A fabricação de display
de cristal líquido dá mais visibilidade à LC Eletrônica, mas vende menos, de
acordo com o presidente Marcelo Soares Minhós. Já a produção de cartões de
ônibus tem um volume de produção maior, mas possui menos clientes. “E os chips
de cartão têm um volume absurdo, mas com pouquíssimos clientes”. Só que o
somatório desses três produtos constituem o carro-chefe da empresa em Santa
Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais. “Chegamos a ter crescimento de 70% a
80% durante seis a sete anos”, conta o engenheiro mecânico, que, neste ano,
deve faturar R$ 60 milhões com a LC. Tamanho otimismo se baseia na demanda dos
produtos da LC. Em 2004, quando a empresa foi aberta, ela fazia 3.000 cartões
por mês e 300 displays de cristal líquido por dia. Hoje, são 700 mil cartões.
“E estamos com demanda para dobrar o número de cartões”, conta. O
encapsulamento do chip está, em média, em 4 milhões de unidades por mês.
E, para continuar
crescendo, a LC Eletrônica tem mantido os investimentos. Se, neste ano, os
aportes em equipamentos de produção foram baixos, foi por causa da construção
de uma nova fábrica para fazer chips, que demandou R$ 2 milhões. “Sem contar a
parte de painel solar, nós vamos ter que investir mais ou menos € 1 milhão para
comprar mais máquinas”, calcula o empresário.
Isso porque está nos
planos da LC a exportação para Chile e Estados Unidos. “Vamos precisar aumentar
a capacidade”, explica.
A outra planta, para a
fabricação de painel solar, requer R$ 200 milhões. São painéis solares de
geração de energia para empresas do setor elétrico fazerem as chamadas
“fazendas solares”. “Você vende a energia gerada para concessionárias, dentro
do Brasil”, explica Minhós sobre a diversificação do negócio.
E a LC Eletrônica já
tem clientes para a compra de painéis solares, um produto complexo na análise
do empresário. Eles têm o tamanho de 1,20 x 70 cm e, na previsão de Minhós,
começam a ser produzidos no ano que vem. “Acabamos de construir uma fábrica (de
painel solar) e vamos ter que construir outra”, afirma o executivo.
A confiança de Minhós
se ampara num Arranjo Produtivo Local de Eletrônica, que, de acordo com Minhós,
só tem em Santa Rita do Sapucaí. “Aqui, a maioria das empresas é nacional. A
diferença é que todo mundo daqui tem o mesmo problema, que é arrumar
financiamento. Se todas as empresas daqui estão pagando a conta, os bancos gostam
de emprestar para cá”, conclui.
Exportação
Argentina. A LC
Eletrônica vai exportar um total de 400 mil peças de cartões para a Argentina.
O primeiro lote já foi enviado. A meta, de acordo com Marcelo Minhós, é
exportar para a Europa.
Fonte O Tempo
Fonte O Tempo