divulgaram uma nota para alertar as categorias sobre um julgamento do Supremo Tribunal Federal que pode afetar a vida dos trabalhadores, caso não seja mantida a aposentadoria especial para quem trabalha exposto a riscos.

Desde o dia 03/09/14 que o STF iniciou o julgamento de Recurso Extraordinário, com Agravo (ARE) 664335, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contra decisão da Primeira Turma Recursal da Seção Judiciária de Santa Catarina, que manteve o entendimento que o fornecimento de EPI  para trabalhadores expostos ao ruído, não retira destes trabalhadores o direito a contagem de tempo de serviço especial.

Se prevalecer o entendimento, do Ministro Relator LUIZ FUX, de que o “Equipamento de Proteção Individual é capaz de reduzir a níveis aceitáveis os efeitos nocivos de uma agente insalubre” e de que o risco potencial não pode ser fator de concessão de benefício, justificado pelo simples fornecimento ou do uso do EPI, milhares de trabalhadores de diversos ramos econômicos serão prejudicados em seus direitos, já devidamente garantidos  pela súmula n°9 da Turma Nacional de Unificação – TNU, das Jurisprudências Pacificadas dos Diversos Tribunais Regionais Federais e dos próprios Juizados Especiais Federais, que dizem:  “ O uso de Equipamento de Proteção individual – EPI, ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado”, se a decisão se consumar será um retrocesso no estimulo as medidas de proteção coletiva como está previsto na norma regulamentadora NR6 da portaria 3.214/78  e preconizada  pela convenção 148 da Organização Internacional do Trabalho, bem como,  contraria todos os esforços que vem sendo feito na construção de uma Política Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho através do tripartismo como prevê as convenções 155 e 187 da OIT.

O uso do Equipamento de Proteção Individual – EPI para o caso do ruído é apenas um atenuante que não resolve o problema na fonte. O fato do uso do EPI pelo  trabalhador é a prova cabal de que todos os trabalhadores estão expostos ao referido fator de risco, entre outros,  portanto só passível de resolvê-los na fonte através de medidas coletivas.

Diante do exposto, as centrais sindicais que assim essa nota conclamam aos Ministros do Supremo Tribunal Federal a participar do esforço de criar uma cultura prevencionista no Brasil que garanta maior proteção a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras nos locais de trabalho, não aceitando nenhum retrocesso na legislação que venha prejudicar os direitos da classe trabalhadora.


Central Única dos Trabalhadores – CUT
Força Sindical - FS

União Geral dos Trabalhadores - UGT

23 de setembro de 2014

Trabalhadora discriminada e desrespeitada por ser mulher será indenizada

A juíza June Bayao Gomes Guerra, titular da Vara Trabalhista de Araxá/MG, reconheceu a uma trabalhadora o direito a receber indenização por danos morais, por ter sido tratada de forma discriminatória e humilhante no ambiente de trabalho pelo simples fato de ser mulher.

Ela era empregada de uma empresa produtora de cana e trabalhava na moenda. De acordo com os depoimentos das testemunhas, havia um líder nesse setor que tinha preconceito contra todas as mulheres que ali prestavam serviços. Dizia que o serviço da moenda era pesado e por isso não gostava de mulheres por lá. Gritava com a reclamante e depois jogava papel no chão e pedia para ela pegar. Alem disso, conforme informou uma testemunha, um gerente da empresa não aceitou um atestado médico apresentado pela empregada, dizendo a ela para ir trabalhar e chamando-a de "negra preguiçosa".

Com base nessas declarações, a juíza entendeu comprovado que a ex-empregada era discriminada e desrespeitada por seus superiores hierárquicos no ambiente de trabalho. "Não há dúvida quanto ao constrangimento causado e à ilicitude do procedimento dos prepostos da reclamada. Trata-se de nítida ofensa à dignidade do empregado, bem como ao direito à honra e a imagem da pessoa humana, assegurados pelo artigo 1o., III e 5a., X da CF/88, tendo a reclamada tolerado e permitido o comportamento de seus prepostos em relação à autora.", destacou.

Segundo esclareceu a julgadora, o procedimento da empresa causou constrangimento, humilhação e dor, configurando claramente o dano moral alegado pela reclamante. E não há necessidade de prova específica desse dano, que está implícito na própria situação, considerado o padrão do homem médio.
Considerando a gravidade do dano, o grau de culpa do ofensor e a condição econômica das partes, a juíza arbitrou a indenização em R$7.000,00. A decisão está ainda pendente de recurso em tramitação no TRT de Minas.



Fonte TRT-MG

22 de setembro de 2014

MPT e MTE flagram trabalho análogo ao de escravo em carvoaria no Norte de Minas



Durante operação fiscal na cidade de Pintópolis, região norte de Minas Gerais, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Trabalho resgataram quatro trabalhadores que estavam sendo submetidos à condição análoga à de escravo, na produção de carvão.

"Eles estavam vivendo em barracos de lona, sem água potável, alimentação, banheiro e equipamentos de proteção individual (EPIs)", relatou a procuradora do Trabalho que está acompanhando a operação, Elaine Nassif.

A frente de trabalho funciona nas terras da fazenda Alegria. Segundo a procuradora, os trabalhadores estavam sem receber há 5 meses, inclusive o ato que recrutou a mão de obra, entre os membros de sua própria família. Além disso, nunca receberam nenhum direito trabalhista. Os trabalhadores tiveram suas carteiras de trabalho assinadas no momento da operação.


Fonte MPT-MG

17 de setembro de 2014

Pautas de Acordos Coletivos são entregues

O SINDVAS entregou as pautas das negociações dos Acordos Coletivos às empresas que negociam diretamente com o sindicato. Todos os documentos mantém a data-base da categoria em 1° de outubro. As empresas Metagal, unidades Santa Rita do Sapucaí e Conceição dos Ouros, e Delphi de Conceição dos Ouros receberam a pauta na sede do SINDVAS.


As empresas Vesta e Megatron, ambas de Cachoeira de Minas, e Apcom de Conceição dos Ouros receberam as pautas pelo diretor do SINDVAS, Fábio, que entregou os documentos na tarde da última terça-feira (16).
Pauta entregue na empresa Megatron 

Apcom, em Conceição dos Ouros, recebe o documento

Pauta de reivindicação entregue na Vesta

16 de setembro de 2014

Metagal comunica mudança nos turnos

A Metagal comunicou que devido à reestruturação produtiva irá fazer a reunificação dos turnos. Representantes da empresa estiveram no Sindicato para propor as alterações que ocorrem em um momento de incerteza no mercado automobilístico com várias empresas do setor aderindo à suspensão dos contratos de trabalho.  


Segundo a empresa, a mudança será no 1°e 2° turnos e somente no setor de montagem, na unidade de Santa Rita do Sapucaí, que passam a ter horário administrativo. No 3° turno, os outros setores, e na unidade de Conceição dos Ouros não há alteração. 

12 de setembro de 2014

Contratações superam demissões no mês de agosto em Santa Rita do Sapucaí

O número de contratações com carteira assinada foi maior que o de demissões no mês de agosto em Santa Rita do Sapucaí. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado, nesta quinta-feira (11), informa que foram 465 admissões contra 426 demissões, o que leva a um saldo positivo no mês de 39 postos de trabalho.


A indústria de transformação do município registrou 260 contratações e 192 demissões. O saldo desse setor ficou positivo em 68 postos. O Caged também divulgou o dado anual que apresenta 4.893 contratações e 4.469 demissões no município.

Trabalhadores da metalúrgica Foxconn II em Jundiaí entram em greve

Os cerca de 3,7 mil trabalhadores na Foxconn II (Anhanguera), em Jundiaí - única fábrica de iPads fora da China, decidiram, em assembléia realizada na tarde desta quinta-feira (11), entrar em greve por tempo indeterminado. Eles não aceitaram a proposta da empresa, que solicitou um prazo de 15 dias para apresentação de um plano de cargos e salários e 30 dias para que essa nova estrutura seja colocada em prática.

Trabalhadores entram em greve. Foto: Jamilson Tonoli
O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos Evandro Oliveira Santos, destacou que não existe na empresa uma organização de cargos e salários, nem uma organização de estrutura. “Eles precisam apresentar uma estrutura para que o trabalhador, quando entrar na empresa, possa saber até onde pode chegar”, disse, lembrando que em fevereiro de 2013 já ocorreu uma greve na empresa, pelo mesmo motivo. “Os trabalhadores cansaram de dar prazos e não ver a reivindicação atendida”.

O presidente do Sindicato, Eliseu Silva Costa, foi incisivo ao acusar a empresa de desrespeitar os trabalhadores. “Todo mundo está estagnado por baixo. Queremos que o trabalhador seja reconhecido, tratado com respeito, e isso nós não vemos aqui”, disparou.

Outra preocupação dos trabalhadores era com relação à PLR. O Sindicato defendia uma revisão no atingimento de metas para garantir o pagamento aos trabalhadores. “A empresa vinha promovendo descontos no valor inicialmente acordado por conta de uma auditoria que teria detectado alguns problemas de zelo. Mas conseguimos que eles cancelassem esses descontos e passassem a fazer a nova avaliação a partir de setembro”, explicou Eliseu.
O Sindicato aguarda agora uma manifestação por parte da empresa para uma possível retomada de negociações. “Qualquer proposta que venha a surgir, levaremos para apreciação dos trabalhadores”, arrematou.


Fonte CNTM

11 de setembro de 2014

Trabalho infantil no Brasil está em queda, mas ainda é grave

O Brasil precisa intensificar seus esforços para erradicar o trabalho infantil, de acordo com a secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, Isa Oliveira. Segundo ela, a meta de erradicação até 2020 corre risco de não ser cumprida, pois “a situação é tão grave que as iniciativas em curso não são suficientes”.

Isa Oliveira disse que o Brasil vem mantendo curva decrescente de trabalho infantil, mas a redução está perdendo ritmo. “Se novas iniciativas não forem adotadas imediatamente, o Brasil não vai cumprir a meta. Nós temos 3,4 milhões de crianças ainda trabalhando no país”.

O alerta foi feito paralelamente à divulgação de uma pesquisa contratada pela organização não governamental inglesa Plan International. A pesquisa divulgada hoje (10) mostra que quase 14% das meninas de 6 a 14 anos do país afirmam trabalhar ou já ter trabalhado para terceiros. Isa explica que o maior foco de trabalho infantil é na economia familiar, ou seja, crianças que trabalham para complementar na renda da casa.

Para ela, a reversão do quadro depende de intensificação de esforços entre setores como educação, assistência social e geração de emprego. Não basta, portanto, coibir o ingresso precoce da criança no mercado de trabalho; é preciso estimular os adultos, profissionalmente, para que não precisem da renda trazida pela criança.

“A educação é a estratégia mais importante, porque as crianças estão em uma faixa etária em que a escolarização é obrigatória. O importante é que os adultos da família também sejam apoiados no sentido da qualificação profissional e inclusão produtiva, para que cumpram o papel de prover as crianças, e não o inverso”, explicou.

Presente ao seminário que marcou o lançamento da pesquisa da Plan International, a chefe da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Angélica Goulart, acredita que os dados divulgados podem ajudar na criação de mais políticas protetivas às meninas, tidas por ela como uma parcela vulnerável dentro do universo das crianças que, por si só, já é frágil. “O estudo vai contribuir para que as várias comissões intersetoriais produzam mais ações e políticas de proteção e promoção dos direitos das meninas”, disse ela.

A diretora nacional da Plan International, Anette Trompeter, comemorou a participação de várias entidades públicas e privadas no seminário de debate sobre a questão, ampliada pela curiosidade em relação à pesquisa. No seu entender, “um dos grandes resultados é ter a conscientização do corpo técnico dos ministérios de que temos que ter um olhar focado na questão de gênero, que é gerador de violências, desigualdades, e que isso só prejudica o futuro do nosso país”.


Anette explicou que a Plan International vai continuar com a campanha “Por Ser Menina”, que motivou o estudo e tem o engajamento de governos e sociedade civil. “Quando trazemos à luz questões delicadas, problemáticas e, às vezes, novidade para muita gente, fazemos as pessoas refletirem, terem um olhar especial para os problemas”, analisou.

Bombeiros usam drone em buscas por operador de retroescavadeira

Um drone, cedido pela Vale, está sendo utilizado pelo Corpo de Bombeiros nas buscas pelo operador de retroescavadeira Adilson Aparecido Batista, de 44 anos, que ficou soterrado com o rompimento de uma barragem da Herculano Mineração, na manhã dessa quarta-feira (10), junto com mais outros cinco funcionários da empresa. De acordo com a corporação, o trabalho deles está sendo como procurar "uma agulha no palheiro". A Herculano Mineração irá disponibilizar um GPR, uma espécie de raio-X que escaneia a área e separa o que é minério do que é orgânico. Além disso, os 23 bombeiros que trabalham no local, contam com a ajuda de cães farejadores da raça labrador e do helicóptero Arcanjo.

Batista teria deixado o veículo e teria sido atingido pelos rejeitos já fora da retroescavadeira, o que dificulta ainda mais a localização dele. Parentes dele acompanham o trabalho, no local.

O acidente- Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu por causa do rompimento de uma barragem, que estava desativada e onde era depositado o resto de lavagem do minério. Uma grande quantidade de rejeitos atingiu os operários e seus veículos - três caminhões, um Uno e duas retroescavadeiras. No momento do acidente, os funcionários faziam manutenção no local. Além dos quatro soterrados, dois operários conseguiram sair sem ferimentos.

Os mortos são o topógrafo Reinaldo da Costa Melo, 69, e o operário Cristiano Fernandes Silva, 32. Geraldo Moreira, 42, recebeu alto do Hospital João XXIII na tarde dessa quarta-feira (10). 


Investigação- O Ministério Público Estadual (MPE) fará uma investigação paralela sobre o rompimento de barragem em uma mina da Herculano Mineração Ltda, em Itabirito, Região Central do Estado. Na tragédia, ocorrida na última quarta-feira (10), dois operários morreram, três ficaram feridos e um continua desaparecido. 

Segundo a assessoria do MPE, as investigações já começaram e estão sendo ordenadas pelo promotor e coordenador das regionais das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente Carlos Eduardo Figueira Pinto, que está no município.  

Um inquérito civil foi instaurado para apurar as causas do acidente. Ainda de acordo com a assessoria, nesta quinta-feira (11) uma equipe do Centro de Apoio ao Meio Ambiente (CAOMA) e a Secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) irão até o local para fazer uma vistoria. 

A Polícia Civil da cidade também instaurou inquérito para apurar as causas do rompimento de uma barreira de rejeitos. A delegada Mellina Isabel Silva está responsável pelo caso. 



Fonte O Tempo/ Hoje em Dia

Mercedes-Benz propõe congelar reajustes

Trabalhadores da Mercedes-Benz de São Bernardo participaram ontem de assembleia realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A entidade negocia com a direção da empresa alternativas para manter os empregos nessa fábrica. Uma das propostas apresentadas pela companhia é de que os funcionários fiquem sem reajuste pelos próximos cinco anos, segundo informação apurada pela equipe do Diário. A intenção seria reduzir a diferença em relação ao valor pago pela fabricante aos empregados da unidade de Juiz de Fora.

Em São Bernardo, a Mercedes mantém, desde 1º de julho, 1.200 empregados em lay-off, suspensão temporária de contratos de trabalho – em que o pessoal fica pelo prazo de até cinco meses em casa recebendo parte dos salários, que é complementado com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), e faz cursos de qualificação.


A montadora, que possui em torno de 12,5 mil funcionários, informou que há processo de negociação em andamento e que não vai fazer comentários a respeito. O sindicato foi procurado pelo Diário, mas também preferiu não falar sobre as conversas feitas com a direção da companhia. 

Fonte Diário do Grande ABC

10 de setembro de 2014

Trabalhadores morrem em mineradora na cidade de Itabirito

Três funcionários morreram e um ficou ferido e outros dois saíram ilesos do rompimento de uma barragem da empresa Herculano Mineração, em Itabirito, na região Central de Minas Gerais. Os operários ficaram soterrados na manhã desta quarta-feira (10). Em entrevista ao canal Globo News, o secretário municipal de Meio Ambiente de Itabirito, Antônio Marcos Generoso, informou que um dos corpos foi retirado do local e as outras duas vítimas fatais são as que ainda são consideradas desaparecidas pelos Bombeiros. "A causa do rompimento é uma preocupação posterior. Nossa preocupação agora são as vítimas e amenizar os impactos para a cidade". Ainda segundo ele, empresas do entorno estão auxiliando o resgate no local.

De acordo com Corpo de Bombeiros de Itabirito, os operários realizavam a manutenção no talude de uma barragem de rejeitos (resíduos sólidos presentes em minérios, mas que estão com as possibilidades de reaproveitamento esgotadas), que estava desativada, quando ela teria rompido, por volta das 8h. Dois caminhões, uma retroescavadeira e um Fiat Uno foram atingidos pelo deslizamento de terra e os motoristas ficaram sob os escombros, desaparecidos. Uma pessoa foi socorrida, com fratura no braço, para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, e outros dois trabalhadores saíram ilesos. As vítimas ainda não foram identificadas, sabe-se apenas que um dos morto atuava como topógrafo.

Segundo o bombeiro municipal Clébio Araújo, alguns operários que presenciaram o acidente tentaram ajudar os colegas. Muitos ficaram em choque com o que presenciaram. A mineradora ficou tomada por lama após o acidente.



Fonte O tempo

9 de setembro de 2014

Empregador deve recolher FGTS durante período de afastamento por acidente do trabalho

O empregador está obrigado a continuar a efetuar os recolhimentos do FGTS nos casos de afastamento do empregado para prestação do serviço militar obrigatório e de licença por acidente do trabalho, como prevê o parágrafo 5º da Lei 8.036/90. Com base nesse fundamento, a 1ª Turma do TRT-MG confirmou a decisão que determinou o pagamento do FGTS, inclusive no período em que o trabalhador esteve afastado em razão de acidente do trabalho.

A condenação alcançou todo o período contratual, já que não houve prova de qualquer recolhimento de FGTS na conta vinculada do trabalhador já falecido. Em seu recurso, a construtora reclamada pretendia convencer os julgadores de que o pagamento determinado ao espólio não deveria abranger o período em que o ex-empregado recebeu auxílio doença dito "comum".

Mas o desembargador Emerson Alves Lage não acatou esse argumento. É que, apesar de o empregado falecido ter recebido o auxílio doença "comum" durante certo período, ficou claro que todos os afastamentos decorreram do acidente de trabalho sofrido durante a execução dos serviços à empregadora.

Nesse sentido revelaram os próprios laudos apresentados pelo órgão previdenciário. No caso, ficou demonstrado que a reclamada demorou a emitir a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho) após o acidente que lesionou o joelho do empregado. Conforme observou o relator, ao emitir a CAT a empresa acabou reconhecendo o acidente do trabalho.

Para o julgador, o fato de o trabalhador não ter recebido auxílio doença acidentário (código B91), mas sim "comum" (código B31), é irrelevante. Ele aplicou ao caso o disposto no artigo 129 do Código Civil, que reputa "verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer".


E foi o que se deu no caso: "O falecido empregado deixou de receber o auxílio-acidente que lhe era devido apenas porque a reclamada não emitiu a CAT a tempo e modo, conforme lhe competia, não sendo dado a esta se beneficiar do seu ato omissivo", explicou o julgador, negando provimento ao recurso da reclamada, no que foi acompanhado pela Turma julgadora.

Feira Industrial do Vale da Eletrônica apresenta lançamentos e produtos inovadores

É consenso no mercado que para uma empresa consolidar a sua marca e se manter entre as melhores do setor, é preciso que ela invista cada vez mais em inovação. Para a indústria da tecnologia essa condição ganha ainda mais peso, considerando que os seus produtos se tornam obsoletos numa velocidade muito maior nos dias de hoje. Pensando nisso, empresas do Vale da Eletrônica, no Sul de Minas, investem constantemente em soluções inovadoras para o segmento, levando produtos diferenciados, práticos e de qualidade aos mais diversos tipos de mercado. São novidades que serão apresentadas na 13a Feira Industrial do Vale da Eletrônica (FIVEL), realizada entre os dias 3 e 5 de setembro, em Santa Rita do Sapucaí.

A Polsec Law Enforcement é uma das empresas que trazem para a FIVEL o lançamento de um produto inédito no mercado da segurança: o Observador POL-707, equipamento de monitoramento composto por um mini gravador e um transmissor digital portátil. O produto é direcionado para a Segurança Publica e Forças Armadas Brasileiras, sendo uma solução para o acompanhamento das ações dos militares e de agentes em tempo real. O Observador consiste em uma câmera de alta resolução direcionada pelo movimento da cabeça acoplada a um aparelho móvel, ideal para operações críticas e de longa duração. Com esse sistema, que também possui reconhecimento facial como função opcional, é possível monitorar e gravar remotamente tudo o que ocorre no ambiente e armazenar as imagens em uma central. De acordo com a empresa, serão investidos R$ 2 milhões na linha de produção do sistema e a expectativa é que o Observador atinja um faturamento de cerca de R$ 15 milhões já no primeiro ano de vendas. O Brasil é o principal foco da Polsec, mas outros países como Colômbia, México e Portugal já estão interessados no produto.

Também com novidades no setor da segurança, a empresa Genno realiza o pré-lançamento de uma nova Central de Alarme, que possui teclado retroiluminado e acesso remoto através de telefone, o que permite que o usuário possa controlar o seu sistema de onde estiver. Segundo a companhia a solução garante praticidade e um monitoramento mais efetivo de qualquer ambiente, além disso, a central é simples de ser utilizada e o consumidor pode ativar ou desativar o alarme a qualquer momento, através do seu smartphone, ou até abrir uma fechadura ou portão, se desejar.

Seguindo a ideia de monitoramento à distância, um conceito cada vez mais explorado no contexto das novas tecnologias, a Comtac resolveu apostar em um produto que pode ser adaptado, também, para o dia-a-dia de mães e donas de casa: a IPCam, uma espécie de versão mais moderna da chamada babá eletrônica. O aparelho, composto por uma câmera que pode ser controlada remotamente por até quatro dispositivos, como smartphones e tablets, possui lente de infravermelho, zoom digital e memoriza 16 posicionamentos de ângulos pré-determinados. O envio das imagens é feito por meio de aplicativos desenvolvidos pela própria Comtac e o sistema ainda possui um sensor de movimentos que emite alertas de mudança de ambiente, como um movimento do bebê ou caso alguém entre no quarto, por exemplo. Nesses casos, a câmera fotografa e envia a imagem para um ou mais e-mails cadastrados. Além disso, a IPCam conta com um alto-falante embutido, que permite ao usuário interagir com a área monitorada.

Empresa líder de mercado na América Latina e uma das cinco principais do mundo em sensores e instrumentos, a Sense Eletrônica também apresenta ao público da FIVEL um lançamento: o Sensor Fotoelétrico Inteligente, sistema que utiliza um feixe luminoso para detectar a presença ou ausência de pessoas ou objetos. O produto é composto por um Circuito Integrado de aplicação específica que possui o primeiro chip industrial produzido em Minas Gerais, com tecnologia inteiramente do Vale da Eletrônica. Desenvolvido em parceria com Instituto Nacional de Telecomunicações (INATEL) e com a Design House Minas IC, o chip, denominado MGT 10000, foi criado para atender, especificamente, às linhas de sensores fotoelétricos da Sense. O dispositivo abastece o sistema fotoelétrico com um baixo consumo de potência, garantindo, ao mesmo tempo, uma grande faixa de operações dos sensores, que varia de 100 milímetros a 30 metros de distância, bem como o seu funcionamento em diferentes temperaturas, que podem ir de -40oC a +120oC.


Produtos inovadores para a educação

Nessa edição da FIVEL, a Exsto Tecnologia, empresa que fabrica equipamentos voltados para o ramo de didática tecnológica, apresenta o Laboratório Móvel, produto destinado a instituições de ensino que não dispõem de estrutura física para suprir toda a demanda de alunos. A solução foi criada com intuito de ser comprada ou alugada por escolas e permite, ainda, que o laboratório vá até os estudantes, podendo chegar, por exemplo, a presídios e a locais de difícil acesso. A peça é composta por 5 bancadas, 4 para atender aos alunos e uma para o professor, que também conta um quadro branco e uma TV. Todos os materiais de consumo utilizados, como cabos conectores e fios também são fornecidos pela Exsto.



Fonte Pouso Alegre.net

BID investirá mais R$ 6 milhões no Vale da Eletrônica

A 13ª edição da Feira Industrial do Vale da Eletrônica (Fivel), promovida pelo Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), movimentou a pequena Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, com 40 mil habitantes, ente os dias 3 e 5 de setembro. O chamado Vale da Eletrônica brasileiro se reuniu para expor produtos, fazer lançamentos, receber estudantes e visitantes interessados em tecnologia e em fazer negócios.

Durante o evento, a especialista do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, Vanderléia Radaelli, declarou que o BID continuará com o apoio financeiro ao Arranjo Produtivo Local (APL) com investimentos de mais de R$ 6 milhões para os próximos anos. De acordo com Vanderléia, Santa Rita do Sapucaí apresenta o melhor desenho econômico por reunir a Fiemg, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e o Sebrae em um só lugar, o que é fundamental para o sucesso do Vale. "Estamos muito felizes com os ótimos resultados apresentados pelas empresas envolvidas que têm como base a inovação", ressalta.

O apoio é referente à segunda fase do Projeto de Apoio à Competitividade das Empresas do Arranjo Produtivo Local, iniciado em 2004, quando o banco também aportou R$ 6 milhões e beneficiou cerca de cem das 153 indústrias da região. "Outro valor do APL é a produção de capital humano com formação qualificada pelas escolas técnicas da região, que em médio prazo é um ativo que tem que ser desenvolvido de forma contínua para manter o nível de inovação", afirma a especialista. Segundo Vanderléia, as indústrias tecnológicas devem buscar a inovação uma vez que a competividade do mercado é a nível global e não apenas local.

Balanço - A Fivel recebeu mais de 12 mil visitantes entre empresários nacionais e internacionais e alunos da região. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto de Souza, foram gerados negócios na ordem de R$ 800 milhões, o que representa em torno de 30% do faturamento anual, que no último ano atingiu R$ 2,7 bilhões. De acordo com ele, mais de R$ 100 milhões foram investidos pelas empresas no lançamento de novos produtos e nas linhas de produção.

A Fivel, neste ano, foi instalada no campus da Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa (ETE FMC). Os produtos exibidos estavam voltados especialmente para os setores de eletroeletrônicos; telecomunicações; segurança; eletrônica; informática; radiodifusão; automação industrial, predial e comercial; tecnologia da informação (TI), eletrodomésticos, insumos e prestação de serviço.

O Vale da Eletrônica reúne 153 empresas e emprega cerca de 10 mil pessoas capazes de fabricar atualmente 13,7 mil itens diferentes. Atualmente as empresas do cluster exportam para 41 países, tendo como principais consumidores os mercados europeu e asiático.


Fonte Diário do Comércio

Santa Rita do Sapucaí vive boom de inovação tecnológica

Cidade com tradição no plantio de café, Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas – com 38,7 mil habitantes –, também é um “canteiro de fábricas” do setor de tecnologia, como define o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto de Souza Pinto. É que, a cada 15 dias, as empresas do município têm, em média, 25 itens, entre lançamentos de novos produtos e inovação tecnológica, calcula Pinto. Além do boom de inovação, o presidente do Sindvel informa que, a cada dois anos, chegam ao Vale da Eletrônica ao menos 20 empresas originadas das incubadoras. Atualmente, são 153 empresas que empregam cerca de 10 mil pessoas e vão gerar um faturamento de R$ 2,7 bilhões neste ano. “A inovação tecnológica acontece ‘todos os dias’, se ela parar, a empresa morre em três meses”, calcula Pinto.

Entre os 13,7 mil itens produzidos, os que possuem software embarcado são os que sofrem inovação diariamente independentemente da área de atuação da empresa. “A minha empresa (Santa Rita Alarmes) produz rastreadores de veículos, e todos os dias o cliente pede para fazer alguma coisa que o mercado demanda”,diz.

Durante a Feira Industrial do Vale da Eletrônica, que terminou na última sexta-feira, as Forças Armadas também foram buscar inovação em Santa Rita do Sapucaí. O coronel do Exército George da Silva Diverio diz que existe a necessidade de interação das Forças Armadas com a sociedade e, principalmente, com a indústria nacional de defesa. “Precisamos de uma gama gigantesca de artigos diversos, como desenvolvimento de radares, rádios definidos por software, antenas, componentes eletrônicos e circuitos integrados”, enumera alguns deles.

Além de fazer palestra durante o evento, o coronel também fez prospecção de produtos e interessou-se por um sistema de comunicação de controle que dá a parte situacional do combatente e transmissão de dados. Sem citar nomes de empresas, o coronel do Exército também encontrou um rádio construído somente com software. “Pouquíssimos países no mundo têm um rádio que é definido por software”, explica.

Também na feira, a especialista sênior em ciência e tecnologia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Vanderleia Radaelli, conta que a instituição já investiu R$ 6 milhões nos últimos quatro anos no Vale da Eletrônica e vai investir mais. “Estamos muito felizes do quanto as empresas estão envolvidas com a atividade de inovação”, conclui. 


Fonte O Tempo

Feira no Sul de Minas tem plano para tirar gringos de cena

Os fabricantes de eletroeletrônicos do polo de Santa Rita do Sapucaí, o chamado Vale da Eletrônica, no Sul de Minas Gerais, se preparam para receber, a partir de amanhã, 800 compradores de matérias-primas e componentes do Brasil, México, Chile, Peru, Colômbia, Uruguai, Argentina e Equador. A estratégia nas agendas de encontros é garantir encomendas para os próximos 12 a 18 meses, ofensiva vital das empresas num momento de retração da indústria brasileira de transformação e de perspectiva de baixo crescimento econômico. O principal apelo será a capacidade técnica das fábricas para substituir as importações no setor, informa o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto Souza Pinto.

“Vamos bater no espaço que os produtos eletroeletrônicos podem tirar dos importados”, afirma o industrial, com o respaldo dos números que mostram o crescimento das exportações do polo mineiro. Nos últimos oito anos, a receita das vendas externas aumentou quase cinco vezes, ao sair de US$ 6,510 milhões em 2006 para US$ 32 milhões no ano passado. O número de empresas exportadoras evoluiu de seis para 53.

Segundo Roberto Pinto, além da qualidade dos produtos – quase todas as empresas têm o certificado ISO 9000 e todos os itens que saem das linhas de produção têm de ser homologados por órgãos reguladores – a eficiência alcançada em custos deu maior competitividade ao Vale da Eletrônica. 
Aparelhos para radiodifusão, particularmente transmissores de TV digital, que têm alto conteúdo tecnológico e não são volumosos, têm tido a melhor performance na briga com os artigos importados. Soluções em eletrônicos voltados para a segurança também se destacam nas linhas de produção de 38 das 153 empresas do polo de Santa Rita do Sapucaí.

Os eletroeletrônicos tendem a ganhar espaço no mercado externo, na avaliação de Alexandre Brito, consultor de negócios internacionais da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Ele aponta algumas particularidades do Vale da Eletrônica como fatores-chaves do trabalho de busca de clientes no exterior, como a capacidade de desenvolver produtos feitos sob encomenda, o compartilhamento dinâmico das empresas de informações que não tratam de segredos industriais, facilidade logística operacional e capacidade técnica da mão de obra local. 

De acordo com o presidente do Sindvel, Roberto Pinto, os encontros de negócios com os compradores de matérias-primas e componentes em setembro vão funcionar como um termômetro da demanda do setor para 2015. A programação que está sendo preparada inclui visitas dos compradores às fábricas do polo, como parte da 13ª Feira Industrial do Vale da Eletrônica (Fivel) 2014, que ocorre de 3 a 5 de setembro. 

Durante o evento, as 153 empresas vão expor cerca de 13 mil produtos destinados às áreas de eletroeletrônica, construção civil, radiodifusão e defesa. Cerca de 70% do faturamento do polo industrial, estimado em R$ 2,7 bilhões neste ano, é apurado a partir de contratos que começam a ser negociados na Fivel.


Fonte Estado de Minas

6 de setembro de 2014

Gêneros diferentes, direitos iguais







Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, segundo o Art. 5o, I, Constituição Federal/88. 

Mas na prática isso não é verdadeiro. As condições sociais de desigualdades entre homens e mulheres são realidades que tornam necessária a busca constante pela conquista da igualdade humana.

O Ministério do Trabalho e Emprego possui uma cartilha que visa combater as desigualdades de gênero, incentivando "o conhecimento de temas debatidos e defendidos pelo movimento de mulheres no mundo e de conceitos e legislação vigentes no Brasil".

Elaborada pela subcomissão de gênero, e com um conteúdo interativo, a cartilha trata dos seguintes temas:

-Gênero

-Assédio Sexual
-Lei Maria da Penha
-Assédio Moral
-Trabalho Doméstico
-Convenções*:
*Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher;
*Sobre a igualdade de remuneração de homens e mulheres por trabalho de igual valor;
*Proteção à maternidade;
*Sobre a discriminação em matéria de emprego e profissão;
*Sobre a igualdade de oportunidades e de tratamento para homens e mulheres trabalhadores

4 de setembro de 2014

Indústrias de eletrônicos investem R$ 100 milhões em Minas

Na contramão da crise financeira que assola grande parte dos mercados do Brasil e do mundo, as empresas que compõem o Vale da Eletrônica, localizado em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais, apostam em aumento de plantas, lançamentos de produtos e novas fábricas. Para isso, estão investindo cerca de R$ 100 milhões este ano, segundo o sindicato do setor.

Entre as empresas em expansão está a Sense Sensors & Instuments, que desenvolveu os primeiros chips inteiramente brasileiros. Por meio de recursos do Funtec (Fundo Tecnológico) do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e em parceria com o Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), o novo dispositivo visa um melhor custo- benefício para a automação de máquinas e equipamentos.

Outra companhia que aposta em novidades é a Polsec, que investiu R$ 2 milhões em uma nova fábrica em Santa Rita do Sapucaí e está apostando em lançamentos. Destaque para o Observador POL-707, um equipamento que permite filmar, gravar e transmitir vídeo e o posicionamento geográfico da pessoa em tempo real.

Ele é direcionado para Segurança Pública e Forças Armadas e é apontado como solução para o monitoramento de ações dos militares. De acordo com o diretor da empresa, Eudes Bispo, a expectativa é que o novo produto atinja um faturamento de cerca de R$ 15 milhões já no primeiro ano.
Negócios

Tanto o chip quando o aparelho de monitoramento estarão sendo lançados durante a Fivel (Feira Industrial do Vale da Eletrônica), que começou nesta quarta-feira (3), e termina na sexta (5). O evento é promovido pelo Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica.

Segundo o presidente da entidade, Roberto de Souza Pinto, a feira deve gerar R$ 800 milhões em negócios, o que corresponde a cerca de 30% do faturamento anual das empresas da região. O Vale da Eletrônica tem 153 indústrias, emprega 10 mil pessoas, exporta para 41 países e é considerado o berço da tecnologia de ponta no Brasil, chegando a ser comparado com o Vale do Silício, nos Estados Unidos.



Fonte Hoje em Dia


Atuação conjunta fortalece polo do Vale da Eletrônica

Arranjo Produtivo Local expande atividades e investirá R$ 100 milhões neste ano

Enquanto a maioria dos setores industriais brasileiros tem sofrido as conseqüências da crise econômica, as empresas instaladas no Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, seguem na contramão do desaquecimento, registrando expansão das atividades e realizando aportes que deverão chegar a R$ 100 milhões.

A receita do sucesso, conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Eletrônicos, Elétricos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto de Souza Pinto, está na atuação conjunta das empresas, que permite o fortalecimento dos negócios e o aumento da competitividade.

"A crise existe e não somos imunes a ela. Nosso faturamento vai crescer menos no decorrer deste exercício em função do menor ritmo da economia, mas o fato de estarmos organizados em um APL (Arranjo Produtivo Local), atuando de forma conjunta, acaba nos beneficiando diante de situações adversas. Os demais setores são mais prejudicados porque cada empresa tem que lutar sozinha", explica.

Assim, a expectativa é que o faturamento das empresas do Vale da Eletrônica cresça entre 7% e 10% em 2014 frente o ano passado, totalizando R$ 2,7 bilhões. Nos exercícios anteriores a média de crescimento girava em torno de 30%. Em relação ao desempenho da primeira metade do exercício, apesar de não revelar o índice de crescimento, Pinto diz que o resultado ficou positivo. "Não houve pico no resultado, mas também não apresentamos retração, não precisamos dar férias coletivas nas empresas, nem demitir funcionários", exemplifica.

Fortalecimento - Prova disso, conforme o presidente, é que, juntos, os fabricantes de materiais eletroeletrônicos da região investirão, ao longo deste exercício, cerca de R$ 100 milhões em aumento de plantas, lançamentos de produtos e novas fábricas. Segundo ele, os aportes não deixam de ser também uma maneira de fortalecer ainda mais as empresas do setor.
"Nossa área está diretamente ligada a tecnologia e precisamos investir diariamente em melhorias dos processos produtivos, aquisição de máquinas e equipamentos para automação da produção, construção de novas instalações, aumentando as plantas existentes e, claro, no treinamento e conhecimento dos nossos profissionais", justifica.

Os pedidos têm vindo tanto do mercado interno quanto do externo. Especificamente sobre a demanda nacional, o presidente do sindicato reafirma que cada vez mais o mercado brasileiro tem notado a qualidade dos produtos fabricados no país e a inferioridade dos importados. Ele destaca a garantia dos produtos da região, assim como a durabilidade dos itens. "Na maioria das vezes, os itens vindos do exterior são melhores até apresentarem o primeiro defeito. Depois disso, é descarte certo", diz.

Neste sentido, Pinto lembra que a programação da 13ª Feira Industrial do Vale da Eletrônica (Fivel) 2014, que começou na terça-feira passada e vai até a sexta-feira, inclui visitas dos compradores às fábricas do polo.
O dirigente empresarial afirma que é neste momento que os clientes conhecem as particularidades dos itens nacionais, bem como a capacidade de produção das empresas instaladas na cidade, o que garante negócios e demanda futura. "Cerca de 70% do nosso faturamento é apurado a partir de contratos que começam a ser negociados na feira", ressalta.

Fonte  Diário do Comércio